Linha e Escrita, Desenhos? (original) (raw)
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ESAD -Escola Superior de Artes e Design ESG -Escola Superior Galleacia O signo grafado é a unidade de um discurso sistematizado, traduzido na percepção e aquisição de um processo de desenho específico, operacionalizado nos diferentes modos e suportes de inscrição. A escrita enquanto desenho tem uma dimensão concreta, materializada, pensada e definida na respectiva sequência e organização do traçado dos diferentes signos. O desenho encontra-se na fundação da prática gráfica. A correspondência entre desenho e escrita atinge o seu expoente na arte caligráfica, uma vez que o resultado final da acção entre escrevente e instrumento de escrita, tem como principal objectivo a excelência gráfica. O cálamo, a pena e o estilete, eram os instrumentos utilizados para o desenho das letras. A matéria subjectiva mais comum era o papiro, tábuas enceradas, cerâmica e lâminas em metal. Reportamo-nos aos escribas da Idade Média e, particularmente, aos da Renascença, na época em que se estudavam e propunham diferentes formas de escrita-desenho. Na Renascença, a compreensão do desenho como ferramenta específica da grafia e da arte caligráfica, atingiu o auge, assistindo-se ao aparecimento de formas de grafias mais livres que a dos séculos seguintes, durante os quais se foi verificando uma institucionalização ao nível dos seus parâmetros formais. Na actualidade, a escrita grafada manualmente não se rege por qualquer padrão gráfico ou cânone artístico. O sentido da visão
Artefatos Para O Desenho e a Escrita
Revista ErgodesignHCI, 1969
Este estudo, qualitativo e de corte transversal, teve como objetivo analisar o design de produtos para o desenho e a escrita, comercializados, no mercado atual, na rede pública de ensino e em pesquisas no tema. O levantamento dos produtos, análise de suas configurações e avaliação da percepção estética propiciaram uma experiência inovadora no tema.
EDUFES, 2019
Escrever é construção ou marcenaria, sempre paulatina, feita de persistências e demoras, longo percurso não só dos dedos nas teclas ou da mão marcando o papel, mas do encontrar as palavras e colocá-las assentadas umas sobre as outras. Comporta o risco da rigidez e o risco de desmoronamento.
Pintura Ou Escrita: Espelhos e Deriva Em Barco a Seco
2012
O artigo pretende apresentar algumas reflexoes sobre a obra Barco a Seco , de Rubens Figueiredo. Na obra, o ato literario se encarrega de abrir circunstâncias para a relacao entre literatura e artes plasticas. No entanto, ao longo das paginas, questoes como o duplo, o falsario, o simulacro e, mesmo a possivel falsificacao das obras do pintor-personagem, deixam pistas sobre o fingimento atuante no proprio texto. Neste sentido, apresentamos algumas possiveis ideias para a leitura dessa obra, a partir, principalmente, da seguinte questao: os recursos literarios na obra estabelecem um jogo de fingimento, no qual o leitor tem um papel a cumprir, ao abrir algumas possibilidades de leituras na medida em que se falseia a autoridade necessaria para discursar sobre artes plasticas. Quando parece falar do Outro (pintura), o texto continua tratando de Si, pois utiliza os proprios codigos, os proprios instrumentos, a sua propria linguagem, Nossa leitura interessa-se, entao, pelo texto que se esc...
Desenho como forma de expressão
2018
Podemos definir o desenho como um processo pelo qual uma superficie e marcada aplicando-se sobre ela a pressao de um objeto – lapis, caneta, giz, que se transforma numa imagem formada por tracos. O mundo dos tracos e das cores marca presenca junto a infância com encantamento, motivando o desejo da descoberta, pois e carregado de significados e reflete o retrato da crianca. O desenho infantil estabelece uma relacao entre a crianca e sua expressividade, que possui seu proprio estilo de representacao grafica bem como sua propria maneira de expressao. O desenho como linguagem tambem se constitui um instrumento do conhecimento e leva a crianca a percorrer novos caminhos e apropriar-se do mundo. A crianca que desenha estabelece relacoes do seu mundo interior com o exterior, adquirindo e reformulando conceitos e aprimora suas capacidades, envolvendo-se afetivamente e operando mentalmente. Ela externaliza sentimentos e expressa pensamentos. Read (2001) afirma que o desenho e um modo de exp...
Desenho: discurso e instrumento
Património em si mesmas, as imagens são também um meio para outros fins, com destaque para o conhecimento de realidades desaparecidas, outros patrimónios. Descritivas ou simbólicas, as imagens, designadamente as que representam espaços urbanos, são sempre insinuantes, veiculando como realidade olhares da realidade conduzidos por quem as produziu mas também por quem as vê, ainda que por vezes nem o seu criador, menos ainda o espectador, esteja consciente disso mesmo. Uma vez feitas ficam sujeitas aos perigos e ao fascínio da manipulação, o que pode ocorrer pelo contexto, pela truncagem, pela edição e montagem. O seu uso, qualquer que seja o âmbito da investigação é, por isso, um processo de descodificação, de identificação dos diferentes cruzamentos e níveis de leitura. Este texto reflete sobre o enorme potencial das imagens na investigação em patrimónios, sobretudo nas áreas da arquitetura e urbanismo: a imagem desenhada como fonte de conhecimento; o desenho como ferramenta de investigação.
Desenho como forma de pensamento
Anais do 4° Ciclo de Investigações em Artes Visuais do PPGAV-UDESC (2009)
Este artigo apresenta algumas reflexões sobre o desenho orientadas por distintas concepções que o associam ou identificam com o processo de pensamento. Sem o intuito de deter-se em uma análise histórica detalhada, o artigo traz um breve levantamento de discursos e práticas sobre o desenho, aqui entendido como dispositivo para projetar, em seu aspecto não apenas instrumental de preparação e visualização de um objetivo, mas em seu aspecto abstrato de pensamento visual atrelado à intencionalidade. No percurso deste levantamento o desenho será compreendido desde ferramenta de investigação visual, implicado originalmente na representação baseada em observação, até a exploração dos seus próprios limites na produção artística contemporânea. Publicado nos anais do 4° Ciclo de Investigações em Artes Visuais do PPGAV-UDESC (2009).