Planos de Composição em Ato: possibilidades poéticas do cotidiano (original) (raw)
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“Olhar, Enxergar e Ver: Desafios No Ato De Planejar”
Holos, 2007
Recebido em agosto 2004 e Aceito em abril de 2005 RESUMO Com a consciência da importância do papel da escola no processo de transformação social, e conseqüentemente da sua atuação na sociedade, contando ainda, com a participação da comunidade escolar e das práticas profissionais fomos dando corpo, forma e identidade ao que pensamos sobre autonomia na escola e que o instrumento ideal para que este papel se consolide é o Projeto Político-Pedagógico. Denominamos este artigo como "Olhar, Enxergar e Ver: Desafios no ato de Planejar" numa alusão filosófica e abstrata às dificuldades impostas pela nossa cultura ao planejamento. No entanto, estas dificuldades não devem ser aquilo que impossibilite uma ação eficaz através do planejamento. Este artigo tem a intenção de mostrar que através de um planejamento estratégico, bem articulado, com idéias bem definidas e representativas dos desejos da comunidade escolar, é possível enxergar uma escola exercendo o seu verdadeiro papel: o de transformar a realidade para uma vida melhor, mais digna.
Partituras mentais: a escritura poética de Elton Pinheiro
Artigo completo submetido a 26 de janeiro e aprovado a 31 de janeiro de 2014. Abstract: This paper analyzes a recent series of drawings of Elton Pinheiro, where the artist produces a kind of automatic writing that transcribes — or translates — his own thinking in the rhythm of the flow itself, appropriating one-dimensional linearity of Western writing, to align signs of different types which emerge spontaneously or programmed mode alternately, according to the prior conceptual definitions of each work. Keywords: drawing / image / text / language / scripture. Resumo: O artigo analisa uma série recente de desenhos de Elton Pinheiro, nos quais o artista produz uma espécie de escrita au-tomática que transcreve — ou traduz — seu pensamento ao ritmo do próprio fluxo, apropriando-se da linearidade unidimen-sional da escritura ocidental, para alinhar signos de diversas naturezas que emer-gem de modo espontâneo ou programado, alternadamente, de acordo com as defini-ções conceituais prévias de cada trabalho.
A música não pode ser erudita: soneto concreto sobre composição planimétrica.
I Simpósio de Estética e Filosofia da música, 2013
Soneto concreto é uma montagem de frases proferidas pelo compositor e professor Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005), com recortes de sua voz original colhida em gravações de aulas, conferências e documentários. São apresentadas duas de suas mais marcantes e controversas teses: a. NEGAÇÃO da dicotomia, ou bi partição, ou classificação da música a partir dos termos ‘erudito’ e ‘popular’, utilizado na época pela maioria dos acadêmicos e academias. b. NEGAÇÃO da erudição como qualidade da música. ""
Arte e Crítica - revista da Associação Brasileira de Críticos de Arte, 2022
An analysis of the works of the NGO Thydêwá
Poéticas composicionais em peças estreadas na 21a temporada do Grupo Prelúdio 21
Orfeu, 2020
Este artigo apresenta aspectos das diferentes poéticas composicionais adotadas em peças estreadas durante a temporada 2019 do Grupo Prelúdio 21. O objetivo é demonstrar a pluralidade de procedimentos, técnicas e recursos utilizados nas composições de quatro dentre seus seis membros, além de descrever, em linhas gerais, aspectos da sua criação e da 21ª temporada de concertos realizada em 2019. Para alcançar o objetivo proposto, os quatro compositores selecionaram uma das peças estreadas em 2019 para comentar e retratar características relevantes da poética composicional, a partir de uma metodologia descritiva específica para cada composição. Dentre os diferenciados procedimentos presentes nas peças comentadas, podemos citar o dodecafonismo, a melodia de timbres, a textura pontilhística, o modalismo, aspectos do teatro musical (music theatre), a utilização de intervalos característicos, a auto-intertextualidade, o uso de recursos eletrônicos e de remissão a culturas tradicionais de po...
