Teoria quântica, física nuclear e filosofia grega: ensaio sobre os físicos filósofos do século XX (original) (raw)
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2008
do amor, do carinho, da vida e da perfeição. 4 AGRADECIMENTOS A meus pais Antônio P. Leite e Maria Ilma, pela dedicação e carinho. A meus avós maternos Edmundo Fernandes e Maria Zilma, pelo amor e presença constante. Ao professor Samuel José Simon Rodrigues, pela orientação equilibrada e paciente, marcada por um autêntico entusiasmo pela filosofia. À Damísia Lima, companheira inigualável, pela compreensão e ajuda inestimável na dissertação-e pelo futuro. Ao amigo Leonardo Vieira, com o qual partilho a devoção pelos textos homéricos, pelo companheirismo e brilhante ajuda. Ao amigo Paulo Falcão, interlocutor filosófico de todas as horas, pelo seu detalhado trabalho de revisão. Aos professores Gabriele Cornelli e Olavo Leopoldino da Silva Filho pelas relevantes orientações no exame de qualificação. Ao professor Agnaldo Cuoco Portugal, pela abertura permanente ao diálogo e solicitude. Aos professores José Otávio Guimarães e Sonia Lacerda, do Núcleo de Estudos Clássicos-NEC, e Eleonora Zicari pela decisiva influência acadêmica. Aos amigos, e irmãos, Marcelo, Cláudio e Maurenilson. À CAPES, pela apoio financeira concedido
A percepção da Teoria Quântica por um filósofo na década de 20
Fábio Freitas et al (orgs.). Anais do III Encontro Nacional de Pós-Graduandos em História das ciências – ENAPEHC 2013. Mariana: UFOP / UFMG, 2014. ISBN 978-85-62707-52-0
A revolução da teoria quântica teve repercussão imediata além das fronteiras da física. Já no final da década de 1920, filósofos começaram a pesquisar a epistemologia e a ontologia subjacentes à física então em desenvolvimento. Um desses filósofos foi Gaston Bachelard (1884-1962), que fez da revolução científica do primeiro terço do século XX seu objeto privilegiado. O estudo da interpretação bachelardiana dos pressupostos filosóficos da física de seu tempo revela como um epistemólogo compreendia os progressos da ciência em uma época de profunda inovação teórico-experimental. A partir da criação de noções como “fenomenotécnica”, “ruptura epistemológica”, “epistemologia fracionada”, “materialismo racional” e “racionalismo aplicado”, Bachelard propôs apresentar, do ponto de vista do filósofo, o processo de formação do “novo espírito científico”. Nosso trabalho consiste na exposição, do ponto de vista da história da epistemologia, dos conceitos criados ou transformados por esse filosofo para abordar a teoria quântica no momento do próprio nascimento desse ramo da física.
Modelos atômicos no início do século XX : da física clássica à introdução da teoria quântica
2009
À minha orientadora Lilian por sua orientação, paciência e apoio em todos os momentos. Ao prof. Roberto Martins que tornou esse trabalho possível através de sua inestimável contribuição nas trilhas da história do átomo. Aos profs. José Luiz Goldfarb e Ana Maria Alfonso-Goldfarb pelas críticas e sugestões. Aos meus profs. no Programa de História da Ciência da PUC-SP. Ao prof. Harvey Brown pela acolhida na Universidade de Oxford. À minha família-Ilietes, Neri e Fátima-obrigado pelo seu amor e incentivo. À minha família-Cecília, Beto, Dilvo, Nair e Paulo-obrigado por existirem. Ao Mestre Milagre que me contagiou com sua paixão pela História da Ciência. Ao amigo Del Pino pelo apoio para chegar a este Programa. Ao amor de Ed que me incentivou a começar esse doutorado. Aos amigos Adriane, Márcia, Renata e Vandré que me acolheram e apoiaram em SP. Às colegas Carla, Elaine, Cris Couto e Ana Paula que se tornaram amigas e parceiras nessa caminhada. Aos meus colegas de curso que compartilharam alegrias e tristezas ao longo de 4 anos. Aos amigos Ricardo, Simon e Luis Eduardo que me acolheram e garantiram minha sobrevivência na Inglaterra. (Thank you!) Aos amigos Andrew e Luis Henrique pela boa companhia na Inglaterra. (Thank you!) À Andreza pelas revisões e leituras finais dessa tese. À amiga Rochele pelo carinho e pela leitura crítica. Aos amigos Maira e Zé que me propiciaram a paz necessária para concluir essa tese. Aos meus amigos Eunice, Heloisa, Nelton e Russel da FACED-UFRGS pelo carinho e boas vibrações nesses 4 anos afastado da Área de Ensino de Ciências. Aos amigos (SP, BA, RS e UK) que vibraram e compartilharam comigo a caminhada. À direção, chefias e colegas da FACED-UFRGS. À Área de Educação Química da UFRGS. À Capes e UFRGS pela concessão de bolsa de Doutorado (PICDT). À Capes pela bolsa na Inglaterra (PDEE), apesar do atraso. A todos nós brasileiros que garantimos a pesquisa científica nesse país.
