“Pequenas Barragens” na Política Energética: Notas Sobre Sustentabilidade e Equidade Socioambiental (original) (raw)

Examinando as contradições em torno das Pequenas Centrais Hidrelétricas como fontes sustentáveis de energia no Brasil

Small Hydropower Plants (SHPs) have become prominent worldwide because of widespread efforts to expand energy supply. This development is partially due to the misguided idea that this type of power generation plants can cause insignificant environmental impacts when compared to their larger counterparts. As a result of this point of view, Brazil has relaxed environmental standards and granted financial incentives to facilitate and expedite the implementation of SHP. In addition, government programs such as the PROINFA and “Luz para todos” also contributed to the expansion of SHPs. Despite of the clean image and granted incentives to SHPs, there is scientific evidence to support the claim that SHPs, despite its smaller size, can alter the hydrological characteristics of aquatic ecosystems with impacts to biota at individual, population and community levels. In addition, there is scientific evidence showing that the environmental impacts caused by a number of SHPs may be larger than the impacts caused by large hydroelectric plants. Therefore, we argue that there is no reason to facilitate and streamline the procedures for the approval and implementation of SHPs. This article discusses the strategies used to accelerate the deployment of SHPs which weaken the environmental control instruments adopted in Brazil. We also address the perception that the environmental licensing instruments are obstacles to economic development. We argue that this type of behavior contributes to halt the position of the environmental dimension in the decision-making process by the electric energy sector. Finally, we proposed that SHPs, as any other potentially polluting development, should be subject to careful environmental assessments which can support the decision-making process regarding the establishing of sustainable alternatives for the expansion of electricity supply in Brazil. Keywords: SHP; environmental impacts; governmental incentives.

A Política Energética Sustentável Requerida para o Brasil

Revista Nexos Econômicos

Este artigo tem como objetivo analisar o setor de energia no Brasil e as políticas governamentais recentes para o desenvolvimento de energia a partir da perspectiva do desenvolvimento sustentável. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade da adoção de uma nova política energética sustentável para o Brasil baseado em grande parte em energias renováveis nos setores elétrico, de petróleo e gás natural.

Sustentabilidade e Inovação Em Programas Socioambientais Em Pequenas Comunidades: Um Estudo Na Usina Hidrelétrica De Energia De Santo Antônio, Rondônia

2016

Um exame detalhado das alternativas do modelo de desenvolvimento sustentavel revela uma infinidade de possiveis meios para se avancar nas praticas que envolvam a sustentabilidade, motivando a criacao de novas visoes acerca de ferramentas que possam descreve-la. Nesse sentido, este estudo busca identificar as acoes e inovacoes trazidas pelos programas socioambientais da Usina Hidreletrica de Energia (UHE) de Santo Antonio, em Rondonia, que contribuem para minimizacao dos impactos gerados na regiao. A pesquisa quantitativa foi de levantamento (survey) realizado com moradores da regiao, utilizando um tratamento de dados mediante Analise Fatorial Exploratoria (AFE) com suporte do software SPSS, versao 22.0®. Os resultados apontam a forte influencia de dois fatores principais: os programas socioambientais e as questoes ambientais que foram apontados como influenciadores da percepcao do impacto na comunidade analisada, quando alinhados nas necessidades da populacao e focados na qualidade ...

Mapeamento Do Potencial Eólico De Micro e Minigeração Com Alternativa Sustentável Para O Pequeno Município Do Sul Do Brasil

Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental

Este artigo objetivou mapear o potencial eólico de micro e minigeração para Campo Mourão-PR, como fonte alternativa de geração no sul do Brasil. Dados mensais de uma série histórica de 36 anos (1980-2015) do INMET foram analisados e vinculados com o uso do solo. Para tanto utilizou-se o aplicativo SASPlanet, com imagem Bing, para a coleta da área urbana. O software QGis 2.14 foi utilizado para a fotointerpretação, que definiu a altura dos obstáculos e sua respectiva classe do fator de rugosidade. Esses dados foram vinculados na fórmula em um algoritmo Spring 5.4.2, afim de estimar as velocidades em 10, 20, 30 e 40 metros de altura além seus respectivos potenciais de geração. A normal climatológica apresentou velocidade média total de 2,49 m.s-1 , velocidade média mínima de 2,05 m.s-1 , velocidade média máxima de 2,92 m.s-1 e direção predominante provinda de Leste. A fotointerpretação identificou 37,61% da área com obstáculos de até 2 metros de altura, 59,77% entre 2 e 10 metros e 2,63% com mais de 10 metros. As velocidades resultantes do algoritmo identificaram os maiores desvios-padrões nas maiores velocidades. Os mapas apontaram que independentemente da média, o maior potencial de geração ocorre à 40 metros. Palavras-chave: Potencial eólico. Urbana. Mapeamento. Velocidade do vento.

Politica Energetica No Brics Desafios Da Transicao Energetica

CEPAL, 2019

O processo de transição para uma matriz energética com menor conteúdo de carbono apresenta particularidades quanto ao ponto de partida, à relevância das emissões do setor energético, aos objetivos e aos instrumentos utilizados pelos países. Com exceção do caso brasileiro, os países do BRICS contam com elevada participação de fontes fósseis na matriz energética. Analisando as tendências dos vetores da transição, percebemos que esses países ainda estão atrasados na difusão de renováveis em relação aos países líderes, mas os ganhos de eficiência associados à expansão de fontes modernas foram significativos. A China tem mostrado um forte compromisso para a redução de emissões, e a escala dos programas de ampliação de fontes renováveis é destacada. A elevada participação de fontes renováveis particulariza a transição brasileira, em que as novas fontes renováveis, eólica e solar, têm o papel de compensar a perda de participação da energia hidrelétrica. Índia e África do Sul combinam os objetivos de transição aos de inserção social por meio do acesso à eletricidade, e a abundância de recursos fósseis acarreta menor engajamento da Rússia com a transição. As complementariedades e as similaridades no processo de transição energética resultam em oportunidades de cooperação entre os países do BRICS, pois há muito espaço para uma estratégia conjunta de transição energética. Palavras-chave: transição energética; BRICS; emissões de CO 2 ; renováveis; eficiência.