A Insustentável Sustentabilidade Do Capitalismo (original) (raw)
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Dicotomia Entre Capitalismo e Meio Ambiente: A Insustentabilidade Da Sustentabilidade
Revista Geomae - Geografia, Meio Ambiente e Ensino, 2021
Com o crescimento da sociedade de consumo, o ritmo das atividades econômicas tornou-se muito mais intenso, o que fez crescer, de modo indiscriminado, a interferência do ser humano sobre a natureza. Para muitos estudiosos, o modelo de desenvolvimento capitalista, baseado em inovações tecnológicas, na busca do lucro e do aumento dos níveis de consumo, precisa ser substituído por outro, que leve em consideração os limites suportáveis da natureza e da própria vida. Objetivou-se, neste artigo, compreender a discussão da geografia para o entendimento da dicotomia entre o desenvolvimento produtivo capitalista e a sustentabilidade. A metodologia deste trabalho está baseada em análise de textos de geógrafos que trabalham o processo de industrialização e as premissas da sustentabilidade. As conclusões derivadas dessa análise teórica demonstraram que a sustentabilidade é inviável no sistema capitalista de produção, que segrega, dilapida e diminui a qualidade de vida de grande parte da populaçã...
Desenvolvimento Sustentável e Capitalismo: Uma Coexistência Contraditória
2016
A partir das decadas de 1960 e 1970, por conta dos movimentos ambientalistas, os problemas relativos a poluicao e escassez de recursos para a producao industrial nao passaram despercebidos e foram, pouco a pouco, incorporados como “variaveis ambientais” na discussao sobre a sociedade industrial. Frente as questoes ambientais, o sistema capitalista vem incorporando conceitos e adotando praticas “politicamente corretas” para tornar possivel sua reproducao. Em outras palavras, o sistema capitalista conseguiu incorporar a variavel “meio ambiente” como um novo produto a ser comercializado, abrindo um novo nicho de mercado que possibilita gerar mais acumulo de riqueza desigual. A propria nocao de desenvolvimento sustentavel passou a ser adotada pelo sistema capitalista como forma de se autorreproduzir e de nao impedir o desenvolvimento economico, de modo que os problemas ambientais, alem de nao incorporar a variavel social, foram “solucionados” a partir de tipos de compensacao de degradac...
SUSTENTABILIDADE - UM NOVO MODELO ECONÔMICO
A economia capitalista quase sempre foi vista como um ideal de vida, as pessoas consomem sem se preocupar com as consequências do planeta, onde o foco é aquisição desenfreada de bens muitas vezes desnecessários ou no mínimo supérfluos. Anos de consumo exagerado, fizeram do planeta um fornecedor quase falido. Os recursos naturais “finitos”, antes ameaçavam a economia local, agora ameaçam a própria existência da humanidade.
A Sustentabilidade Endossando O Consumismo Contemporâneo
2014
The purpose of this article is to raise discussions on the reflection on the nature of organizational decisions of firms that best convey your image to be sustainable and bearing in their midst the principles of sustainability as a positioning of your brand. To understand and plan these reflections, brought to the forefront of discussion, two terms commonly evoked when speaking in preserving the planet for future generations: sustainability and consumerism. To achieve the proposed objective, we defined and traced the profiles and the meanings of these two terms and their implications for the future of the planet, within the limitations of thought to which we are capable. The theoretical framework used for this study approach, notably two areas: sustainability work discussed in Brown (2003) and consumerism addressed in the works of Bauman (2007, 2009). We intend to specifically demonstrate that companies who raise the banner of sustainability into its brand positioning, continue urging the ephemeral and disposable consumer goods and products, not actually employ in practice the political discourse when it comes to economic decisions involving manufacturing, consumption and sustainability.
A INSUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL
Texto para Discussão 2918, 2023
The present Discussion Paper aims to reveal the conception of the idea of sustainable urban development, and how this term can serve geopolitical interests related to maintaining the uneven and combined development discourse on a global and national scale. To this purpose, an etymological and historical rescue of the use of the term was carried out in the main international agreements and conferences which resulted from the environmental and urban development agendas. This allowed an understanding of the political contexts of emergence and dissemination of the term. Just as the discourse of “sustainable development” can be criticized based on contradictions with the development practices, the term sustainable urban development involves profound contradictions since its emergence in the 1990s, gaining strength in the context of the city as a global player, basis of urban services and business stimulated after Habitat III and its New Urban Agenda (NUA). The in-depth look brings to the surface an adjective discourse, generally empty in conceptual and practical substance, which does not seem to contribute to the Sustainable Development Goals’ effective fulfillment or even to guarantee the right to a sustainable city, as advocated by the Brazilian City Statute law. It is urgent that the academy, the technical field and society critically appropriate the concepts propagated by international agencies and seek to give effectiveness to the right to a sustainable city
Insustentabilidade e Producao de Residuos - a face oculta do sistema do capital
Resumo: O artigo propõe uma reflexão sobre as condições estruturais que determinam o fenômeno dos sistemas de reciclagem de resíduos sólidos na sociedade contemporânea, com especial ênfase no aspecto das relações de trabalho e na lógica da produção. Nesta perspectiva, examina-se a relação entre a produção de resíduos, o desequilíbrio ecológico e o estágio atual de desenvolvimento das forças produtivas, dentro da racionalidade do sistema de produção do capitalismo avançado, baseado na exacerbação do consumo e do descarte. Conclui-se que, na hipótese de um processo real de sustentabilidade, controlado pelo Estado -para além da regulação sociotécnica e econômica por um sistema de gestão integrada, desde a produção do lixo-resíduo-mercadoria, até a disposição final e a reintrodução do mesmo na cadeia produtiva -seria necessário contar com a disposição da gestão pública no sentido de implementar processos coletivos capazes de atuar sobre as dimensões cultural e educacional da sustentabilidade, alterando os padrões sociais de produção e consumo.