Nota sobre a filosofia concreta do início do século xx
PHILÓSOPHOS, 2012
Resumo: Trata-se, para nós, de nos situar junto à filosofia de Merleau-Ponty para fazer surgir, em contraste com o comportamento teórico denominado por ele de "pequeno racionalismo" do início do século XX, a noção de concreto, a qual mistura em si mesma o fato e a essência, a particularidade e a universalidade. Inicialmente, lembraremos o modo como o filósofo comenta esta postura teórica que reduz tudo o que se pode dizer sobre o mundo àquilo que diz a ciência. Em seguida, insistiremos, mesmo que muito rapidamente, no fato de que tal posição teórica não está distante de uma posição política demasiadamente otimista que não se dá conta do mundo em que ela mesma se manifesta. Segundo Merleau-Ponty, para compreendermos as relações entre o sentido e o não-sentido é preciso formar uma nova ideia de razão: não uma razão que opera agenciando conceitos sobre um fundo de racionalidade inquestionável, mas uma razão que abarca suas origens. O esboço destas ideias servirá de pano de fundo para estas notas que giram em torno da noção de concreto na filosofia do início do século XX.
Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2013
RESUMO: O objetivo deste artigo é analisar os usos que Werner Heisenberg fez da filosofia grega em sua obra. Pretende-se relacionar tais usos não apenas com a argumentação interna presente nos textos do físico alemão, mas também com o contexto histórico, conflitos e debates entre as diversas interpretações da teoria dos quanta durante a primeira metade do século XX. Faremos, inicialmente, uma apresentação geral da teoria quântica e da presença da filosofia na obra de Heisenberg e, em seguida, um estudo de caso da apropriação que Heisenberg fez do pensamento de Leucipo, Demócrito, Heráclito, Platão e Aristóteles.
2015
Lénine expôs e desenvolveu um conjunto de aspectos da teoria do conhecimento na sua obra Materialismo e Empiriocriticismo. Nela, o autor analisa o confronto entre as correntes materialistas e idealistas na ciência do seu tempo. Em particular, analisa aquilo a que chama “idealismo físico”, isto é, a tendência de alguns físicos para interpretarem de forma idealista os resultados de um ramo das ciências. Lénine apontou como uma das razões para a crise da física a negação do valor objectivo das suas teorias: “a matéria desaparece, restam apenas as equações”. O confronto entre estas duas linhas filosóficas fundamentais, o materialismo e o idealismo, permaneceu ao longo dos tempos. Para compreender as formas que esse confronto assume na ciência actual, estudar Materialismo e Empiriocriticismo é da maior relevância. Nesta obra, procura-se mostrar que a interpretação ortodoxa da mecânica quântica – tomada a partir dos textos de Bohr – está profundamente marcada por tendências agnósticas e idealistas. Em particular, conclui-se que Bohr antepõe, como condição de possibilidade, uma correlação entre objecto e instrumento de medida que é, no fundo – para além de um limite epistemológico inultrapassável –, a negação da independência ontológica do ser face à prática (do ente quântico face à experiência): trata-se de um “idealismo da práxis”. Bohr não pôde resolver o problema central da mecânica quântica, o dualismo onda-corpúsculo, porque não considerou dialecticamente a unidade e a contradição do ser, acabando por “desmaterializar” a teoria, negando assim a teoria científica como reflexo aproximadamente verdadeiro da realidade objectiva. // Dissertação de Mestrado em História e Filosofia das Ciências, 2012, Universidade de Lisboa, Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências. Orientação: professora doutora Olga Pombo.
Khronos, 2019
O desenvolvimento da teoria quântica no contexto da cultura de Weimar e o debate em torno das "teses de Forman" Como citar este artigo: Queiroz, Francisco Assis, Rômulo M. F, Francisco "O desenvolvimento da teoria quântica no contexto da cultura de Weimar e o debate em torno das 'teses de Forman'". Khronos, Revista de História da Ciência, nº 8, pp. 50-63. 2019. Disponível em http://revistas.usp.br/khronos. Acesso em dd/mm/aaaa. Resumo: A análise do desenvolvimento da teoria quântica na Alemanha a partir do final da Primeira Guerra Mundial é a tarefa empreendida por Paul Forman em A Cultura de Weimar, a Causalidade e a Teoria Quântica, 1918-1927. A partir da apresentação das ideias básicas de Forman, procura-se apreciar e analisar no presente ensaio sua repercussão e desdobramentos críticos em torno de suas teses.
Usually, the section about " atomic models " in Chemistry Brazilian textbooks introduces this subject through a historical perspective. However, the historical narrative present in these materials is made of only a selection of some scientists, their biographies and analogies about their models. This is an example of a linear historical reconstruction, where the historical context around the construction of the theories is not evident. Owing to these questions, this work aimed to develop, implement and assess a didactic sequence with a historical-philosophical approach which could bring the context to light by including in the narrative some scientists who are traditionally forgotten in Chemistry teaching at high school level, intending to explore some questions about Nature of Science. From this didactic sequence, we discuss the potentialities and the challenges of the constructed approach.
Experiências em ensino de ciências, 2021
Este texto tem por objetivo fazer uma reflexão histórica e bastante referenciada na visão epistemológica revisada de Karl Popper, especialmente nas ideias expressas em seu pós-escrito publicado de 1982, em que ele retoma posições discutidas em sua primeira obra intitulada "A Lógica da Descoberta Científica", de 1934. No pós-escrito, Popper discute a interpretação da Mecânica Quântica conhecida como Interpretação de Copenhague e coloca em questão a herança equivocada que ela gerou. Com base nessa (re)visita histórico-epistemológica, fazemos aqui reflexões sobre o ensino de Física na contemporaneidade, argumentando que a articulação da Física Quântica à educação básica é fundamental em nossos dias, e buscando subsidiar os professores de física nesse desafio.