Patologias oculares na Síndrome de Down : revisão da literatura (original) (raw)
Fundamentação: a Síndrome de Down (SD) vem sendo objeto de pesquisa desde 1866, quando Sir. Langdon Down a descreveu como uma entidade clínica diferente do cretinismo. A descrição das alterações oculares foi efetuada em 1891 por Oliver. No Brasil a incidência dessa patologia é de 1,13 por 1000 nascidos vivos. Entretanto, são poucos os portadores de síndrome de Down que realizam consultas oftalmológicas periódicas. Objetivos: através da revisão da literatura, estabelecemos as patologias oculares mais freqüentes na síndrome de Down, bem como, os achados oftalmológicos passíveis de prevenção e tratamento, com o objetivo de evitar a perda da acuidade visual. Casuística: foi realizada uma revisão da literatura científica com a busca dos artigos através do pubmed. Foram revisados os artigos que versavam sobre as alterações oftalmológicas em SD, com uma data de publicação entre 1940 e 2002. Foram avaliadas as patologias oculares associadas a SD e as suas freqüências. Resultados: são diversas os achados oculares encontrados em portadores de SD, as mais freqüentes são fissuras palpebrais oblíquas, epicanto, hipertelorismo, blefarite, ceratocone, glaucoma congênito, aumento do número de vaso retinianos, estrabismo, ambliopia, nistagmo e ametropia. Muitas alterações oculares encontradas na SD também o são na população normal, no entanto a freqüência com que ocorrem e a combinação dessas é que as fazem significativas na SD. Conclusões: atualmente, estão sendo criados programas para estimular e motivar a educação de crianças portadoras de SD. O objetivo de introduzi-las na sociedade, e oportunizar uma vida produtiva e útil. Na integração com o ambiente é fundamental a qualidade dos órgãos sensoriais. A preservação de uma visão adequada pode ser obtida com a identificação e tratamento precoce das patologias oculares.