(Des)integrando refugiados : os processos do reassentamento de palestinos no Brasil (original) (raw)

Programa de reassentamento de refugiados no Brasil

Anais da Associação …, 2006

Mostra-se uma tendência de pressão internacional para que países vizinhos às regiões de conflito, em geral países em desenvolvimento, assumam papel importante na proteção a refugiados, em relação aos tradicionais paises receptores da Europa e América do Norte. Segundo , ."Regional protection is hardly a new concept. The vast majority of refugees have always found asylum within their regions of origin, generally in neighbouring countries. What is new is the interest of European and North American States in redirecting movements toward regional canters." (p. 34).

Dos quadros de guerra à participação: notas sobre a jornada do refúgio palestino em São Paulo

2017

Neste trabalho, enfoco a experiencia do refugio de familias palestinas em uma ocupacao urbana em Sao Paulo, a partir da sua projecao publica apos a repercussao da foto do menino Aylan, em uma tentativa malsucedida de chegar a Europa. A comocao publica levou muitos brasileiros ate a ocupacao, oferecendo diversos tipos de ajuda, movidos por um forte sentimento humanitario. Os enquadramentos dai surgidos modelaram os modos pelos quais os refugiados vem participando das suas relacoes no Brasil. Por sua vez, estes agenciam essa visibilidade atraves de suas proprias pautas politicas, como o Direito de Retorno, contestando a imagem de precariedade vinculada ao refugio e tecendo coalizoes com imigrantes e refugiados de outras nacionalidades. Meu objetivo e analisar alguns agenciamentos do refugio e como esses(as) palestinos(as) vem produzindo suas proprias formas de participacao nessas relacoes, atraves daalimentacao e da criacao de novos espacos politicos e de moradia.

Reflexões sobre o processo de integração local dos(as) refugiados(as) no Brasil

2021

This paper proposes a reflection on the process of refugees integration into Brazilian society. The work covers the very conception of the terms refuge and integration to know if Brazil has integrated the refugees. The conclusion launches reflections on this process, especially on the need for greater improvement and effectiveness of public policies that seeks to integrate this population.

Diásporas, viagens, e alteridades: as experiências familiares dos palestinos no extremo-sul do Brasil

Horizontes Antropológicos, 2000

Resumo: O "trânsito internacional" dos palestinos nos permite tratar das várias faces da experiência da diáspora. A diáspora tem sido uma categoria difundida por organizações de defesa da causa palestina que se confunde com a reivindicação de um Estado Palestino. É uma expressão que comporta um uso genérico como uma experiência "de todos os palestinos" que evadiram de um território originário. Uma outra expressão que encontro no trabalho de campo, é a diáspora referida a família "espalhada", que visita-se constantemente, entre cidades, entre países, mas que não se reúne em um único lugar, um lugar "de todos". Demonstro um dos eixos desta experiência de diáspora relacionada ao trânsito internacional. Viagens que são propostas pela família de orientação aos seus membros. A experiência pode ser vista como um momento da migração, a inserção de uma primeira geração, onde os laços familiares gradativamente vão se centrando no lugar escolhido para viver. Todavia, seja como uma característica de primeira ou segunda geração dos migrantes, as famílias são uma realidade intransponível neste trânsito, uma de suas condições sociais e nos permitem desvendar o itinerário da descoberta e da pertinência da identidade palestina para os filhos de migrantes nascidos no Brasil e ingressantes na vida adulta. Analiso como as famílias-aquelas que realizaram viagens internacionais-vivem esta experiência singular através dos relatos de seus filhos. Esta não é exatamente uma viagem de "retorno", pois nem sempre é algo a reconhecer. Aqui, saliento a viagem como uma "iniciação" dos jovens, de forma proporcionada e planejada pela família. Esta experiência tem resultado na "re-descoberta" e "recriação" da pertinência do tema da "origem comum". Longe de ser uma experiência individual, casual e disponível a qualquer um, está de acordo com uma experiência coletiva de alteridades.

