Indicaçâo geográfica como estratégia de qualificaçâo vitivinicola pelas lentes evolucionárias e pela viçâo baseada em recursos (original) (raw)

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS, TIPICIDADE E PRODUTOS LOCALIZADOS: os novos compromissos valorativos na vitivinicultura do Vale dos Vinhedos

Geográficas para vinhos no Brasil. A partir de informações coletadas em estudo de caso realizado na principal região vitivinícola do país (Vale dos Vinhedos, Estado do Rio Grande do Sul), o estudo discute os compromissos valorativos a partir dos quais diferentes atores (produtores, técnicos, consumidores, pesquisadores) buscam legitimar concepções qualitativas que fundamentam as escolhas técnicas, as normas e os padrões de produção. Os resultados demonstram a complexa interação entre inovação nas práticas produtivas e estratégias de valorização da tipicidade do produto associada ao terroir. Ao longo do processo de construção social da qualidade dos vinhos ensejado pela IG, vêm à tona conflitos envolvendo a valorização cultural dos bens materiais e imateriais do território e uma estratégia de modernização da produção vinícola regional.

Perspectivas de uma indicação geográfica a partir da visão de uma vitivinícola localizada nos Vales da Uva Goethe – Santa Catarina

O desenvolvimento dos Vales da Uva Goethe – SC: contribuições da extensão universitária, 2019

Segundo a lei n. 9.279/96 de 14 de maio de 1996, as indicações geográ cas no Brasil se caracterizam de duas maneiras: Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográ co de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográ co de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográ co, incluídos fatores naturais e humanos (BRASIL, 1996).

A Indicação Geográfica Sob a Percepção De Uma Vitivinícola Localizada Nos Vales Da Uva Goethe – Santa Catarina

2017

O vinho a base de uva Goethe e considerado unico, devido a sua forte ligacao com o clima e o solo da regiao Sul catarinense. Em 2012, foi concedido o registro de Indicacao de Procedencia dos Vales da Uva Goethe, possibilitando o seu reconhecimento com um produto unico. A partir deste cenario, o estudo objetivou identificar as perspectivas de uma indicacao geografica a partir da visao de uma vitivinicola localizada nos Vales da Uva Goethe – Santa Catarina. Metodologicamente, o estudo se caracterizou como uma pesquisa descritiva, quanto aos fins, e, bibliografica e um estudo de caso, quanto aos meios de investigacao. Com dados de origem primaria, a pesquisa foi realizada por meio de uma entrevista, com o auxilio de um roteiro semiestruturado, com abordagem essencialmente qualitativa. A vitivinicola objeto de estudo e de pequeno porte, sem muitos recursos financeiros e com uma estrutura administrativa definida de maneira informal. A indicacao geografica tornou-se importante para o dese...

O Agronegócio Vitivinícola Sob a Ótica das Indicações Geográficas da União Europeia (UE)

Revista Semiárido De Visu

O presente trabalho tem como objetivo analisar as Indicações Geográficas e sua importância, descrevendo o Mercado Mundial de Vinhos, e seu uso na União Europeia. A pesquisa é bibliográfica de caráter qualitativo e quantitativo. Foram consultados os bancos de dados da FAO, da Wine Institute e Comissão Europeia. Além disso, foram utilizados artigos científicos, livros e revistas que tratam sobre o tema pesquisado. Concluiu-se que mundialmente o número de Indicações Geográficas é de 3.048, só na União Europeia há 1.991, o que corresponde a 63% do total no mercado global de IG's. Sendo 1.134 DOP, representando 69% do total das IG's da União Europeia. Dessas IG's, 49% estão nos países França, Itália, Espanha e Portugal. Quanto as IGP's existem 587, o que corresponde a 31%, também estão centralizadas nos países citados anteriormente. Portanto, as IG’s têm sido um instrumento inovador e fundamental na redução da assimetria de informação e aproximação entre produtores e cons...

O uso da indicação geográfica na proteção e na apropriação do patrimônio cultural agroalimentar

Revista Arqueologia Pública

O patrimônio agroalimentar, aqui considerado patrimônio cultural imaterial, possui valor para as comunidades que o detêm e para o mercado. Por possuir valor mercadológico, tal patrimônio demanda alguma forma de proteção que permita a sua apropriação. Os Direitos de Propriedade Intelectual (DPI), constituídos para proteger as criações do espírito, vem sendo considerados como um sistema passível de garantir proteção ao patrimônio agroalimentar. O objetivo deste texto é discutir a possibilidade de uso dos DPI, especialmente, das indicações geográficas (IG), como forma de apropriação do patrimônio agroalimentar a partir de uma revisão teórica e da observação de dois casos de patrimônio imaterial: o ofício das panelas de Goiabeiras e os modos de fazer os queijos do Serro e da Canastra. Conclui-se que as IG dos casos citados, com os devidos cuidados, podem vir a ser usadas na apropriação do patrimônio agroalimentar.