Os Furtado de Mendonça Portugueses. Ensaio sobre a sua verdadeira origem (original) (raw)
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Ensaio sobre a origem dos Machado terceirenses
, in Arquipélago. História, 2.ª série, vol. XIII (2009), Ponta Delgada, Universidade dos Açores, Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais pp. 219-278.
Correcção da ascendência de Gonçalo Eanes e Mécia Machado de Andrade povoadores da ilha Terceira Açores
Ensaio sobre a origem dos Resende / Sodré
Separata da revista Armas e Troféus, IX série, Janeiro / Dezembro de 2008 , 2008
Como diria o difamado senhor de La Palisse, existem coisas boas que provocam efeitos colaterais perversos. Um exemplo de coisa boa é o revigorado interesse pelas monografias genealógicas que, tendo um encontrado um nicho de mercado viável, não cessam de se multiplicar, despertando a curiosidade e o interesse de quantos se interessam por estas coisas. Um efeito colateral perverso é o ponto de partida de algumas dessas mesmas monografias. Com efeito, se estas reproduzem, mais ou menos fielmente, mais ou menos selectivamente, o que é possível "espremer" dos assentos paroquiais, notariais, fontes publicadas, apontamentos diversos e genealogias manuscritas, aceitam geralmente como premissa aquilo que outros escreveram sobre os genearcas a partir dos quais desenvolvem as suas descendências.
Ensaio sobre a origem dos Proença
2010
Não se sabe nada da origem dos Proença, mas foi-me possível documentar aquele que até agora é o mais antigo que se conhece deste nome: Aires Gonçalves de Proença, que tinha bens na Covilhã, que perdeu por seguir o partido da rainha D. Beatriz contra o mestre de Avis, tendo este a 10.9.1384 doado os seus bens, por estar em deserviço, a Fernão Velho, cavaleiro da Ordem de Santiago. 1 Seguramente nascido antes de 1360, este Aires Gonçalves de Proença tinha bens na Covilhã e noutros lugares não especificados, podendo muito bem pertencer a uma família originária da vila de Proença, hoje chamada Proença-a-Velha, nome com que ficou conhecida desde que a vila da Cortiçada adoptou no séc. XVI também o nome de Proença, ficando a chamar-se Proença-a-Nova. Proença ficava então no termo da importante vila da Covilhã, de que dista (por estradas de hoje) 54 km. Naquela doação, D. João I refere "todos os bens movees e de raiz que vicente dominguez vigairo de coujllaã e diego gonçallez e airas gonçallez de proença aujam na dicta ujlla e em outros quaãsquer lugares, os quaães os perderam por serem em deserujço destes regnos". Esta redacção sugere que os confiscados seriam parentes, com bens em comum, parecendo aquele Diogo Gonçalves o Diogo Gonçalves Tavares que D. Fernando nomeou alcaide-mor da Covilhã em 1383 2 , cuja mulher se desconhece e podia bem ser irmã de Aires Gonçalves de Proença. É certo que Diogo Gonçalves Tavares não foi durante muito tempo alcaide da Covilhã, pois Afonso Gomes da Silva foi nomeado alcaide deste castelo no ano seguinte 3 , mantendo-se no cargo a 26.5.1384, quando o mestre de Avis lhe deu em tença, sendo ele alcaide, a pensão dos tabeliães e os foros e direitos dos judeus da dita vila. 4
Ensaio sobre a origem dos Magalhães
2007
Apesar de nenhuma genealogia o referir, mesmo as mais tardias, considero Rui Fernandes de Magalhães como o mais antigo tronco desta linhagem e talvez o 1º a usar este nome, muito embora a família seja mais antiga. Terá sido senhor da honra e quintã da Torre de S. Martinho de Magalhães 1 e do couto de Fontarcada. 2 Documenta-se nas Inquirições de 1288 3 , no julgado de Froião: "Item na herdade que chamam do Paaço hu see Martim Testa mora hi Martim Testa e soyam ende dar voz e coomha e criaron hi filho de Ruy Fernandiz de Magalhaes e non dan ne' migalha al Rey e fazen ende onra nova". As mesmas Inquirições dizem sobre a freguesia de S. Martinho de Magalhães, no julgado da Nóbrega, que "a quintaa da Tore (sic) e que foy de Paay Fernandiz e a que chamha (sic) do Penedo é provado que as viran onrras des que s'acoordan as testemunhas e d'ouvyda de longo tempo", declarando a sentença que "seian onrradas porque son de filhos d'algo e enquanto foren de filhos d'algo". Sobre o couto de Fontearcada aquelas Inquirições não dizem nada. O conde D. Pedro 4 não trata os Magalhães, o que dificulta a informação genealógica sobre a sua origem.
Ensaio sobre a origem dos Carvalhal
2015
n. cerca de 1320 e certamente já fal. em 1384, é o mais antigo desta família que se conhece ao certo. Como refere Alão 1 , viveu no lugar do Carvalhal, termo de Proença-a-Nova 2 (Castelo Branco), vila que era então da Ordem do Hospital (Priorado do Crato). Miguel Leitão 3 diz que o lugar do Carvalhal era do termo da Sertã, vila vizinha, que também era do Priorado do Crato. Damião de Góis 4 não menciona Pedro Gonçalves, começando o seu título dos Carvalhaes no filho Martim Gonçalves. Dizem as genealogias tardias que foi alcaide-mor de Almada, mas é evidente engrandecimento que lhe acrescentaram depois, não só porque não existe tal nomeação nas chancelarias de D. Fernando I ou mesmo de D. Pedro I, mas também por que desde D. Afonso III que o castelo de Almada pertencia à Ordem de Santiago, pelo que o alcaide-mor era o respectivo comendador. 5 Casou com Aldonça Rodrigues, que Salazar y Castro 6 deduz que seria filha de Martim Gomes da Silva, senhor da honra e torre de Silva, alcaide-mor de Elvas, etc, e de sua mulher a galega D. Tereza Garcia de Senabria. Dedução que me parece inaceitável, desde logo tendo em conta a diferença de estatutos. Acresce que uma filha de Martim Gomes da Silva não usaria o patronímico Rodrigues 7 , apesar de Martim Gomes ser filho de Gomes Paes Bugalho e sua 1ª mulher Maria Rodrigues de Caldelas. Sobre isto, tem ainda a improbabilidade cronológica, uma vez que Martim Gomes da Silva nasceu por volta de 1262 e casou cerca de 1295, enquanto a sua putativa filha Aldonça Rodrigues não deve ter nascido antes de 1325. 1.1. Iria Gonçalves, n. cerca de 1344 e fal. depois de 1385. D. João I doou a "eirea gllz madre de nuno aluarez pireira seu destabre", "por mujtos srujços que nos estes regn recebemos entedemos receber dos que della descendem", todo o quinto que a coroa tinha de receber das vilas de Portalegre e Alegrete, quer dos pregoeiros quer das coisas que fossem tomadas aos inimigos (11.5.1385) 8 ; a portagem de Marvão, para si e seus descendentes, de juro e herdade (Junho de 1385) 9 ; e todos os bens móveis e de raiz que ficaram por morte de seu filho Fernão Pereira, bens esses que tinham sido de Paio Rodrigues Marinho, alcaide de Campo Maior, que os perdera por dar o dito castelo e vila ao rei de Castela (30.7.1385). 10 A "Cronica do Condestabre" diz que foi cuvilheira 11 da rainha D. Beatriz
Os casos históricos de Espinho e do Furadouro (Portugal)
2015
In the second half of the nineteenth century, Espinho and Furadouro, located in the northwest coast of Portugal, began to have serious problems of coastal erosion. This phenomenon continues until today. Causes are well known: the diminishing of sediments arriving to the coast; the building of hard engineering structures updrift and the increasing occupation of coastal zones. There are many studies about the causes of the erosion and the coastline retreat rates. But there are no papers about coastal erosion impact in local communities. Using as methodological tools the concepts of emergency, recovery and reconstruction, the purposes of this study are to examine population perceptions about coastline retreat, its social and economic impacts and the adopted strategies concerning disaster management and maintenance of the urban areas. Also it is analyzed if there was “learning and adaptation” based in the experience gained over more than a century of coastal erosion.Espinho and Furadour...
Os Ferreira Coelho de Tavira — Origens e actualidade
Academia dos Simples - Livro Segundo, 2021
Traça-se a origem desta família seguindo a descendência dos seus antepassados mais remotos nas linhas Ferreira (aliás Guerreiro) e Coelho, situados nos finais do sec. XVII, até ao presente (Outubro de 2021).
Origens Portuguesas nos Folguedos Brasileiros: Das Danças Mouriscas ao Tambor de Mina
2007
RESUMO Após algumas considerações sobre as raízes portuguesas do folclore e da cultura popular brasileira, trata da importância do livro Historia do Imperador Carlos Magno e os doze pares de França-trazido para o Brasil pelos portugueses e amplamente difundido no passado-, uma das matrizes de folguedos como a Chegança, que revivem batalhas entre mouros e cristãos. Detem-se sobre a influencia daquela obra na mitologia do tambor de mina (religião afro-brasileira hegemônica no Maranhão), mostrando que a história dos encantados da família do Rei da Turquia reproduz a dos turcos daquela obra literária, mas integra elementos factuais da trajetória do negro brasileiro e da experiência de transe nas casas de culto. Adverte que a descoberta de matrizes literárias européias na mitologia do tambor de mina não nega as suas raízes africanas nem profetiza o fim dos seus apregoados segredos e de sua transmissão oral. Palavras-chave: Identidade cultural; cultura brasileira; cultura portuguesa. RÉSUMÉ ORIGINES PORTUGAISES DANS LES FÊTES BRÉSILIENNES: DES DANSES "MOURISCAS" AU "TAMBOR DE MINA" Après quelques considérations sur les racines portugaises du folklore et de la culture populaire brésilienne, on parle de l´importance du livre Historia do Imperador Carlos Magno e os doze pares de França-apporté au Brésil par le portugais et largement divulgué à des époques antérieures-une des sources de fêtes, comme la "Chegança", qui revivent les batailles entre arabes (maures) et chrétiens. On s´arrête sur l´influence de l´oeuvre pour la mythologie du "tambor de mina" (religion afro-brésilienne hégémonique au Maranhão), tout em montrant que l´histoire des "encantados" (enchantés) de la famille du Roi de Turquie reproduit celle des turcs de l´oeuvre littéraire mentionnée, mais ajoute des éléments factuels de la trajectoire du nègre brésilien et de léxpérience du transe dans les maisons de culte. On avertit que la découverte de sources littéraires européennes dans la mythologie du "tambor de mina' ne nie pas ses racines africaines et ne prophétise pas la fin de ses fameux secrets ou de sa transmission orale.