É o fluxo: “baile de favela” e funk em São Paulo (original) (raw)

E o fluxo baile de favela e funk em Sao Paulo (2017) - PROA Revista de Antropologia e Arte

proa - revista de antropologia e arte, 2017

O presente artigo vai tratar dos fluxos, encontros de jovens nas ruas das periferias de São Paulo para ouvir e dançar funk. Aproveitando dos possíveis sentidos semânticos das palavras fluidez e movimento que esse conceito possibilita, buscarei levantar algumas características dos fluxos e do funk em São Paulo para caracterizá-los como uma prática cultural das periferias. A partir de um relato de campo sobre a violenta repressão policial a um evento, buscarei compreender também o processo de criminalização dos bailes de rua, partindo da hipótese de que existam outros motivos além do incômodo que eles podem causar aos vizinhos. Palavras-chave>

“Boladão, pesadão, isso é Rio de Janeiro”: notas sobre funks de torcida e de facção

Aletheia 32, p.38-52, maio/ago. 2010, 2010

“Boladão, pesadão, isso é Rio de Janeiro”: Notes towards organized soccer fans and criminal faction funks Abstract: This work aims at comparing the production of forbidden funk music and funk music produced by organized fans of soccer teams in the context of Rio de Janeiro. The analysis is to be conducted through the examination of 39 forbidden funk songs’ content which quotes the criminal faction “Comando Vermelho”, plus 44 other funk songs produced by an organized soccer fans team entitled “Força Jovem Vasco”. The objective of the study is to understand the contexts where they are produced, as an expression of the universe of youngsters. The results showed relations in both samples, between conflict, the depreciation of the enemies, self-exaltation and of their allies, territorial distribution and parodies. The construction of social representations is glimpsed thus, based in elements of apparently distant universes, such as the war in Afghanistan and the American funk in the 70´s. Keywords: funk carioca; social representations; young people.

São Paulo e suas favelas

Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em …, 2006

SciELO - Scientific Electronic Library Online Browse SciELO, SciELO Library Error Detector An unexpected error occurred in SciELO servers. Click on the SciELO logo to browse the SciELO Library or use the browser "BACK" button to return to the previous page. ...

Pancadão: uma história da repressão aos bailes funk de rua na capital paulista

2024

Na data de lançamento deste relatório, completam-se 5 anos que a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) matou os jovens Gustavo, Denys Henrique, Marcos Paulo, Dennys Guilherme, Luara Victória, Bruno Gabriel, Gabriel Rogério, Eduardo e Mateus, no Baile da Dz7, em Paraisópolis. Este trabalho integra o projeto Os 9 que Perdemos, fruto da parceria entre o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (CAAF/Unifesp), o Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NECDH) da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e o Movimento de Familiares das Vítimas do Massacre em Paraisópolis. Por meio desta análise, mais uma vez, serão antecipados resultados parciais da pesquisa referente à segunda etapa do projeto, dedicada à contextualização socioantropológica do Massacre. A partir da construção de uma base de dados que reúne duas décadas de notícias de jornal, será recontada a história do surgimento das Operações Pancadão (atual Operação Paz e Proteção) como política pública para a questão dos bailes de funk de rua em São Paulo.

As favelas cariocas nas chanchadas: de berço do samba a problema público

Este artigo traça um panorama histórico da representação das favelas cariocas nas comédias musicais cinematográficas brasileiras, conhecidas como chanchadas, dos anos 1930 ao início da década de 1960. Com raras exceções, como a do filme Favela dos meus amores (1935), apontamos a presença mais constante da favela como cenário reproduzido em estúdio em números musicais das chanchadas lançadas até meados dos anos 1950. Tomando como marco o filme Depois eu conto (1956), a representação da favela passa a ser cada vez mais politizada no gênero. Em meio às polêmicas sobre as remoções das favelas e a atuação social da Igreja católica na transformação desse tipo de habitação popular em “problema público”, analisamos Três colegas de batina (1961), em que uma favela adquire grande importância na trama, mas com um discurso ideológico distinto dos mais conhecidos filmes dos diretores do Cinema Novo

A dinâmica social das favelas da região metropolitana de São Paulo

São Paulo: segregação, pobreza e …, 2005

As favelas são uma solução habitacional antiga nas cidades brasileiras, cujo início da ocupação remonta em algumas cidades ao final do século XIX . Na cidade de São Paulo, embora exista o registro de 4 favelas cuja ocupação se iniciou antes de 1940, as favelas não se faziam muito presentes até o início da década de

"DA FAVELA PARA O MUNDO": o funk e o reexistir de jovens adolescentes na EJA e na cidade

2019

O presente trabalho buscou investigar os modos com os quais educandos/as de periferia, matriculados/as na Educação de Jovens e Adultos (EJA), jovens adolescentes, com idade entre 15 e 17 anos, constroem suas identidades juvenis, tendo como referência suas relações com a cultura do funk e com a cidade de Belo Horizonte. A opção metodológica teve como enfoque a pesquisa qualitativa, a fim de compreender os modos de ser jovem produtor de conhecimento da cultura do funk na periferia e suas articulações com o território e a escola de EJA. Assim, foram tomados como sujeitos da pesquisa quatro estudantes que se envolvem rotineiramente em bailes realizados em três comunidades de uma região limítrofe entre as cidades de Belo Horizonte e Contagem, a saber: o “Subaco das Cobras”, o “Morro da Vaca” e o “Morro dos Cabritos”. Eles foram entrevistados e acompanhados em alguns desses eventos. No trato dessa temática, evocamos as categorias de periferia, identidade, cultura e condições juvenis. Para tanto, recorremos a autores que tratam dessas questões, tais como Arroyo (2017), Carrano (2015), Dayrell (2016) e Sposito (2011). O texto problematiza a efetivação do direito à cidade, denunciando as barreiras (in)visíveis a que os/as jovens estão submetidos/as e a descontextualização das políticas públicas voltadas para Educação de Jovens e Adultos bem como das práticas pedagógicas da escola em relação às realidades vivenciadas por ele/as. O trabalho aponta para a importância da cultura do funk na construção das identidades periféricas juvenis que se apresentam como processos de resistências e reexistências diante da sistemática negação de direitos. Indica ainda a necessidade e algumas possibilidades de se repensar a prática pedagógica com jovens adolescentes na EJA diante da realidade analisada.

Folia, função e folga: inflexões rítmicas em festas de rua da Bahia

Revista Landa, v. 9, n. 1 , 2020

Definir a festa é tarefa análoga à habilidade necessária para escalar um pau-de-sebo2: exige esforço e concentração para se manter seguro no objeto escorregadio. A festa é um fenômeno ao mesmo tempo de ruptura e continuidade com o cotidiano e buscar definições gerais desse fenômeno, munido da atitude do estudioso “e não daquele que vive a festa” pode dificultar o avanço de “hipóteses sérias sobre o que talvez esteja escondido além das paredes translúcidas da máquina antropológica”3 (JESI, 2013, p. 110).