SOBRE ALGUMAS INTERPRETAÇÕES DAS RELAÇÕES ENTRE A FILOSOFIA OCKHAMIANA E A FÍSICA DOS MODERNOS (original) (raw)
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DETERMINAÇÃO E INDETERMINAÇÃO NA FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
2021
Resumo: Pretende-se apresentar neste artigo os temas do determinismo e do indeterminismo na física moderna e contemporânea, seguindo o desenvolvimento histórico. Nesse sentido, apoiando-se apenas em textos científicos, mostram-se os elementos do determinismo anterior a Poincaré. A respeito do indeterminismo, foca-se a atenção na introdução do caos determinístico, através do trabalho de Poincaré sobre o problema dos três corpos e da indeterminação quântica. Para cada uma das duas formas de indeterminação será fornecida também uma interpretação do estatuto gnosiológico. Palavras-chave: Determinismo, indeterminação, física clássica, mecânica quântica, Lagrange, Laplace, Poincaré, Heisenberg. Abstract: This article aims to present determinism and indeterminism in modern and contemporary physics, following their historical development. In this sense, the elements of determinism prior to Poin-caré are shown using only scientific texts. On the subject of Determinism, the attention is focused on the introduction of deterministic chaos (through Poincaré's work on the three-body problem) and quantum
A DISCUSSÃO FILOSÓFICA DA MODERNIDADE E DA PÓS – MODERNIDADE
Resumo:Este trabalho faz uma reflexão filosófica sobre a modernidade e pós-modernidade e os seus impactos sobre o sujeito. Em primeiro instante, será abordado como a idéia de modernidade e sujeito foram forjadas a partir de Descartes. Em seguida, discorre-se acerca do sujeito e a pós-modernidade na concepção de Lipovetsky e como o esvaziamento do sujeito na sociedade do prazer e bem-estar dissolve os valores deixados pela modernidade ocasionando um universo sem referenciais, sem sentido e sem objetivo. Abstract: This work is a philosophical reflection on modernity and postmodernity and their impacts on the subject. In the first moment, we shall discuss how the idea of modernity and subject were forged from Descartes. Then talks about the subject itself and postmodernity in designing and Lipovetsky as emptying into the subject in society of pleasure and well-being dissolves the values left by modernity causing a universe without references, without meaning or purpose. A Modernidade e a Descoberta do Sujeito difícil definir a modernidade, pois se trata de um período histórico que é ao mesmo tempo passado e presente. No geral, ela é um processo de transformações do pensamento ocidental iniciado no século XVI onde há uma ruptura com a tradição medieval. Michel Focault (1984) no seu É
TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA NO ENSINO FUNDAMENTAL
2009
A Física no ensino médio não tem acompanhado os avanços tecnológicos dos séculos XX e XXI. O currículo se mostra em parte desatualizado e descontextualizado. Neste sentido, pesquisas vêm sendo desenvolvidas na tentativa de aproximar essas duas realidades, promovendo assim um maior significado para as aulas de ciências. Uma das alternativas utilizadas é a inserção de tópicos de Física Moderna e Contemporânea (FMC) no Ensino Médio. O presente trabalho apresenta subsídios para se discutir essa questão, discutindo uma proposta pedagógica para a inclusão da teoria da Relatividade Restrita para o 9º ano do ensino fundamental. O trabalho se concretizou com a construção e aplicação de um texto sobre movimento, onde a História da Ciência foi o eixo condutor capaz de possibilitar a abordagem da referida teoria. A construção do material se deu a partir da análise dos resultados de dois questionários que visavam perceber o olhar do aluno em relação à Física. O questionário foi aplicado em duas turmas do ensino fundamental (1º e 9º anos). As respostas do primeiro pré -teste, aplicado no início das atividades, apontaram certo desinteresse no estudo de Física. No segundo questionário, destacamos a curiosidade dos alunos a respeito de temas associados à Teoria da Relatividade Restrita, como: viagem no tempo. Nesse trabalho, apresentamos como foi construído o texto de apoio utilizado nas aulas ao longo do ano. Além da curiosidade e interesse despertados, a escolha da abordagem histórica, como condutora das discussões sobre Física Moderna e Contemporânea, proporcionou aos alunos a oportunidade de refletir sobre a ciência como parte do desenvolvimento humano.
HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO Unidade II 5 A FILOSOFIA MODERNA
O Renascimento, ocorrido nos séculos XIV e XV, é nitidamente demarcado pela redescoberta da arte e da literatura grega, abrangendo o humanismo, com ênfase na colocação do homem no centro da realidade, o repensar da política, o estilo de governo influenciado pelas obras de Maquiavel, o estudo científico e a filosofia moderna, com destaque para o poder racional do homem, sinalizando um retorno às raízes do pensamento racional e à renúncia do controle do conhecimento pelo misticismo e pela Igreja Católica.
A RELAÇÃO HOMEM E NATUREZA SOB A LUZ DAS ALIENAÇÕES DA ERA MODERNA DESCRITAS POR HANNAH ARENDT, 2014
Neste trabalho busca-se refletir o sentido e o modo da relação dos seres humanos com a natureza sob a luz das alienações humanas em relação à Terra e ao mundo, descritas por Hannah Arendt, em sua obra A condição humana. O intento fundamental deste trabalho consiste em mostrar como estas alienações – que se constituem numa dupla fuga: do homem (que está na Terra) para o universo e do mundo para dentro do homem – podem iluminar a compreensão acerca do modo com o qual os seres humanos vivenciam a sua existência mortal, natural e terrena, se posicionando em relação à Terra, à sua natureza e ao seu próprio mundo. No que concerne à alienação humana em relação à Terra e à natureza terrena, busca-se relacioná-la, em primeiro lugar, à compreensão da técnica e da tecnologia, no mundo globalizado, com o controle, manipulação e mapeamento da esfera terrestre e de sua natureza; em outro momento, busca-se ligar tal alienação em relação à Terra e à natureza terrena a um ideal cientifico que passou a desencadear na natureza terrena fenômenos que lhe são externos, reprocessando e ameaçando os processos naturais. Já no que diz respeito à alienação do mundo, deseja-se mostrar, em primeiro lugar, que ela se liga diretamente à ascensão de uma sociedade industrial e produtivista e à perda da noção de um mundo público comum, o que acontece na esteira de um movimento que significa a relação homem e natureza do ponto de vista da disponibilidade, da exploração e da poluição de seus espaços; em outro momento, irá se intentar relacionar a alienação humana em relação ao mundo com o sentido da relação homem e natureza, na medida em que esta alienação acontece ao custo de os seres humanos compreenderem o real e a realidade que os circundam a partir de um traço de funcionalidade e objetificação, o que também incide na natureza, que passa a ser significada como sistema ou objeto aos quais os homens, enquanto animais racionais, arvoram-se em decifrar, controlar e prever, ancorados exclusivamente na existência de seus processos mentais subjetivos e introspectivos.
OYÈRÓNKẸ́ OYĚWÙMÍ: POTÊNCIAS FILOSÓFICAS DE UMA REFLEXÃO
Problemata: Revista Internacional de Filosofia, 2019
Este artigo parte de uma leitura da obra "The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses" da socióloga e epistemóloga nigeriana Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, buscando em um primeiro momento reconstruir brevemente o argumento da autora no livro para, em seguida, elencar algumas ideias de interesse filosófico presentes na obra. Discutir-se-á também algumas críticas direcionadas a este primeiro livro de Oyěwùmí, buscando dialogar, desde esses elementos de interesse filosófico, com elementos que possibilitem possíveis respostas, a partir da autora, a tais críticas. Palavras-Chave: Estudos africanos, Gênero, Epistemologia, Política.
O ESPÍRITO DA ÉPOCA E A NECESSIDADE DA RAZÃO NAS CARTAS SOBRE A FILOSFIA KANTIANA
Revista Estudos Kantianos (EK), V. 10, Nº 2., 2023
Abstract: This article examines, in the work of Karl Leonhard Reinhold (1757-1823), the role that the subject assumes in the genesis of the principle of consciousness, which seems to start already in Letters on Kantian philosophy, since Reinhold studied the writings of Kant since 1785. These Letters already announced a compatible answer to the question about how to adapt the concept of God to the concept of freedom, because only through moral conviction can one resist the external forces of fear and hope, that is, when reason itself unites these external forces with the internal ones of the moral law, or when the foundation for the cognition of a future life is built directly into morality. Thus, to deal with the unity between religion and morality, Reinhold does not start solely from metaphysical foundations, but also the theoretical use of the notion of soul. However, it is difficult to state exactly what can be said theoretically about the soul, but it is important to note, and these Letters endorse the hypothesis, that for this task Reinhold also relies on Kant's discussion contained in the paralogisms of pure reason, especially in the first, that of substantiality, for the reconstruction of the genesis of the first principle, since the path can also be that of integrating the doctrine of the soul from the chapter on paralogisms with the debate of “I think” in the Kantian transcendental deduction