Presenças Negras e as Festas De São Benedito No Baixo Amazonas (original) (raw)
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Povos indígenas e festas de santo no médio rio Negro (Amazonas), 2018
Este trabalho aborda as festas de santo como uma manifestação vivida por povos indígenas do médio rio Negro (AM). As mesmas são entendidas como uma ressimbolização indígena dentro de elementos de devoção deixados pela histórica ação missionária na região. Para contextualizar, o tema faz primeiramente uma apresentação da história de contato que resultou na configuração étnica atual da região. Na segunda parte, trata mais especificamente da formação dessas festas e faz uma descrição etnográfica de sua estrutura para depois intuir e considerar possíveis relações de continuidade e ressignificações de elementos indígenas a partir das antigas formas rituais de socialização que persistem.
Festividades Mestiças Na Amazônia
História Revista, 2009
Neste artigo analisamos duas festividades realizadas em Belém, no século XIX, objetivando entender os motivos de sua proibição e posterior desaparecimento, em um contexto de fl uxos culturais, hierarquias e poderes na Amazônia urbana. Palavras-Chave: festividades, mestiças, Amazônia * Doutora em Antropologia. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará.
A Diversidade Cultural Nas Festas De São Benedito e Nossa Senhora Do Rosário No Sul De Minas Gerais
Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Três Lagoas - (ISSN 1808-2653), 2021
O presente artigo busca entender a diversidade das festividades ligadas ao sagrado e ao profano no Sul de Minas Gerais. Na abordagem foi dado um enfoque sobre a disparidade cultural existente nos municípios de Machado e Silvianópolis, duas festividades importantes para o cenário cultural sul mineiro. Cada cidade possui sua especificidade na região, onde uma atitude mais concêntrica e externalizada de Machado contribui para o desenvolvimento cultural investindo em seus ternos e expandindo sua influência cultural para as cidades circunvizinhas em suas festividades. Silvianópolis mais descentralizada e importadora, na consolidação de seus espaços sagrados e itinerários simbólicos agrupa um misto de manifestações em sua reatualização festiva, não deixando de contribuir com outras festividades, mas possui como especificidade a importação dos ternos de outros municípios para as manifestações culturais no tempo e espaço festivo. Para o desenvolvimento do trabalho foi essencial a realização...
O Direito À Cultura Religiosa: Reflexòes Sobre a Festividade De São Benedito Em Manaus
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O presente artigo objetiva estabelecer um panorama geral sobre a festa religiosa de São Benedito, organizada por ex-descendentes de escravos da comunidade quilombola do Barranco em Manaus. Entende-se que o meio ambiente cultural, previsto no Art. 216 da Constituição Federal Brasileira de 1988, que tutela o patrimônio cultural brasileiro formado pelos bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto. A metodologia utilizada é a bibliográfica, de cunho qualitativo, utilizando-se da doutrina, legislação e documentos oficiais, além da pesquisa in loco, para analisar como se procede a festividade.
A presença indígena brasileira nas bienais de São Paulo
Revista de História da Arte e da Cultura
Este texto tem como objetivo refletir sobre a presença indígena nas Bienais de São Paulo, relacionando-a ao recente e crescente protagonismo indígena nas artes visuais brasileiras. Busca apresentar por um lado, um breve mapeamento desde a primeira edição, a partir da consulta em catálogos, materiais impressos, vídeos, fotografias e páginas virtuais que abordaram as temáticas. E por outro, analisar a participação de cinco artistas indígenas, que vivem em território brasileiro, na 34ª Bienal de Arte de São Paulo, onde foi realizado um trabalho de campo dentro do espaço expositivo, ocasião em que aliamos observação e captação fotográfica (olhar); conversas e entrevistas gravadas (escutar); notas em um caderno de campo (escrever).
“Branco não tem santo”: Representações de raça, cor e etnicidade no candomblé
Resumo: A presente tese possui dois objetivos: De um lado, analisar como o candomblé, através das representações de alguns de seus adeptos, enxerga a questão da raça, cor e etnicidade e, de outro, como a literatura acadêmica e ficcional e a visão de militantes da identidade racial negra abordam o candomblé e a afro-religosidade, do ponto de vista das representações de raça, cor e etnicidade. Abstract: This dissertation has a twofold objective. On one hand, it proposes to analyze the ways some of candomblé practitioners view the problem of race, color and ethnicity; on the other hand, it seeks to understand how academic literature, Brazilian fiction black identity politics in Brazil approach Candomblé and Afroreligiosity from the perspectives of representations of race, color and ethnicity.
Dissertação: "Os negros de São Benedito na Igreja do Convento de São Francisco"
Os negros de São Benedito, 2022
Esta dissertação analisa o período de maior autonomia administrativa da Irmandade do Glorioso São Benedito da cidade de São Paulo (século XIX), momento em que, sob seus cuidados, esteve a Igreja do Convento de São Francisco. Procurou-se incluir a confraria dos irmãos beneditos do Largo São Francisco no debate historiográfico a respeito dos lugares de sociabilidade negra da capital paulista, das irmandades de homens e mulheres “de cor” e dos espaços abolicionistas. Na primeira parte, evidencia-se o quanto as irmandades estiveram presentes nas vilas coloniais, com importância singular para o protagonismo de ex-escravizados e, mesmo, de pessoas ainda escravizadas. Em seguida, discute-se como os franciscanos se valeram desses espaços para propagar a devoção a São Benedito, como uma estratégia de catequização. Por fim, revisita-se o percurso da Irmandade de São Benedito, discutindo sua atuação nos âmbitos religioso, social e político, em lugar e momento marcados por transformações. Em termos metodológicos, foi realizada uma pesquisa de caráter documental, com análise de fontes primárias – preservadas por três arquivos, os da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, da Cúria Metropolitana de São Paulo e da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência – e de periódicos que circularam entre o século XIX e os primeiros anos do século XX. Verificou-se que, com o declínio das ordens religiosas no Brasil e a saída dos franciscanos de São Paulo, a confraria do Largo viu-se diante da possibilidade de administrar a antiga igreja, enfrentando uma série de disputas para se apoderar de suas chaves e para torná-la um espaço de luta contra o regime escravista e de legitimação negra, a ponto de ter passado a ser chamada “Igreja de São Benedito” e de a imagem deste santo ser depositada no principal nicho do altar-mor.