(Poesia) O oxímoro dos burgueses tronchos do centro-oeste (original) (raw)
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O lado B do neoclassicismo Luso-Brasileiro: patriotismo e poesia no “poderoso império”
2007
All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. 4. O lado B do neoclassicismo Luso-Brasileiro: patriotismo e poesia no "poderoso império" Sérgio Alcides
Casa aristocrática de lavradores: o topos do de re rustica nas epístolas em verso de Sá de Miranda
Tempo, 2014
Este artigo procura investigar algumas coordenadas epocais presentes nas epístolas em verso de Francisco de Sá de Miranda (1481–1558). É possível afirmar que a argumentação principal de Sá de Miranda reside na defesa de um “tempo da memória”, que deve ser preservado, em oposição estratégica às vicissitudes da expansão marítima portuguesa e do tempo presente. Isso se faz a partir da mobilização da doutrina da “economia” (oeconomia), da “casa” (oikos) e de matéria correlata, cuja vitalidade foi reativada pelo Renascimento, com tradução literária nos lugares-comuns do de re rustica (assunto de agricultura e de camponeses). Dos tempos clássicos até a Idade Moderna, todo esse conjunto normativo não tratava somente das questões de administração da família e da conservação do patrimônio, mas também da agricultura e das relações de amizade.
As tentações do aristocracismo [ensaio]
Revista de Ciências do Estado (REVICE), 2018
Ensaio contendo reflexões sobre os excessos de poder, à luz da permissividade do texto da Constituição de 1988, sobre o risco de proliferação de lapsos jurídicos em grande escala de profundidade e sobre repercussões que prejudicam a segurança jurídica no Brasil. Aponta a necessidade de identificar padrão comum nesses eventos e analisar seus efeitos sobre a normalidade e sobre a autoridade nomotética e judicial. Sugere necessário investigar mais aprofundadamente as causas de origem e as possíveis externalidades dos lapsos e incluir no questões afetas a resiliência da ordem pública, ao diálogo para harmonia entre poderes e aos riscos institucionais da Nova República.
Os Brutos: escrevivências de um escritor de província
faculdadedoserido.com.br
Partindo do princípio de que a força centralizadora do discurso do narrador sob o universo romanesco encontra-se regido por nuanças sócio-ideológicas que fazem parte do mundo psicológico do autor, procedeu-se uma leitura crítica de Os Brutos (1938), romance de estréia do escritor José Bezerra Gomes. O trabalho mencionado visa a tecer algumas considerações em torno do ponto de vista do narrador, enfocando a encenação do 'EU' no cenário artísticoliterário e sua interferência no modo de narração da citada obra. O procedimento metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica, e como aporte teórico recorreu-se à crítica especializada que trata da temática em questão. Ao final percebeu-se que o discurso do narrador possui um caráter ambivalente, o qual permite que o interlocutor presente não assuma uma perspectiva fixa diante do que narra.
A poesia do Conde de Matosinhos
Península: revista de estudos ibéricos, 2005
Rsui. Revista de Estudos Ibéricos | n.º 2 | 2005: 137-157 Sabendo nós que Sá de Meneses desempenhava desde 1549 as funções de camareiro-mor do Príncipe, e que este morreu nos primeiros dias de Janeiro de 1554, podemos situar este episódio nos anos centrais do século XVI, um momento-chave para a afirmação, na corte portuguesa, dos modelos e das formas italianizantes que iam ganhando os favores dos poetas mais esclarecidos. Como assinalou Carolina Michaëlis de Vasconcelos, é por estes anos, e muito provavelmente em virtude do impulso dado pelo próprio Sá de Meneses e, também, por D. Manuel de Portugal, que essa nova literatura penetra de modo definitivo no âmago do poder régio, pela mão do príncipe herdeiro: 5. Ditos Portugueses Dignos de Memória (edição de José Hermano Saraiva), Lisboa, Publicações Europa-América, s/d, 333, nº 914.
O “Barroco” e os sermões vieirianos
Em Tempo de Histórias, 2011
RESUMO: Este artigo pretende demonstrar a insuficiência do termo "Barroco" para a explicação/análise dos sermões de Antônio Vieira, assim como de outras obras do século XVII. Considerando a insuficiência conceitual e o anacronismo do termo "Barroco", o artigo expõe propostas de caminhos investigativos não somente para os sermões vieirianos, como para outras obras classificadas posteriormente às suas épocas de produção.
Vestígios do topos do panegírico na poesia de Geraldo Carneiro
A Toposforschung (investigação do topos), tal como fixada por Ernst Robert Curtius em seu Literatura europeia e Idade Média latina (1979), não apenas admite como está condicionada ao problema da tradição literária, a partir do qual o estabelecimento da genealogia de um topos (surgimento, recepção, formas de apropriação e variações) confunde-se com a identificação dos elos de uma cadeia cultural presente e ativa dentro da literatura de uma determinada época.
Contra os enguiços do poema": João Cabral de Melo Neto e Arménio Vieira
Revista Diadorim, 2009
Este artigo começa por rever o discurso crítico sobre a influência das literaturas brasileira e portuguesa em Cabo Verde. Toma depois o exemplo da recepção insular de João Cabral de Melo Neto para chegar ao caso em estudo: as relações intertextuais entre o autor de Pedra do sono e o poeta cabo-verdiano Arménio Vieira. A leitura de “ Toti Cadabra”, “Dezpoemas mais um” e “João Cabral”, incluídos em Poemas (1981) e em Mitografias (2006), permite perceber alguns aspectos fundamentais da educação pernambucana, relativos à rigorosa composição do poema, à necessidade de cultivar uma voz pessoal ou ao tratamento de temas universais (como o fluir do tempo ou a contingência da morte). Por fim, propõe-se o alargamento do objecto deste artigo ao legado de João Cabral perceptível em outras artes poetica e ou novas séries temáticas de Arménio Vieira, Corsino Fortes e José Luiz Tavares.
A prosa de ficçao sao-tomense: a presença obsidiante do colonial
Revista De Filologia Romanica, 2001
Cabeleira de fo/has a chuva ternamente amolentando teu ventre de banana-páo que se deja: cm cachosfálicos símbolo da pujan~a da terra. (Francisco JoséTenreiro) 1. «Quando esta ¡1/za de Sáo Toméfil descoberta era toda e/a bosque cerrado, com órvores v¡<osas e tóo grandes que parecia tocarem o céu»
Ofício de poeta (in êxodo, Coimbra, 1961)
TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas, 2018
“Ofício de poeta” foi publicado no primeiro (e único) número dos cadernos êxodo, um projeto editorial não-periódico, publicado em Coimbra em abril de 1961, e que se assumia como espaço quer de edição/divulgação da “jovem poesia portuguesa de Os De Menos de Trinta Anos“ (cf. êxodo, p. 35), quer de debate acerca do que era ou poderia/deveria ser a poesia (portuguesa) contemporânea. Dinamizado por um grupo de jovens autores, então residentes em Coimbra (alguns deles de origem insular), entre os quais se destacam João Vário (i.e. João Manuel Varela), Rui Mendes, Eduíno de Jesus e Luís Serrano, êxodo retomava diretamente os propósitos do conimbricense Jornal de Poesia (projeto participado por alguns autores de êxodo), que, apesar de ter sido, entretanto, censurado e proibido, publicara, já em 1958, no seu n.º 1, uma recensão de Rui Mendes sobre o recente O amor em visita de Herberto Helder (SILVA, 2013).