Réquiem Para as Pequenas Localidades? Reflexões e Panorama De Municípios Demograficamente Pequenos (original) (raw)

Cidades pequenas: território de um devir menor na contemporaneidade

Oculum Ensaios, 2022

Este artigo versa sobre as especificidades da arquitetura e do urbanismo quanto à apreensão das cidades pequenas, considerando o momento atual e as possíveis intervenções nesses territórios. A partir da construção da temática, procura-se definir as cidades pequenas, evidenciando as que estão à margem das políticas urbanas nacionais. Seguindo os marcos teóricos, guiados pelas aproximações entre o urbanismo contemporâneo e a filosofia da diferença, as cidades pequenas passam a se caracterizar como território de um devir menor. Essa compreensão serve de suporte ao objetivo de aprender com os diferentes modos de vida e os desejos em arquitetura e urbanismo experienciados em três cidades da microrregião de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil-Arroio do Padre, Morro Redondo e Turuçu-, a fim de sugerir pistas que possam sensibilizar a ação dos arquitetos e urbanistas na contemporaneidade. A partir do método da cartografia, o trabalho transcorre por meio da reflexão sobre o papel do arquiteto e urbanista nas cidades pequenas. Como resultados, foram operados os conceitos de hospitalidade, subjetividade e "educação menor", em meio a agenciamentos múltiplos, potencializados pelas entrevistas com arquitetos e urbanistas que atuaram nas cidades estudadas.

As Pequenas Cidades Na Confluência Do Urbano e Do Rural

GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 2011

Resumo Este texto procura explorar o papel das pequenas cidades brasileiras no que diz respeito às relações entre o urbano e o rural. Admitimos que as pequenas cidades situam-se na confluência do urbano e do rural. Mas o papel que desempenham é diferenciado e admitimos ser possível estabelecer tipos ideais de pequenas cidades que sejam capazes de torná-las compreensíveis enquanto nós de ampla e complexa rede de cidades.

Feliz e o Desenvolvimento de Pequenas Municipalidades

Revista de Arquitetura IMED, 2013

Feliz é um município localizado no estado do Rio Grande do Sul, à 80 km da capital gaúcha, na região do Vale do Caí, com pouco mais de 12 mil habitantes. De colonização alemã, vive da indústria e da agropecuária. Cem por cento das crianças com idade de alfabetização estão na escola e, a segurança é a de uma típica cidade interiorana. O município foi classificado como o município de maior ISDM (Índice Social de Desenvolvimento dos Municípios) do estado, sendo classificado como o detentor do 5° maior ISDM do país (FGV, 2012). Adicionalmente, em 1998, o município já havia sido classificado como o município brasileiro de mais elevado IDH e em 2012, foi identificado como o município brasileiro de menor índice de analfabetismo. Com base nestas informações foram analisadas as diferentes dimensões que compõe o ISDM, como forma de demonstrar quais são os diferenciais deste município para o que mesmo tenha obtido tão distinto resultado, bem como quais foram as áreas com maior déficit e maior potencial de melhoria de resultados. Entende-se que uma análise minuciosa do caso de Feliz pode ser de grande valor para a proposição de políticas públicas dedicadas à melhoria das condições de vida de outras pequenas municipalidades do estado e do país.

Cidades Pequenas e Qualidade de Vida Urbana

XIX ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Este artigo tem como objetivo explorar o tema da cooperação intermunicipal, em relação às cidades pequenas e à qualidade de vida urbana, emprega como metodologia o estudo de caso da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC). Fundamentado nos conceitos de qualidade de vida urbana, cidade pequena e cooperação intermunicipal, apresenta como resultados: a configuração da região e rede urbana, as particularidades dos municípios que a integram, e as atividades cooperadas. A partir dos resultados foram elaboradas hipóteses para potencial análise, em estudos futuros, sobre a qualidade de vida urbana em cidades pequenas que integram processos de cooperação intermunicipal.

PEQUENAS CIDADES DA MICRORREGIÃO DE CATALÃO (GO): REFLEXÕES SOBRE OS MUNICaPIOS DE CORUMBAaBA E OUVIDOR (GO)

Horizonte Científico, 2010

O presente trabalho tem como tema a questão das pequenas cidades. Seu objetivo consiste em analisar as estruturas sociais, econômicas e espaciais das pequenas cidades da microrregião geográfica de Catalão (GO), tendo em vista a compreensão do significado destas cidades no contexto da urbanização regional. A área de estudo do projeto de pesquisa compreende os municípios de Anhanguera, Corumbaíba, Campo Alegre de Goiás, Cumari, Davinópolis, Goiandira, Ipameri, Nova Aurora, Ouvidor e Três Ranchos. Entretanto, neste artigo apresentam-se apenas os resultados da pesquisa realizada em Corumbaíba e Ouvidor. Para a elaboração do trabalho realizaram-se levantamento e leituras de materiais bibliográficos e trabalhos de campo.

PEQUENAS CIDADES: seus atributos, dilemas e cotidiano no contexto espacial da microrregião geográfica de Catalão (GO)

observatoriogeograficoamericalatina …

A temática "pequena cidade" vem ganhando importância nos estudos geográficos, entretanto, este fato não se deve à existência de uma abordagem conceitual consolidada. No caso específico do Brasil, é notória a dificuldade no tratamento deste assunto, visto que ainda não há estudos suficientes para apreender a realidade de uma urbanização marcada, entre outros fatores, pela presença de muitas pequenas cidades e poucas grandes e médias cidades. Para ilustrar esta informação, ressalta-se que cerca de 83 % das cidades brasileiras, no ano de 2000, tinham menos de 20 mil habitantes urbanos e, nestas viviam aproximadamente 18 % da população urbana do país (PNUD; IPEA; .

Aspectos Histórico-Sociais De Pequenas Cidades Da Microrregião De Campo Mourão - PR

Boletim de Geografia, 2015

A maior parte das cidades brasileiras, 80,4%, é considerada como pequena. Essa proporção é ainda maior no Estado do Paraná, porque 83,0% das sedes municipais têm menos do que 20.000 habitantes (IBGE, 2010). Avaliando esses dados, evidencia-se o papel representativo e significativo dessas pequenas cidades no contexto estadual e também nacional. Todavia, mesmo que a pesquisa científica voltada a essa parcela do urbano tenha sido tratada de forma mais contundente nos últimos anos, seu cotidiano ainda é algo pouco explorado e conhecido pela ciência. Condição que motiva e justifica o presente estudo. Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos histórico-sociais de três pequenas cidades da Microrregião de Campo Mourão no Estado do Paraná, Brasil-Peabiru, Araruna e Engenheiro Beltrão, a fim de entender o que determinou a sua condição atual e identificar potencialidades e necessidades futuras. As três cidades mencionadas registraram as primeiras ocupações nos anos de 1940 e 1950, principalmente devido às políticas de ampliação das fronteiras agrícolas; tiveram seu auge populacional nos anos 1970; todavia, após esse período, registraram decréscimos populacionais significativos e contínuos devido à modernização do campo.