Silêncio de Narciso : da relação do professor com o não-saber (original) (raw)

A relação do docente com o saber e com o ensinar

Revista Educação em Questão, 2022

Este estudo filia-se ao campo de investigação sobre a noção da relação com o saber, desenvolvida por Charlot (2000) e sua equipe de pesquisa. As problematizações têm como foco compreender os sentidos atribuídos pelos docentes de Língua Portuguesa que atuam na Educação Básica ao processo de ensinar, evocando seus desejos, medos, percepções. Como procedimento metodológico, foi realizada pesquisa de campo, utilizando um instrumento com questões abertas. A partir dessas, emergiram narrativas docentes, que foram analisadas e interpretadas sob o viés da Análise Textual Discursiva de Moraes (2003). Desse processo, surgiram duas categorias: a) o professor e a paixão de ensinar e de aprender; b) ensinar Língua Portuguesa: a arte de modelar as palavras. Nesse sentido, os resultados obtidos evidenciam que compreender a relação do docente com o ensinar pressupõe entender a relação com o saber, em suas diferentes dimensões. Palavras-chave: Docente. Aprendizagem. Relação com o saber. Relação com o ensinar.

Nóvoa: O professor, sua formação e a práxis

Revista Pleiade, 2007

Este relato contempla as reflexões tecidas pelo educador português, Antonio Nóvoa, no I Congresso Internacional de Educação, realizado na Faculdade União das Américas-UNIAMÉRICA, em Foz do Iguaçu-Paraná, em Outubro de 2006. Na oportunidade, Nóvoa estruturou sua reflexão em três momentos, nos quais fez menção a três dilemas, a um paradoxo e por último os três desafios para a formação de professores. O relato constitui-se nas principais idéias abordadas, acrescidas de comentários de outros autores. Procurou-se, neste texto, ser fiel às reflexões tecidas pelo educador português, pois sintetizam o seu pensamento sobre a temática. É, portanto, um registro, sem a pretensão de contemplar toda a conferência, pois a riqueza das análises e a sutileza das palavras não podem ser transcritas, uma vez que são únicas e marca registrada de Antonio Nóvoa.

Relação Do Docente Com O Saber e Com O Ensinar

Anais do Colóquio Internacional "Educação e Contemporaneidade", 2019

Este estudo filia-se ao campo de investigação sobre a teoria da relação com o saber, desenvolvida por Charlot (2000) e sua equipe de pesquisa sobre Educação, Socialização e Comunidades Locais (ESCOL). As problematizações têm como foco compreender os sentidos atribuídos pelos docentes de Língua Portuguesa ao processo de ensinar, evocando seus desejos, medos, percepções. Como procedimento metodológico, foi realizada pesquisa de campo, utilizando um instrumento semiestruturado, com questões abertas e fechadas. Do processo de decifração das narrativas, emergiram duas temáticas que se relacionam com o que mobiliza o docente a ensinar. Nesse sentido, e, por ser parte de uma pesquisa em desenvolvimento, os resultados parciais evidenciam que compreender a relação do docente com o ensinar pressupõe entender a relação com o saber, em suas diferentes dimensões.

O lugar da ignorância na relação pedagógica // The place of ignorance in the pedagogical relationship

Conjectura Filosofia E Educacao, 2014

Resumo: O tema deste trabalho é a "ignorância" na relação pedagógica. Tem por objetivo participar do debate relativo às relações vividas em sala de aula por professor e aluno. Emprega as técnicas da pesquisa filosófica, conceitual e bibliográfica. É desenvolvido mediante a exposição de material compreensivo extraído, principalmente, de Sócrates, Platão e Nietzsche. Testa os modos do ensinante pelo discente em situações reais em que o patrimônio epistêmico ignorado ou conhecido torna-se o elo entre mestre e discípulo. Defende que o lugar da ignorância na relação pedagógica é aquele em que a ausência de conhecimento é o estado que legitima o ato educativo, passível de ser qualificado pela igualdade das inteligências. Palavras-chaves: Ignorância. Relação Pedagógica. Ensino e Aprendizagem.

