Brasil Peregrino Na Alegoria Barroca (original) (raw)
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O trânsito Barroco de Góngora na América hispânica
Expressão americana: barroco e neobarroco, 2022
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Barroco: Um Estado De Espírito
Ultimo Andar, 2014
Resumo: Este artigo resulta da pesquisa bibliográfica e de campo do Barroco brasileiro, "movimento artístico" característico do século XVII, que também alcançou proeminência no primeiro quartel do século XVIII em toda a Europa, e pretende analisar e barroco sob o enfoque não apenas artístico, mas, levando em conta o contexto histórico no qual foi produzido, compreender sua relevância no campo sócio-religioso colonial luso-brasileiro. O descortinar do sentido real do barroco a partir da visão de mundo dos artistas que o produziram, tem o intuito de trazer à tona algo que vai além da tradução genuína da palavra barroco, visto como pedra de "esfericidade irregular, rústica", para um verdadeiro "estado de espírito" da sociedade a partir da qual foi gestado.
A Vida do Verdadeiro Cristão: uma viagem para o Céu "Confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria." -Hebreus 11:13, 14 -Issuu.com/oEstandarteDeCristo Algumas Citações deste Sermão "'Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria' [Hebreus 11:14]. Confessando que eram estrangeiros, eles claramente declararam que este não é o seu país, que este não é o lugar onde eles estão em casa. E ao confessarem ser peregrinos, declararam claramente que esta não é a sua morada definitiva, mas que eles pertencem a algum outro país, que eles procuravam, e para o qual eles estavam viajando." "Que não devemos descansar neste mundo e em seus prazeres, mas devemos desejar o céu. Devemos "buscar primeiro o reino de Deus". [Mateus 6:33] Devemos acima de todas as coisas desejar uma felicidade celestial: estar com Deus, e habitar com Jesus Cristo." "[...] embora vivemos com bons vizinhos, e sejamos geralmente amados onde conhecidos, ainda assim não devemos ter o nosso descanso nestas coisas como nossa porção. Devemos estar tão longe de descansar nessas coisas, a ponto de desejar deixar todas elas, no tempo devido de Deus." "Um viajante não tem o hábito de descansar com o que ele encontra na estrada, ainda que seja confortável e agradável. Se ele passa por lugares agradáveis, prados floridos, ou bosques sombrios; ele não tem a sua satisfação nessas coisas, mas apenas tem uma visão transitória delas enquanto ele segue sozinho. Ele não está seduzido pelas aparências finas a ponto de adiar a ideia de prosseguir. Não, mas o fim de sua viagem está em sua mente. Se ele se encontra com acomodações confortáveis em um hotel, ele não entretém pensamentos de se estabelecer ali. Ele considera que estas coisas não são suas, mas que ele é um estranho ali, e quando ele tiver revigorado a si mesmo, ou permanecido por uma noite, ele seguirá adiante. E é agradável para ele pensar que um tanto do caminho já ficou para trás. Semelhantemente devemos desejar o céu mais do que os confortos e prazeres desta vida. O apóstolo menciona isso como uma consideração encorajadora, confortável para os cristãos, que eles se aproximam de sua felicidade. "A nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé" [Romanos 13:11]." "Nossos corações devem estar desprendidos destas coisas, como o de um homem em uma viagem; que possamos tão alegremente partir delas, sempre que Deus chamar. "Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa" [1 Coríntios 7:29-31]. Estas coisas são apenas emprestadas a nós por um pouco de tempo, para servirem por um momento, mas devemos colocar nossos corações no céu, como nossa herança para sempre." "Devemos buscar o céu, viajando no caminho que leva até lá. Este é o caminho da santidade. Devemos escolher e desejar viajar para lá desta forma e não de outra; e nos separar de todos os apetites carnais que, como pesos, tenderão a nos atrapalhar. "Deixemos todo o embaraço, e o facebook.com/JonathanEdwards.org OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta" [Hebreus 12:1]." "Não importando quão prazerosa a gratificações de qualquer apetite possa ser, temos de colocá-lo de lado, se for um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho para o céu. Devemos viajar no caminho da obediência a todos os mandamentos de Deus, até mesmo do difícil, como também do fácil, renunciando a todas as nossas inclinações e interesses pecaminosos. O caminho para o céu é ascendente, devemos nos contentar em viajar montanha acima, ainda que seja difícil e cansativo, e contrário ao viés natural de nossa carne." "Devemos seguir Cristo, o caminho ele viajou era o caminho certo para o céu. Nós devemos tomar a nossa cruz e segui-lO, em mansidão e humildade de coração, em obediência e amor, diligência para fazer o bem, e paciência sob as aflições. O caminho para o céu é uma vida celestial, uma imitação daqueles que estão no céu, em suas santas alegrias, amando, adorando, servindo e louvando a Deus e ao Cordeiro. Mesmo que pudéssemos ir para o céu com a satisfação de nossos desejos, devemos preferir um caminho de santidade e conformidade e as regras espirituais de abnegação do evangelho." "Devemos viajar neste caminho de maneira laboriosa. As viagens longas são percorridas com trabalho e fadiga, especialmente se por meio de um deserto. Pessoas em tal caso esperam não nada além de sofrer dificuldades e cansaço. Assim, devemos viajar neste caminho de santidade, remindo o nosso tempo e força, para superar as dificuldades e os obstáculos que estão no caminho. A terra que devemos atravessar é um deserto, há muitas montanhas, pedras e lugares ásperos que devemos passar por cima, e portanto, há uma necessidade de que devemos despender a nossa força." "Nós deveríamos com frequência pensar no final de nossa jornada, e fazer disso nosso trabalho diário: viajar no caminho que conduz a esse fim. Aquele que está em uma jornada, esta frequentemente pensando no lugar destinado, e é o seu cuidado diário e interesse prosseguir bem, e aproveitar o seu tempo para ficar mais perto do fim de sua jornada. Assim deve o céu estar continuamente em nossos pensamentos, e a entrada imediata ou passagem para ele, ou seja, a morte, deve estar presente conosco." "Todas as outras preocupações da vida devem ser inteiramente subordinadas a esta. Quando um homem está em uma jornada, todos os passos que ele toma são subordinados ao objetivo de chegar ao fim de sua jornada. E se ele traz dinheiro ou provisões consigo, é para supri-lo em sua jornada. Então devemos subordinar totalmente todos os outros interesses e todos os nossos prazeres temporais, por causa de estarmos viajando para o céu." "Céu é aquele único lugar onde nosso mais elevado fim, e mais elevado bem, devem ser obtidos. Deus nos fez para Si mesmo. "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas" [Romanos 11:36]. Por isso, então podemos alcançar nosso mais elevado propósito, quando somos levados a Deus, mas isso é por ser levado para o céu, para o trono de Deus, o lugar de sua presença
Alegoria benjaminiana na Corte e na Boheme
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Resumo: O objetivo deste artigo é apresentar como Walter Benjamin fundamenta o conceito de alegoria no Barroco alemão e na Modernidade parisiense. Para isso deve-se passar primeiro por uma concepção histórica do conceito de alegoria, tomando a interpretação de Benjamin sobre o debate aberto por Friedrich Creuzer. Depois, deve-se representar a alegoria nas figuras do Barroco alemão, como o soberano, o cortesão e a corte. Após, deve-se mostrar como a alegoria se apresenta nos boulevares da Modernidade nas figuras de Charles Baudelaire. Por fim espera-se, a partir dessa aproximação, marcar, na transitoriedade que a caracteriza, um diagnóstico sobre a incapacidade de transcendência e a face oculta de nosso tempo. Abstract: The object of this article is to present how Walter Benjamin bases the concept of allegory on the German Tragic drama and the Parisian Modernity. For this, the first step is pass through a historical conception