Origens do realismo na teoria estética marxista do entreguerras (original) (raw)

A questão do realismo na teoria estética de Theodor Adorno

Some discussions in contemporary aesthetics, as, for instance, the one by Arthur Danto, focusing the thematic of realism in the visual arts brought to light the question of a possible relevance of this topic not only for other artistic métiers but also for the philosophy of art in general. Taking this debate into account, it seems interesting to highlight the theme of realism in Theodor Adorno’s Aesthetic theory, which in its more than five hundred pages in the German original, approaches the notion of realism under several viewpoints. This article focuses on realism under the following viewpoints: the loss of import of art, the relationship between art and society, the relationship between expression and construction and the character of appearance and enigma of artworks.

Lukács e a atualidade da defesa do realismo na estética marxista

Professor da Universidade Federal Fluminense "Do ponto de vista moral eu considero a época inteira condenável; e a arte boa somente quando se contrapõe a este decurso das coisas. É aqui que na ótica de minha evolução, adquire significado o realismo russo. Na verdade, foram Tolstoi e Dostoievski que nos fizeram ver como na literatura se pode condenar em bloco todo um sistema. Para eles, a questão não é -como em alguns de seus críticos franceses -que o capitalismo tenha este ou aquele defeito, mas a opinião de Tolstoi e Dostoievski é que o sistema inteiro, assim como é, é desumano" (Lukács).

A concepção de " realismo " em Georges-Henri Luquet

Resumo: Frente a tantas e históricas controvérsias, pretende-se neste texto rever com base nos argumentos do próprio autor, a concepção de realismo utilizada por Georges-Henri Luquet para conceituar o desenho infantil. Abstract: The intended of this text is the conception of realism used for Georges-Henri Luquet to appraise the children's drawings, on the basis of to review the proper author arguments. It is important if we considerer the several and historical controversies about.

Origens marxistas do fascismo

Semelhanças entre as ditaduras de Mussolini, Stálin e Hitler eram bem conhecidas e estudadas ao longo das décadas de 1950 e 1960. Uma explicação inicial para estas comparações poderia ser uma suposta ruptura destes regimes em relação aos valores e ideias (desenvolvidas a partir) do Iluminismo. Não era apenas a concentração de poder na figura do Estado, senão também a completa negação do ser humano enquanto agente racional portador de direitos. Era o sistema de vigilância política e ideológica do Estado na forma do Partido Único, como retratado por George Orwell. É neste contexto que aparecem as mais conhecidas reflexões filosóficas sobre o totalitarismo. Autores como Karl Popper e Hannah Arendt tentaram mostrar como o bolchevismo era contíguo ao fascismo e ao nazismo desde um ponto de vista dos efeitos políticos, apesar da distância no espectro político. O propósito deste artigo é apresentar uma outra abordagem sobre as possíveis aproximações entre o socialismo marxista e o fascismo. Considerando o desenvolvimento ideológico de Mussolini, o texto tenta mostrar que um dos mais importantes elementos da doutrina fascista em 1919 foram as interpretações heterodoxas dos textos de Marx & Engels.

Algumas notas sobre "realismo" e "ultra-realismo" em Sartre.

DoisPontos, 2006

O presente texto explora a possibilidade de de articular os vários elementos do corpus sartreano segundo um eixo por nós denomina do realismo. Vale notar que aqui, realismo, igualmente problema, diz respeito à tendência estrutural das letras ocidentais para a “representação da realidade”. Entretanto,o sentido manifesto do artigo é menos definir este “realismo” e mais articular os elementos especulativos, críticos e literrários sartreanos “por dentro", de modo a tornar evidente, contra as aparências e contra alguns críticos, a integridade do projeto sartreano, a despeito das mais variadas frentes que explorou. palavras-chave Realismo; realidade; cogito; fenomenologia; crítica; literatura.

O realismo socialista no clube de gravura de Porto Alegre: intersecções e disjunções

Atas do ...

O Clube de Gravura de Porto Alegre (CGPA), fundado em finais de 1950 por Carlos Scliar e Vasco Prado, tinha entre seus propósitos: congregar artistas e interessá-los na arte da gravura; criar um público capaz de adquirir obras a preços acessíveis e unir o conteúdo nacional a uma forma realista de elevada qualidade artística. A referência do realismo socialista (RS) parece ser significativa na determinação desses propósitos, sendo citada por diversos autores. No entanto, essa aproximação deve ser feita com cautela, de modo a não se entender aí uma equivalência. A análise, que aqui se apresenta como inicial, se centrará na produção de Scliar, principal porta-voz dos ideais do Clube e um dos integrantes que mais realizou gravuras naquele momento.

A distinção entre realismo e antirrealismo na metaética

Estudos Filosóficos, 2015

O que se pretende ao classificar uma posição como uma forma de realismo moral? Dada a profusão de posições no campo metaético e o grau de sutileza das suas formulações, tornou-se um desafio mostrar como o contraste entre teorias realistas e antirrealistas pode ser sustentado. O que está em questão quando classificamos uma posição em metaética como realista ou antirrealista? Inicialmente apontado em termos de um contraste entre, de um lado, naturalistas e não naturalistas e, de outro, abordagens não cognitivistas, o debate ganhou novos contornos com o advento da abordagem semântica da distinção por influência da discussão sobre o antirrealismo feita Dummett. Mais recentemente, com a aproximação entre abordagens expressivistas e o programa do minimalismo, a possibilidade de sustentação da distinção no campo semântica tem sido desafiada.

Sobre o realismo socialista brasileiro de Jorge Amado

24.1, 2022

Neste artigo, interpretamos os primeiros romances de Jorge Amado como um exemplo privilegiado do realismo socialista brasileiro. Argumentamos que ele é caracterizado por uma mistura de negatividade na descrição da opressão social e de positividade na essência redentora do popular. Sobre o primeiro, pode-se mencionar a exploração de Amado do mundo dos pobres, seu estilo coloquial e a descrição vívida da dominação capitalista; sobre o último, um investimento transcendente no povo, no heroi e no partido. A conclusão é que essa combinação gera uma mitologia brasileira que ajuda a explicar a virada de Jorge Amado em sua escrita pós-comunista.