A Rede Cearense de Museus Comunitários: processos e desafios para a organização de um campo museológico autônomo (original) (raw)
O presente artigo, escrito junto com o historiador João Paulo Vieira, foi publicado na Revista Cadernos do CEOM, Ano 27, Número 41 (UnoChapecó/SC), "Museologia Social", organizada pelo museólogo Mário Chagas, em dezembro de 2014. Há alguns anos, populações de diversas regiões do Ceará iniciaram processos que resultaram em práticas museais que, embora originadas em diferentes contextos políticos e diferentes grupos sociais e étnicos, assemelham-se quanto à participação e a apropriação comunitária do patrimônio e da memória local, como ferramentas de afirmação, preservação e defesa de territórios, ecossistemas e referências culturais. Destacam-se nesses processos a diversidade cultural, social e museal: são museus indígenas, ecomuseus, museus comunitários e outros. O texto busca compreender a criação da Rede Cearense de Museus Comunitários, em 2011, e apresenta reflexões sobre as ações, motivações e desafios que impulsionaram a articulação entre diferentes populações que vivenciam em seus territórios processos museológicos autogeridos.