of the concept of allegory, taking the interpretation of Benjamin on the debate opened by Friedrich Creuzer. Then, one must represent the allegory in the figures of the German Tragic Drama, as the sovereign, the courtier and a court. After, one must prove how the allegory is present in the boulevards of Modernity in the figures of Charles Baudelaire. Finally, it is hoped, from this approach, to mark, in the transience that characterizes the allegory, a diagnosis about the incapacity of transcendence and the hidden face of our time. No conjunto da filosofia da história de Walter Benjamin, a alegoria aparece como um conceito fundamental. Em sua tese de livre-docência, Origem do drama barroco alemão (Ursprung des deutsche Trauerspiel), Benjamin apresenta pela primeira vez, no interior do mito e da tragédia, o conceito de alegoria como uma maneira de reestabelecer uma verdadeira historicidade; não aquela que se apresenta de maneira progressiva como sucessão de fatos, implicada causalidade e na imanência da natureza como uma história natural; mas aquela que preza por sua temporalidade e seu próprio teor histórico, manifesto na ligação arbitrária entre o passado e presente. Aquela que mostra no espelhamento de dois tempos aparentemente tão distintos, não um desejo de nostalgia e restauração de um passado distante que se quer reviver, mas as ruínas e os resquícios que insistem e perduram no tempo; a forma oculta do passado que há no presente e que, escondida, o presente não diz, mas revela1. Na discussão teórica resgatada por Benjamin, essa noção alegórica se apresenta na segunda parte de seu livro, confrontada com a ideia de símbolo, que perdurou na estética germânica desde o classicismo de J.J. Winckelmann. Aos olhos de Benjamin a ideia de beleza, claridade, luz e 1 1 Na sua análise do drama barroco estava também implícita a relação de seu próprio tempo histórico, as conturbações do período entre guerras da República de Weimar. Vendo a impossibilidade de transcendência histórica do homem do barroco, Benjamin abre na teoria de soberania do século XVII um debate com o jurista Carl Schmitt sobre a teoria do decisionismo, peça chave na fundamentação conceitual do estado de exceção e justificação teórica para ascensão do Terceiro Reich.
Peregrino da América: fragmentos de uma imagem
Mathesis, 1998
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O “Barroco” e os sermões vieirianos
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RESUMO: Este artigo pretende demonstrar a insuficiência do termo "Barroco" para a explicação/análise dos sermões de Antônio Vieira, assim como de outras obras do século XVII. Considerando a insuficiência conceitual e o anacronismo do termo "Barroco", o artigo expõe propostas de caminhos investigativos não somente para os sermões vieirianos, como para outras obras classificadas posteriormente às suas épocas de produção.
Peregrinação e alegoria: uma leitura do Compêndio Narrativo do Peregrino da América
Em 1728 era publicado em Lisboa o Compêndio narrativo do peregrino da América em que se tratam de vários discursos espirituais e morais, com muitas advertências e documentos contra os abusos que se acham introduzidos pela malícia diabólica no Estado do Brasil. 1 De autoria do religioso Nuno Marques Pereira, natural de Cairú, na Bahia 2 , a obra é a narrativa de uma viagem que faz um suposto "peregrino" da Bahia de Todos os Santos à Capitania das Minas. Além de tratar dos costumes religiosos do Estado do Brasil, a obra, conforme indica o título, tratava de esmiuçar a presença do diabo no cotidiano dos colonos, inserindo-se na tradição de demonização da América presente nas cartas jesuíticas e em tratados morais. Embora a obra de Nuno Marques Pereira não tenha alçado a mesma representatividade que teve a de outros religiosos, considerado muitas vezes como mais um tratado moralista, na edição de 1939 do Compêndio Narrativo... Varnhagen enfatizava, ainda que com certo tom laudatório, o potencial da narrativa como fonte documental para estudos acerca da sociedade colonial: