BELCHIOR, Ygor Klain . Resenha do livro: OMENA, Luciane Munhoz de. Pequenos poderes na Roma Imperial: os setores subalternos na ótica de Sêneca. Vitória: Flor & Cultura, 2009.. CODEX: Revista Discente de Estudos Clássicos, v. 2, p. 137-143, 2010. (original) (raw)
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C omo estudar a Roma Antiga, através de um único modelo teórico, no intuito de compreender o funcionamento desta civilização que, embora tenha experimentado três formas distintas de governo (a saber, a Monarquia, a República e o Império) e de ter englobado em seu interior identidades tão diversas, conseguiu existir como uma unidade política por tanto tempo? Afinal, basta apenas o olhar de um bom curioso atentar para esta cronologia e perceber que do ano 709 a.C. até 476 d.C., datas que reconhecidamente marcam a fundação de Roma e o fim do Império ocidental, compreendem um espaço de treze séculos e este tempo todo não pode ser algo uniforme. Sobre isso, é preciso dizer que todos esses longos anos também podem ser vistos através das mais diversas óticas, porque compreendem acontecimentos dos mais diversos. Ou seja, ao falarmos da história da Roma antiga, podemos fazer isso através do estudo de reis, imperadores, oligarquias, lutas e questões sociais, escravidão, reformas agrárias, literatura, religião, rumores, eleições, casamento, família e etc. Sendo assim, o que fica desta
Romano (LEIR), e inicialmente cabe agradecer a Deus, meu refúgio e minha fortaleza, por esta conquista. Agradeço aos meus pais, Elisete e Tonhão, pelo amor incondicional. Meus irmãos, Raíssa, Natasha e Yan, que sempre torceram e me apoiaram em todos os momentos da minha graduação. Meus avós, Etvaldo, Isaltina, Benedita, e Abel (in memoriam), e todos meus familiares. Agradeço muito minha companheira Maria Tereza, fonte de minha inspiração, obrigado por tudo. Sou particularmente grato aos professores que contribuíram para minha formação, Fábio Faversani, Adriana Figueiredo, Álvaro Antunes, Celso Taveira, Fábio Joly, Adriano Cerqueira, Aldo Eustáquio e Bernardo Lins Brandão. Ao LEIR pelos momentos incríveis de discussão e risadas. Agradeço em especial à Sarah, Lucas, William e Mariana, e ao pessoal do NEASPOC, agradeço pelo apoio e amizade. E o apoio financeiro e institucional da FAPEMIG e da UFOP. Em especial, agradeço, meio que sem encontrar palavras para descrever minha gratidão, ao Professor Fábio Faversani que me acolheu como um filho. Obrigado pelas lições sobre o Império Romano, sobre a vida e o Palmeiras. Obrigado pela companhia e por acreditar muito em todos os bolsistas do LEIR. Com o velho jargão: por último, mas não menos importante, agradeço muito à República Orfanato por todos os momentos que contribuíram para minha formação pessoal e, principalmente, pelo futebol. Agradeço muito ao Nescau, Betão, Tércio, Fúlvio, Zizou, Fábio, Tavão, Calvino, Fabanjão, Quick, Pimpão, Tuta, Celim, Carol, Clarita, Cida, Audimar, Jose e seus filhos. Agradeço também à Dona Efigênia e sua família que me acolheu em meus primeiros momentos em Mariana. Ao ICHS e principalmente à UFOP. (E àquele que deixou este espaço para agradecer todos que contribuíram para aquele que sou). VI RESUMO Esta monografia de bacharelado em História tem como objetivo verificar através da análise do principado neroniano escrito na parcela da obra Anais, de Tácito, a atuação do princeps como patronus, tendo em vista seu papel como pater patriae e as relações interpessoais que perpassam as domus que compõem a sociedade romana.
Byzantion Nea Hellás, 2021
Pretende-se analisar a presença homérica na Alexíada de Ana Comnena, em particular o retrato literário de Aleixo, que começa por ser apresentado como Héracles nas vitórias contra os rebeldes Ursélio, Nicéforo Briénio e Basilácio, antes da ascensão ao trono imperial. Após a sua proclamação como imperador dos Romanos, a historiadora faz do pai um herói astuto, qual Ulisses, a procurar defender a nau do império contra os sucessivos ataques do normando Roberto Guiscardo, que se comporta como o Aquiles homérico. I intend to analyze the Homeric presence in Anna Komnene’s Alexiad, particularly the literary portrait of Alexios, who is first presented as Herakles in the victories against the rebels Roussel, Nikephoros Bryennios and Basilakios, before his accession to the imperial throne. After being proclaimed emperor of the Romans, the historian makes his father a wily hero, like Odysseus, seeking to defend the empire’s ship against the successive attacks by the Norman Robert Guiscard, who is shown behaving like the Homeric Achilles.
Ao analisar a obra The Cambridge Ancient History: The Last Age of the Roman Republic, 146–43 B.C. (BOWMAN; CHAMPLIN; LINTOTT, 1992), uma das obras mais influentes sobre o período, e que lida apenas com os acontecimentos da segunda metade do período da República Romana (509 a.C. – 31 ou 27 a.C.), fica claro a qualquer leitor bem informado que ele estará diante de uma cadeia quase interminável de acontecimentos importantes que não só serão importantes para a compreensão do mundo romano, mas também para todas as reinterpretações históricas decorrentes destes eventos. Afinal, este período abrange acontecimentos diversos e muito complexos, como as guerras entre Roma e Cartago pela hegemonia mediterrânica, os processos de lutas sociais pela aquisição da cidadania pelas populações da Itália, a questão agrária defendida pelos irmãos Graco, a revolta de Espártaco, a expansão do Império romano e a consequente corrupção nos tribunais para controlar o envio de magistrados que iriam extorquir as províncias, Pompeu e os piratas no Oriente, César e a Gália no Ocidente, os triunviratos e, por fim, as guerras civis entre César e Pompeu, mas também aquelas que tiveram lugar com Otávio e Antônio, entre eles, mas também contra Brutus e Cássio, além da guerra contra o filho de Pompeu. Isso somente para enumerar alguns dos acontecimentos que possivelmente serão lembrados por qualquer curioso sobre o período que venha a ter contato com esse imenso compêndio. Já este livro em questão, e que tenho aqui como objeto desta resenha, lida, portanto, com um período muito turbulento e que exige de um historiador que queira fazer um manual com poucas páginas (197 no total) um bom domínio teórico para que todos esses acontecimentos possam estar interligados em uma narrativa inteligível. Afinal, a proposta de Henrique Modanez Sant'anna não é a de fazer um compêndio, como aquele a que me referi no início deste trabalho, mas é a de sanar um problema muito sério que temos aqui no Brasil quanto à quantidade de bons textos em português para serem usados em sala de aula e que tragam uma quantidade razoável de informações para uma boa formação dos alunos. Somado a esse fator, outro ponto importante na concepção deste material, já que o próprio autor diz
Este artigo tem como objetivo estudar a contribuição da Teoria da Ação Coletiva para estudar os rumores nas Guerras Civis entre César e Pompeu e também aquelas que tiveram lugar no Ano dos Quatro Imperadores. Considero que o rumor, por se mostrar um tema ainda pouco explorado pelos historiadores da antiguidade, pode ser um tema chave capaz de revelar aspectos importantes a respeito das especificidades políticas, militares e sociais de da República e do Principado. Neste artigo, portanto, traço a história das linhas de pensamento sobre os rumores, dentro da Teoria da Ação Coletiva, destacando os principais debates e referências teóricos, com o objetivo final de apontar como esse modo de ver os rumores pode auxiliar na compreensão de que eles eram muito importantes para a guerra, principalmente para obter comida (frumentum).
RESUMO: O objetivo principal deste artigo é traçar, como as interações sociais entre o imperador e os diversos grupos que compunham a respublica poderiam manter ou alterar a ordem imperial. Para isso, devemos debater acerca das estratégias que visavam a manutenção ou a busca dessa "ordem", como também, as estratégias que levavam a criação de grupos que faziam frente ao poder imperial. Para tanto, iremos estudar a parcela da obra Anais de Públio Cornélio Tácito que narra os anos do principado neroniano (XII, 69 a XVI, 35).