Alforrias e contratos de trabalho: escravos rio-grandenses em estâncias uruguaias (meados do século XIX) (original) (raw)

Dimensões da liberdade: Borges Sampaio e os escravos na cidade de Uberaba, 1836/1888

Olhares Trilhas, 2009

florisvaldo Paulo Ribeiro Júnior RESUMO: Este texto procura analisar o cotidiano das relações escravistas na cidade de Uberaba, importante centro urbano, na região do Triângulo Mineiro, sobretudo as ações em torno das alforrias. Nele a preocupação é não apenas registrar os acontecimentos, mas, também interpretar as suas ligações com as ações políticas no centro do Império.

Análise histórico documental das relações de aquisição e alienação de escravos, no final do século XIX, no município de Cavalcante/GO

2019

Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Administração, Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal, 2019.No presente trabalho acadêmico buscamos analisar documentos históricos e à historiografia da população quilombola. Tais documentos ainda podem ser fisicamente encontrados junto aos órgãos de registro do município de Cavalcante/GO; referentes ao processo de abolição da escravatura na região. A escolha deu-se, principalmente, pela questão cultural do povo Kalunga na visão de muitos brasileiros, uma sociedade pluralista de economia multifacetada. O laboratório para tal análise foram os documentos que tratam da população quilombola de Cavalcante, da virada do século XVIII até o fim da primeira metade do século XIX. A dissertação utiliza o método dedutivo, apoiando-se numa pesquisa qualitativa, realizada a partir de uma análise documental e revi...

Sistema de aluguel de escravos em obras públicas viárias do Brasil Império (1867-1873)

Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, 2019

Resumo: Este estudo explora o sistema de aluguel de escravos e a participação de dezenas de proprietários escravistas em obras públicas viárias a fim de contribuir para o debate sobre a escravidão e a liberdade no Brasil. Para tanto, analisa as listas nominais de trabalhadores livres e cativos em obras viárias da província de Minas Gerais. Valendo-se dessas listas, fonte primária pouco explorada pela historiografia, esta pesquisa analisa a ocupação e a condição social dos trabalhadores, bem como as taxas de retorno brutas anuais obtidas pelos donos de escravos alugados nas décadas de 1860 e 1870. Palavras-chave: Trabalhadores; Sistema de Aluguel de Escravos; Infraestrutura viária. Abstract: This study explores the slave rental system and the participation of dozens of slave owners in order to contribute to the debate on slavery and freedom in Brazil. For this purpose, it analyzes the nominal lists of free and slave workers in public road works in the Minas Gerais Province. Using these lists, this research analyzes the occupation and social condition of the workers, as well as the annual gross return rates obtained by the owners of slaves rented in the 1860s and 1870s.

A produção de laços de compadrio entre escravos e forros (sul do Brasil, c.1830-1870)

Revista Territórios e Fronteiras, 2019

Há mais de três décadas, o estudo dos laços do compadrio entre escravos e egressos do cativeiro vem ganhando importância. Nesse contexto historiográfico, o presente artigo aborda as relações de compadrio produzidas por escravos e forros, entre c.1830 e 1870, tendo como recorte espacial para aplicação da problemática Bagé, no extremo sul do Brasil, localidade bastante representativa daquela sociedade de então (população escrava significativa, disseminação da posse cativa pelo tecido social e predomínio de pequenas escravarias).

Versiani e Nogueról - Muitos escravos; muitos senhores escravidão nordestina e gaúcha no século XIX

Muitos Escravos; muitos senhores, 2016

Entendendo a escravidão: trabalho escravo na grande lavoura e em pequenas posses CAPÍTULO 2 Sobre as fontes: inventários, censos e matrículas CAPÍTULO 3 Maranhão, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul: inter-relações econômicas e trabalho escravo CAPÍTULO 4 Muitos senhores com poucos escravos: estrutura de posse de cativos nas quatro regiões e no país CAPÍTULO 5 Estrutura da posse de cativos no Brasil na década de 1870 CAPÍTULO 6 Estrutura de posse de escravos em Pernambuco CAPÍTULO 7 Posse de Escravos no Rio Grande do Sul no Século XIX CAPÍTULO 8 Propriedade escrava e declínio do escravismo na província de Sergipe CAPÍTULO 9 Demografia das populações escravas: Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Sul CAPÍTULO 10 Preços de escravos e racionalidade econômica no Século XIX CAPÍTULO 11 Escravos e escravas: havia preferência por gênero entre os proprietários escravistas?

Sobre a estrutura de posse de escravos em São Paulo e Minas Gerais nos albores do século XIX.

Neste trabalho evidenciamos algumas das muitas semelhanças e das poucas dissimilitudes existentes, ao abrir-se o século XIX, nas estruturas de posse de escravos que vigoravam em São Paulo e Minas Gerais, duas capitanias brasileiras limítrofes que, à época, conheciam momentos econômicos distintos. Enquanto em Minas Gerais o clima era de esgotamento da atividade de exploração do ouro e dos diamantes, em São Paulo se conhecia o dinamismo decorrente da ampliação das atividades agrícolas. Mesmo assim, os dados contemplados em nosso estudo revelaram que as referidas estruturas de posse de cativos guardavam um alto grau de similitude. Ademais, o perfil de tais estruturas diferia radicalmente daquele desenhado pela historiografia brasileira tradicional. Coautor: Francisco Vidal Luna.