Planos de realidade na escrita e no estilo psicanalíticos
Subjetividade e Literatura: Harmonia e Contrastes na Interpretação da Vida, 2011
COELHO JUNIOR, Nelson Ernesto ; DE MARTINI, André . Planos de Realidade na Escrita e na Clínica Psicanalíticos. In: EWALD, Ariane (Org.). Subjetividade e Literatura: Harmonia e Contrastes na Interpretação da Vida. 1ed. Rio de Janeiro: Nau, 2011, v. , p. 145-161. Desde sua criação por Freud, há mais de cem anos, a psicanálise é acusada em meios acadêmicos e científicos de não passar de uma obra de ficção, aqui tomada em um mal sentido. Não faltaram, por outro lado, aqueles que procuraram aproximar o trabalho psicanalítico dos esforços dos grandes autores da literatura, em sua busca por descrever as faces menos visíveis da subjetividade humana. Como se sabe, no dia 28 de agosto de 1930 Anna Freud recebeu, em nome de seu pai, o Prêmio Goethe da Cidade de Frankfurt. Um prêmio de literatura, não um prêmio de medicina ou de ciência. Esse evento pode ser considerado apenas como um a mais da história da psicanálise, da forma como se deram sua aceitação e inserção social. Mas talvez possa ser visto também como reconhecimento de um hábito caro aos psicanalistas, a começar por Freud: o prazer de uma escrita que frequentemente mais se aproxima da literatura do que dos textos científicos. Não queremos retomar uma polêmica que já é velha, sobre se a psicanálise é ciência ou é arte, mas sim caracterizar uma situação que acreditamos não ter se estabelecido apenas pela qualidade literária do texto freudiano, ou seja, apenas por uma questão estilística. Pensamos que o material que se oferece à reflexão psicanalítica situa-se, de fato, na imbricação entre diferentes planos de realidade.
METAgraphias
Neste artigo apresento parte da investigação que realizo no Programa de Pós-Graduação em Arte, da Universidade Federal de Santa Maria/RS. A pesquisa tem como propósito a execução de ações poéticas no espaço urbano que partem do conceito do pôster lambe-lambe. As imagens usadas nas intervenções são gravadas e impressas em xilogravura, as quais tem como referência objetos utilizados como utensílios de iluminação nos interiores das casas, antes da instauração da rede de distribuição elétrica na sociedade. As xilogravuras fixadas em postes de luz se dá em determinados percursos do espaço urbano da cidade de Santa Maria (RS), e tem possibilitado construir reflexões entre as dimensões interna e externa do artista (Arendt) caracterizando parte desta produção reflexiva em arte contemporânea.
Escrita poética e elaboração analítica: fazer com o impossível de ser dito
2008
O artigo toma como objeto a impossibilidade envolvida no ato do escritor para aproxima-la da que esta em jogo para o sujeito no percurso de uma analise. Recorre aos testemunhos de Guimaraes Rosa e Clarice Lispector, entre outros autores, que ao se depararem com uma constante defasagem entre o vivido e seu relato, encontram tambem com o impossivel de alcancar na escrita, ou seja, com uma inatingivel completude do texto. Reconhece ai elementos que causam os embaracos com que se depara o escritor para melhor identificar aqueles que rondam o analisante. O objetivo do trabalho nao se reduz a mera analogia entre o fazer do escritor e o do paciente, mas busca estender para o trabalho em analise as questoes cruciais apresentadas aquele que escreve. Conclui que o escritor, ao ver que nem tudo cabe em palavras, se submete a esse impossivel para paradoxalmente achar a via que o leva a sua obra. Trata-se de examinar a operacao que resulta nesse achado para iluminarmos a travessia do sujeito do ...
A Condição Desviante dos Atos Composicionais
2020
Estudamos neste trabalho as condições desviantes inerentes às ações composicionais no contexto da relação comparativa entre ideias musicais e subsequentes produtos do ato. No primeiro capítulo, expusemos o arcabouço conceitual e a matriz filosófica que servirão de base para comentar os mecanismos desviantes entre ideia e ato. Estes mecanismos são explicitados no segundo capítulo a partir de quatro possibilidades distintas de ações composicionais. No terceiro capítulo, há um relato concernente a um experimento realizado com nove jovens compositores, a fim de se definir, no contexto da prática composicional, certos comportamentos relacionados ao desvio em cada um dos quatro meios de atualização comentados no capítulo anterior. No quarto capítulo, comentamos obras musicais de nossa autoria, apresentando desta vez uma perspectiva subjetiva em relação às experiências vinculadas às condições desviantes da ação composicional, além de comentar os temas da técnica e da ontologia da composição musical a partir desta ótica. Concluímos a tese aproveitando os conceitos e dados coletados para produzir uma síntese a respeito da condição desviante nos atos composicionais.