Imigrantes palestinos, identidades brasileiras: compreendendo a identidade palestina e as suas transformações

2016

This work investigates the inclusion of a group of Palestinian immigrants who have arrived in Recife since the late nineteenth century. The initial proposal was to reflect about the social processes of construction of an ethnic identity of these immigrants and the establishment of a Palestinian ethnic group starting from the interethnic relations with the society that welcomed them. But something else seems to have happened to this group of Palestinians. First, there are no more the cultural differences that distinguished in the past this group from the Brazilian society, neither exists contrasting signals in relation to the welcoming society. Also, no longer exist the common interests or the ethnic solidarity that have characterized the early years of immigration and it is not possible to perceive among the group, an ethnicity capable to demarcate borders and to mobilize the collectivity to form an ethnic community characterized by social action. It was then sought to understand wh...

Dois países, três Estados: a experiência dos palestinos nas fronteiras do sul do Brasil

As fronteiras brasileiras vêm sendo observadas com mais atenção por pesquisadores das ciências sociais e, especialmente, pelas políticas de segurança pública brasileiras. Esse interesse é recente e inédito, ainda sabe-se pouco sobre os cerca de dezessete mil quilômetros que separam e aproximam o Brasil dos seus países vizinhos. Entretanto, muitos conceitos vêm sendo discutidos no intuito de tornar a temática das fronteiras menos “romântica” e mais acadêmica, ao menos em tese. Como por exemplo o de Cidades-gêmeas, de Zona de Fronteira etc. Nesse contexto, a região sul do país, a que faz fronteira com a República Oriental do Uruguai e com a Argentina, torna-se um espaço frutífero para análises empíricas, tendo em vista que é a que possui mais municípios conurbados, cento e noventa e sete só no estado do Rio Grande do Sul. Dessa forma, o presente estudo visa compreender um pouco das dinâmicas urbanas dessas cidades-gêmeas, analisando alguns processos de socialização como é o caso dos Palestinos, especialmente na fronteira de Sant’Ana do Livramento (BR) e Rivera (ROU), utilizando-se dos conceitos de Pórtico e de Cidade para pensar esses espaços que não são nem brasileiros nem uruguaios.

Os casamentos árabes: a recriação de tradições entre imigrantes palestinos no Sul do Brasil

Anos 90, 2008

O artigo reúne os resultados produzidos em dois campos de pesquisa – a cidade de Chuí e grande Porto Alegre, RS –, explorados por meio do método etnográfico. O objetivo é evidenciar o empenho dos imigrantes em recriar tradições árabes e sublinhar práticas sociais comuns, extraindo do terreno da vida ordinária elementos que são elevados à categoria de signo emblemático da própria coletividade. Desde a publicação da coletânea A Invenção das Tradições de Ranger & Hobsbawn em 1983, discorrer sobre “tradições” não é um exercício de mera descrição. Retomamos o debate sobre a invenção e recriação das tradições a partir da análise dos rituais de casamento e da centralidade dessas festas de casamento na fabricação de uma coesão social.

Espacialização, deslocamento, integração dos refugiados sírios na realidade brasileira

Revista de Geografía Espacios

Vou direcioná-lo à liberdade e à sobrevivência, significa que garantimos acesso à saúde, trabalho e educação. Ou o Brasil está se destacando e recebendo refugiados nas últimas décadas devido a suas novas formas de política de imigração e integração, principalmente para refugiados sírios que, apesar dos poucos que entraram e estão solicitando refúgios, não têm teto de rua. Contudo, uma integração dos sirios na sociedade brasileira e realizada principalmente pelas agências governamentais e ONGs comprometidas em inserir todas essas pessoas não no mercado de trabalho e somos atendidos por saúde e educação, mas uma das principais dificuldades ou aprendidas no idioma português. Principalmente para os refugiados sírios que, apesar dos poucos que entraram e pediram refúgios, não estavam no país. Contudo, uma integração dos sirios na sociedade brasileira e realizada principalmente pelas agências governamentais e ONGs comprometidas em inserir todas essas pessoas não no mercado de trabalho e s...