A Relação Com O Saber e a Identidade Docente

Revista de Estudos de Cultura

Neste artigo apresentamos algumas aproximações entre as pesquisas sobre a Identidade Docente e a temática da Relação com o Saber, de Bernard Charlot. Inicialmente discutimos a identidade do professor, conforme apresentada pela literatura internacional a partir dos principais artigos da área publicados em língua inglesa. Os fundamentos da Relação com o Saber são então apresentados para, posteriormente, embasar uma leitura das principais ideias, questões e elementos que compõem os conceitos relacionados à identidade docente por meio da Relação com o Saber enquanto relação com o mundo, o outro e consigo mesmo, bem como enquanto relação epistêmica, pessoal e social. Diante das aproximações e discussões realizadas propomos uma possível definição da Identidade Docente a partir dos conceitos presentes em pesquisas que se fundamentaram na Relação com o Saber.Palavras-chave: Relação com o Saber. Identidade Docente, Formação de professores.

Colonialidade do saber docente - Reflexo sobre o Ser

Educação no Século XXI - Volume 51, 2019

Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia 1. Educação 2. Ensino Superior 3. Engenharia I. Título. CDD-370 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores www.poisson.com.br

Memória apagada: Azevedo e a formação do professor

Perspectiva, 2001

Resumo: Fernando de Azevedo criou e dirigiu a primeira escola de preparo superior do mestre, no Brasil, em 1933, o Instituto de Educação. Em 1938 foi incorporado à Universidade de São Paulo, institucionalizando-se a formação docente na universidade. Entretanto, a memória legada pelo Diretor do IEUSP elide questões importantes sobre essa experiência. O material histórico que compõe o corpus documental dessa pesquisa indica que Azevedo, ao registrar suas memórias e ao redigir sua obra, apagou da História da Educação dados importantes sobre a formação em nível superior do professor. O intento desse artigo é precisamente expor o modo pelo qual o autor promoveu esse apagamento.

A teoria de Norbert Elias: uma análise do ser professor

2011

According to the understanding that theoretical models structure the comprehension of research phenomena, the present article seeks to explore concepts from Norbert Elias's sociological theory, considering that the latter is an excellent analytical source to come to grips with the universe of being teacher, despite the fact that Elias himself did not deal directly with issues related to the field of education. Based on the concept of configuration, it is possible to say that the constitution of being teacher results from the different configurations in which a teacher is immersed since, according to Elias, people (teachers, parents, administrators, ministers, pupils etc.) model their ideas on the basis of all their experiences and, essentially, from the experiences within their own group. It can be observed that configurations, formed by interdependent groups of people, and not by singular individuals, are ever more amplified in school contexts, with specialized and specific functions (teachers, pupils, principals, coordinators, supervisors, secretaries etc.), in groups that become more and more functionally dependent. The interdependence chains are more differentiated and, consequently, more opaque and difficult to be controlled by any groups or individuals. Therefore, a better understanding will be possible when we study empirically the configurations at play in Brazilian education. Hence the justification to analyze the configurations and the webs of interdependence in which teachers are involved. Lastly, the application of the competition models described by Elias makes it possible to unveil the sociological problems of being teacher, making them more evident and helping to understand their interplay, in order to reorganize it in terms of equilibrium within the social web.

Ser" Aluno: O Segredo Do" Ser" Professor

Ser aluno, é mais do que a denominação para o destinatário final de um sistema educativo. É também uma categorização carregada de significados sociais e culturais que ultrapassa em muito aquilo que habitualmente designa. É um conceito que interfere e regula o nosso pensamento e as nossas acções mais privadas. Na nossa cultura e na nossa sociedade, ser aluno ainda é uma espécie de moratória, de um período de baixo estatuto epistemológico, para um período de autonomia, auto-suficiência e conhecimento. Nesta comunicação, depois de desconstruir este conceito, defenderemos o ponto de vista de que o ser aluno é a atitude permanente mais adaptativa para viver o estatuto de docente, nesta era a que já muitos autores rotularam de pós-moderna. Enfatizaremos o poder transformacional e revolucionário que a condição de aluno pode trazer para todo o sistema educativo, nomeadamente na prática educativa. Introdução Estes Seminários que os meus colegas psicólogos têm organizado anualmente têmse caracterizado por procurar debater vários processos e objectivos na formação de professores, numa tentativa de compreender, intervir e transformar a educação no seu sentido mais amplo. São Seminários organizados e planeados por quem está intimamente ligado à prática da formação de professores e são portanto encontros organizados e pensados de uma posição particular. Eu também tenho um interesse e uma motivação