Do fenômeno poético à experiência urbana: (por) uma poesia de Nicolas Behr (original) (raw)
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Magma, 2017
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A experiência urbana nos comentários de Benjamin aos poemas de Brecht
Caderno CRH, 2011
... aberta por Benjamin no ensaio “Experi-ência e pobreza” (1933), ou seja, examinar o modo como autores decisivos das décadas de 1920 e 1930, como Brecht, lidaram com os desa-fios colocados por ... saio, parte da distância histórica entre a obra eo tempo histórico do crítico. ...
A experiência urbana nos comentario de Walter Benjamin aos poemas de Brecht
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(Im)possibilidades de Brasília em poemas de Nicolas Behr
doi:10.5007/2175-7917.2010v15n2p7
Anuário de Literatura, 2010
Thinking on the poetry of Nicolas Behr may be as going through the city in its most varied configurations. In his poems, the city of Brasilia may be configured as a place of life or sterility, lack, return or escape, in a time and space that constitute city and subject. An impermanency. Based on the ideas of Foucault about the heterotopies, the aim of this study is to trace some relations between city and subject through the poetic operation done by Nicolas Behr in his text, in the images created or absent in Brasíliaarticulation among language, city and subject in the poem.
Poéticas urbanas e suas geograficidades: desaprendendo a gramática visual do mesmo.
RESUMO "Repetir repetir -até ficar diferente", é o que nos incentiva Manoel de Barros na sua "didática da invenção". Porém, até que ponto a repetição é algo que nos aprisiona ao invés de nos permitir essa espécie de autonomia de pensamento, de imaginação e de criatividade que tanto apregoa e defende o poeta? O próprio Manoel nos dá uma pista quando diz que "repetir é um dom do estilo", ou seja, quanto mais repetida for sua imagem iconográfica, menos potente será sua forma visual ou a prática discursiva, no sentido do "ficar diferente". Dito de outra forma, a imagem repetida é o empobrecimento da imaginação e, portanto, da nossa capacidade de pensamento. Se tomarmos, por exemplo, as grandes cidades contemporâneas como tema, um dos assuntos que mais tem circulado pelas bocas, olhos e dedos das pessoas é a chamada "mobilidade urbana". Qual seria a imagem repetida que define a mobilidade para como uma forma pensar e viver a cidade? Como se constitui essa sinonímia visual? Quais as implicações políticas dessas gramáticas visuais do mesmo? Qual o lugar do poético nesse contexto? Essas são questões que têm me acompanhado. Este artigo tem como objetivo compartilhar algumas experimentações conceituais e imaginativas que são uma forma de lidar com elas.
Noites da Cidade. A poetologia da metrópole na lírica moderna
Pandaemonium Germanicum
Ausgehend vom Stadt-Land-Gegensatz, der schon in Vergils Georgica beobachtbar ist und dann in der englischen und französischen Lyrik des 18. und 19. Jahrhunderts eine wichtige Rolle spielt, richtet sich der Blick zunächst auf die deutsche Tradition der 'Großstadtlyrik'. Hier läßt sich seit etwa 1900 von einem zunächst teils dämonisierenden, teils von Motiven des Erhabenen geprägten Umgang mit dem Phänomen Metropole sprechen, während französische, englische oder amerikanische Autoren (Wordsworth, Whitman, Baudelaire) bereits einen weniger ideologischen Umgang mit der neuen Urbanität pflegen. Erst in der Nachkriegszeit, vorbereitet durch expressionistische Autoren wie Ernst Stadler oder später Benn, wird auch in der deutschsprachigen Poetologie der plurale, hybride Charakter der Großstadt entdeckt. Den Abschluß bilden Beispiele aus der nordamerikanischen und der brasilianischen Lyrik.
Urbanidade, virtude e vício: o não-lugar da cidade na poesia pessoana
Revista do Centro de Estudos Portugueses, 2004
This essay shows how the different visions of the city in the poetry of Fernando Pessoa's heteronyms, influencied by the poetry of his precursors' masters, goes from the virtuous image of the benefits to the vicious image of the malefactions of the inevitable progress, consolidating, finally, in the idea of a non-place, the utopian and ideal city, real but dreamlike, whose existence is possible only in the literary space.