McTaggart e o problema das séries infinitas (original) (raw)

McTaggart e o problema da realidade do tempo

É comum, até entre os leigos, a dúvida sobre a realidade do tempo. Pensamos que é possível que o tempo seja uma ilusão e que a percepção de sua passagem seja apenas percepção de outra coisa que não o tempo. Há uma série de argumentos, feitos por filósofos, tanto para defender, quanto para atacar a intuição de que o tempo é real. Um deles, e talvez o mais conhecido, é o argumento de McTaggart, que tenta estabelecer certa condição para que exista o tempo e que o tempo, pensado segundo tal condição e aplicado à realidade, nos leva a uma contradição; o que o faz concluir que o tempo não pode existir, e que, portanto, não existe. O que eu pretendo neste artigo é expor o argumento de McTaggart junto com algumas objeções originais e não originais, e tentar mostrar que, se aceitamos a abordagem de Prior do fluxo do tempo, o caráter cogente do argumento de McTaggart se perde.

O presentismo como resposta ao paradoxo de McTaggart

2017

One of the most important milestones of contemporary philosophy of time is the paper by McTaggart (1908) "The Unreality of Time", in which he argues that the existence of time is contradictory. The work in question took a few decades to have its philosophical importance duly acknowledged, mainly due to the difficulty of the second part of McTaggart’s argument, which came to be called “McTaggart’s Paradox”, since it does not show the consistency of the assumption that time is unreal, but that the idea of the existence of what is commonly understood by time is inconsistent due to a contradiction in applying the predicates of being past, present or future. There are some authors who consider the McTaggart's argument very plausible, and have developed responses to it in order to ensure the reality of time, abandoning some of the fundamental notions that are usually attributed to time. One of these responses is called presentism, and consists in the assumption that all and ...

Oscilador harmônico amortecido e séries infinitas

Revista Brasileira de Ensino de Física, 2010

Neste trabalho discute-se um arranjo experimental bastante simples e de baixo custo, cujo objetivo consiste em se exemplificar de forma concreta a aplicação de técnicas matemáticas envolvendo solução por séries infinitas destinadas ao estudo de determinado fenômeno físico. Esta prática desenvolvida e direcionada aos alunos de um curso de Graduação em Matemática, consiste basicamente de um estudo quantitativo relacionado ao comportamento oscilatório amortecido de um sistema constituído por uma massa acoplada a uma mola. Os resultados experimentais corroboraram muito bem a teoria fenomenológica e possibilitam a determinação numérica de uma constante física normalmente considerada desprezível, mencionada de passagem nos livros textos. Um fato de destaque deste trabalho referente ao fenômeno ondulatório estudado, ilimitado no tempo, mas limitado no espaço, e o de permitir uma boa discussão com os estudantes sobre o conceito de limite matemático. Palavras-chave: sistema massa-mola, amortecimento, séries infinitas. In this work, a quite simple and low-cost experimental arrangement is discussed. Its objective consists of exemplifying in a concrete manner the application of mathematical techniques involving solution by infinite series, destined to the study of determined physical phenomenon. This practice, developed for and directed to undergraduate students taking the course in Mathematics, basically consists of a quantitative study related to the damped oscillatory behavior of a system constituted by a mass coupled to a spring. The experimental results corroborate the phenomenological theory very well and permit the numeric determination of a physical constant normally considered negligible, mentioned only briefly in text books. An important factor in this work refers to the studied oscillatory phenomenon, unlimited in time, but limited in space, which permits an interesting discussion with the students on the concept of mathematical limits.

Séries Infinitas na Matemática Grega

2021

A Quadradura da Parábola é uma das obras mais conhecidas de Arquimedes, onde ele prova que a área sob uma parábola é 4/3 da área um triangulo de mesma base e altura. O uso de progressões geométricas nesta obra tem levado muitos autores a colocar Arquimedes como um precursor da teoria das séries infinitas. Neste artigo eu mostro que esta interpretação é errada, e, portanto, anacrônica.

Peter Rugg e a origem do conto fantástico norte-americano

Revista E-scrita, 2017

Peter Rugg, the missing man, de William Austin, é um dos textos pioneiros da tradição norte-americana de literatura fantástica. O artigo trata da curiosa história da publicação da narrativa e serve, por fim, como introdução para a recente tradução de Austin para o português. *** [en] Peter Rugg, the missing man, by William Austin, is one of the pioneering texts in the North American tradition of fantasy fiction. The article deals with the narrative's curious publishing history and, ultimately, aims at serving as an introduction to its recent translation into Portuguese.