Gênero e mundo do trabalho (original) (raw)

Gênero no mundo do trabalho

Resenha do livro: ABREU, Alice de Paiva; HIRATA, Helena; LOMBARDI, Maria Rosa (org.). Gênero e trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais. São Paulo, Boitempo, 2016.

Gênero no mundo do trabalho: variações sobre um tema

Cadernos de gênero e tecnologia, 2006

O texto apresenta um panorama dos sentidos usados para o conceito de gênero nas últimas décadas, tanto no campo acadêmico quanto no dos projetos de desenvolvimento social e econômico. Por meio de uma discussão acerca dos limites e possibilidades de cada abordagem , o texto convida a leitora e o leitor a uma utilização crítica do conceito de gênero, especialmente para a análise e a intervenção sobre questões que envolvam as relações de gênero no mundo do trabalho. Como conclusão, o texto propõe que o impacto de mudanças no mundo do trabalho só possam ser percebidas (e tratadas) adequadamente em uma perspectiva de gênero caso se dê atenção não apenas à posição das mulheres dentro de relações de trabalho, no mercado formal ou informal, mas se observe igualmente o impacto que essas posições trazem para a forma como homens e mulheres operam relações de gênero no seu cotidiano a partir de uma referência vivida no mundo do trabalho.

Gênero e mal-estar no trabalho

2015

This paper is the conclusion of an epistemological reflection. Considering that only few studies allow elucidating impact of gender membership in health deterioration risks within working environment, our intention here is to describe reflections related with changes occurred within the scope of a research seminar. We may link experienced malaise and disparities suffered by women without the actors linking malaise and gender membership. This is due to a notorious invisibility of traits of this malaise and its causes, since they appear as natural or tied to women’s choices or incapacities, when its origin is in work organization ways and relationships built according to socialization between different men and women. The comprehensive methodological approach is at the same time crucial and difficult, since gender’s explanatory variable is associated to some many other variables.

Gênero, trabalho e turismo

Revista de Turismo Contemporâneo

O turismo é conhecido por ser um setor de trabalho precarizado, que reforça estereótipos de gênero e remunera de maneira desigual homens e mulheres. A partir desta realidade, indaga-se se as investigações realizadas na academia em turismo no Brasil estão interessadas nestas disparidades. Para refletir sobre o tema, por meio de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), o artigo objetiva realizar um mapeamento da produção científica brasileira sobre gênero, trabalho e turismo em dissertações e teses produzidas nos 13 Programas de Pós-Graduação (PPGs) com área básica em turismo no Brasil. Entre as 39 teses já defendidas, nenhuma aborda o tema e, das 1.618 dissertações, 12 (0,74%) o discutem, concentradas em quatro instituições (UNB, Univali, UAM e UFF) e oito orientadores. Os trabalhos foram categorizados a partir de seu campo de estudos - empreendedorismo (1), eventos (1), assédio (1), hospitalidade (2), hotelaria (2) e turismo rural (5) e também a partir das desigualdades de gêner...

Trabalho, Gênero e a Questão Do Desenvolvimento

2007

Sao destacadas neste texto reflexoes e contribuicoes das autoras em relacao a pesquisas realizadas e em andamento sobre a analise do trabalho e da divisao social e sexual do trabalho face aos processos de reestruturacao produtiva, desencadeados nas ultimas decadas do seculo XX e que se reproduzem na atual conjuntura, com serias consequencias para a classe trabalhadora sob o capitalismo, destacando-se a situacao e insercao das mulheres no mundo do trabalho.

Gênero profissional como multiplicidade

Partindo da indagação sobre como abordar os mundos do trabalho de maneira a considerar os processos de gestão pelos próprios trabalhadores, tomamos o conceito de gênero profissional a fim de desenvolvê--lo como instrumento de análise da atividade pela intercessão da clínica da atividade com a esquizoanálise. Afirmamos o gênero de atividade como multiplicidade de emoções, regras, sentimentos e normas compartilhadas pelos traba-lhadores num corpo coletivo como sistema aberto e variante, inscrito numa história viva. Abordamos a atividade produtiva como plano de imanência do trabalho. Discutimos o problema do recorte do gênero de situação durante a intervenção clínica do trabalho, a distinção entre gêneros discursivos e gê-neros técnicos como agenciamentos maquínicos e expressivos, a dimensão ética do gênero profissional. Por fim, aponta--se, pela breve discussão de Clot com Deleuze algumas pistas para prosseguir este trabalho.