A História da África na escola - livro didático (original) (raw)
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O ensino de História da África
The teaching of African History, 2019
Estudar a África nunca foi uma tarefa fácil, mas transmitir o conhecimento que se têm sobre a mesma se torna ainda mais complexo devido aos diversos estereótipos que se alastram na sociedade sobre este continente. No Brasil foi instituída a Lei que obriga o ensino do Continente Africano nas escolas (10.639/03) um avanço se considerarmos o ensino desta em tempos passados. O presente artigo busca evidenciar a importância do estudo da África, apontando as problemáticas que cercam o assunto como os livros didáticos, que tanto no Brasil como em Portugal se mostram falhos para um ensino completo, ainda opiniões de importantes educadores sobre as dificuldades de ensinar a história da África e sobre a lei. É fundamental a formação dos professores que buscam transmitir esse conhecimento, pois é necessário maior atenção ao tratar esse tema para que não se sustente preconceitos. A importância de se estudar o continente muitas vezes esta atrelada ao estudo do país, um fator que reforça o porquê estudar a história da África, mas ela deve ser estudada por si só, afinal, é o continente considerado o berço da humanidade. O ensino da África seja no Brasil ou em outros países ainda é carregado de silêncio e preconceito, mas atitudes como a Lei 10.639/03 vigente no Brasil é o primeiro passo para começar a eliminação do silêncio que se faz presente no ensino do continente e o preconceito que ainda emana da sociedade. Quando abordamos o assunto educação é preciso cautela, pois educar não é apenas a tarefa da instituição escolar, ela deve ser dividida com a família do individuo e no meio social deste. Não se pode haver mais duvidas da importância da África na história do mundo, não devido às singularidades sobre o continente diversas vezes repetido, mas por que há uma história entre os povos da África e o resto do mundo. A lei que foi aplicada no Brasil em 2003 inicia um processo para uma queda do tabu que era abordar de forma correta a história do continente e também a relação com o Brasil.
A África antiga no ensino de História
O artigo trata da África Antiga no ensino de história no Brasil. Trata, ainda, das maneiras como a África Antiga tem sido e pode ser retratada na educação, para propor um retrato mais complexo, profundo e inspirador. Volta-se, em seguida, para a presença humana na África, por meio de situações de aprendizagem. O Egito destaca-se como parte da cultura africana. Conclui-se por enfatizar o papel das aulas de História para reconhecer a presença africana muito antes e para além do período moderno.
A História da África nos bancos escolares. Representações e imprecisões na literatura didática
2003
Resumo A aprovação da lei 10639/03, que tornou obrigatório o ensino da História da África e dos afrodescendentes, gerou nos meios escolares e acadêmicos algumas inquietações e muitas dúvidas. Como ensinar o que não se conhece? Para além das interrogações, a lei revela algo que os espe-cialistas em História da África vêm alertando há certo tempo: " esquece-mos " de estudar o Continente africano. A partir dessas constatações, o presente artigo tem como objetivo maior analisar a forma como a Histó-ria da África e os africanos foram representados em um dos poucos livros didáticos de História elaborados no país que abordam a África com um capítulo específico. As muitas críticas e curtos elogios devem ser enten-didos não como desconsideração ao trabalho do autor, mas como um alerta: devemos voltar nossos olhares para a África, pela sua relevância incontestável como palco das ações humanas e pelas profundas relações que guardamos com aquele Continente por meio do mundo chamado Atlântico. Abstract African History at school. Representations and imprecision in the didactics literature The approval of the 10639/03 law, which made compulsory the teaching of African and African-descendants history, has brought some Estudos Afro-Asiáticos, Ano 25, n o 3, 2003, pp. 421-461 uneasiness and many questions to the academic sphere. How is it possible to teach something we do not know? Besides this questioning, the law comes up with something that African history specialists have been warning us for a long time: we " forgot " to study the African continent. Beginning from these facts, the article's objective is to analyze how the African history and the Africans have been represented in the very few history books, made in Brazil, in which the African theme is brought up in a specific chapter. The many critics and short complements towards these books, should not be interpreted as lack of consideration to the authors' work, but as an alert: we have to turn our attention to Africa, considering its unquestionable relevance as a stage to human actions and because of the deep relations we have with that continent through the Atlantic.
A história da África no ensino português.COOPEDU.pdf
COOPEDU, 2010
O presente texto possui como principal objetivo apresentar os resultados obtidos por uma investigação acerca da abordagem dos estudos africanos nos cursos de formação de professores em História (licenciaturas) em Portugal. Perante um quadro migratório distinto, de acentuada presença de africanos, e marcado pelas relações recentes com alguns países daquele continente e pela necessária atenção aos debates e ao combate do racismo e da xenofobia -que de tempos em tempos retornam à ordem do dia naquele país -, parece--nos que o tratamento adequado dos estudos africanos nos cursos de história em Portugal responderia a uma necessária mudança nos conteúdos escolares, nos conhecimentos construídos e divulgados sobre o passado e o presente africanos e conseqüentemente a uma redefinição do lugar imaginário ocupado pela África nos cenários mentais em Portugal. PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA AFRICANA, ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL, AFRICANOS, IMAGINÁRIO
Lições sobre a África: abordagens da história africana nos livros didáticos brasileiros
Revista de História, 2009
Professor adjunto de História da África do Departamento de História/UnB resumo O tratamento concedido à trajetória histórica das sociedades africanas nos manuais escolares utilizados entre a 5ª e a 8ª séries do ensino fundamental é o tema principal do presente artigo. O recorte temporal eleito para observação corresponde à abordagem da história africana que se estende do século VII ao XVIII. Apesar dos avanços identificados em algumas coleções, o quadro geral da análise sinaliza para a existência de algumas imprecisões no enfoque da temática. Palavras-chave ensino da história da África • livros didáticos • história africana.
A África nos livros didáticos de geografi a de 1890 a 2004
Ce texte est un résumé de thèse en cours. L’aspect temporel travaillé a été l’introduction des contenus africains dans les manuels de géographie en 1890, à travers la modifi cation éducative Benjamin Constant jusqu’à l’accomplissement obligatoire du contenu du continent africain, dans le curriculum de base en 2003 en accord avec la loi 10.639/03. L’analyse est divisée en cinq; avec le choix d’un livre didactique par période, en priorisant ceux qui ont atteint la plupart des élèves selon le Ministère de Education (MEC), dans un total de cinq oeuvres. Notre but est de débattre la manière dont ce continent a été publié dans la matière écolière de la géographie dans les livres didactiques. L’hypothèse du travail est que le contenu africain est traité depuis toujours selon la domination territoriale impérialiste. Ainsi, l’auteur croit que l’affrontement de ces questions puisse contribuer pour mieux problématiser le contenu géographique de l’Afrique au Brésil.
Solta a voz, 2010
As imagens que povoam os cenários mentais dos estudantes brasileiros e portugueses sobre a África e os africanos foram construídas tanto por suas experiências de vida como pelas cenas que diariamente lhes são apresentadas pelos mais diversos meios de comunicação visual. O presente artigo objetiva identificar se parte da produção de livros escolares de História utilizados nas escolas da educação básica nesses espaços atlânticos contribuiu, de forma significativa ou não, para a construção de uma leitura mais adequada acerca daquele continente ou de suas trajetórias históricas. pAlAvrAs-chAve: África, ensino da história africana, representações.