O Status Quo Do Livro Digital e O Leitor Por Ele Constituído (original) (raw)
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O Leitor e a Leitura Do Século XXI
Revista de Estudos de Cultura
O cenário de mudança que se instaura no mundo em função do avanço tecnológicotem provocado uma série de mudanças nas práticas cotidianas. Objetivou-se,neste trabalho, discutir sobre essas modificações no exercício da leitura e, por consequência, nos leitores. Para tanto, fez-se um percurso histórico sobre a evolução da tecnologia computacional, uma análise sobre o texto no ambiente virtual, destacando o hipertexto e suas principais características e peculiaridades e, por fim, abordou-se sobre o mercado leitura, avaliando desde as especulações até o cenário atual brasileiro.Palavras-chave: Leitura. Tecnologia computacional. Século XXI
Fanfiction: Leitura e Escrita na Era Digital
Revista Línguas & Letras, 2020
Resumo: Ao se partir da premissa de que a sociedade se torna cada vez mais digital e que as pessoas cada vez mais leem e escrevem no ciberespaço, esta proposta visa refletir acerca do gênero fanfiction e relacioná-lo às práticas de ensino, tendo em vista que a escola não fique alheia à diversidade de linguagens e culturas do mundo tecnológico, e que aborde os gêneros discursivos como práticas sociais, a fim de formar cidadãos multiletrados. Trata-se de uma reflexão acerca de uma pesquisa qualitativa, calcada numa intervenção desenvolvida, fundamentada tanto nos estudos bakhtinianos para se pensar sobre os gêneros; quanto nos estudos sobre os multiletramentos e ainda na noção de cultura participativa, de Jenkins. Os resultados demonstram a urgência do trabalho com gêneros multimodais em sala-de-aula e a necessidade de adequação da escola ao contexto contemporâneo. Palavras-chave: Gêneros Discursivos. Cultura participativa. Multiletramentos. Abstract: Based on the premise that society becomes more digital and that people increasingly read and write in cyberspace, this proposal aims to reflect on the fanfiction´s discursive genre (fan writing) and relate it to teaching practices, considering that the schools should not be unaware of the diversity of languages and cultures in the technological world, and that it should address discursive genres as social practices in order to form multi-literate citizens. This is a reflection on a qualitative research, based on both the Bakhtinian studies to think about genders; as well as on multiliteracies studies and on Jenkins' notion of participatory culture. The results demonstrate the urgency of working with multimodal genres in the classroom and the need to adapt the school to the contemporary context.
A leitura no mundo digital: reflexões acerca do livro eletrônico
2019
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardava o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade.
O livro digital e as novas necessidades de produção e leitura
Revista Temática
Inseridos na sociedade em rede e envolvidos pela tecnologia do digital, vimos surgir uma era de convergência responsável por grandes transformações midiáticas. Entre elas, o advento do livro digital, uma nova forma de produzir, difundir e ler livros, diferente do processo que conhecemos há mais de 500 anos, com a cultura do impresso. Produzidos em formatos chamados de eBook, o livro digital, longe de querer substituir o livro impresso, vem, antes de tudo, para suprir e atender novas necessidades e usos de uma sociedade que tem na internet seu novo ambiente de interação e democratização do conhecimento. Portanto, diante das mudanças editoriais que nos arrebatam, queremos saber que necessidades nos movem à produção e leitura desse atual formado de livro.
HISTÓRIA DA LEITURA EM TEMPOS DE INTERNET: O CASO DOS BOOKTUBERS
2018
Com o lançamento da plataforma do YouTube em 2005, tornou-se possível que qualquer indivíduo publicasse vídeos amadores na internet, dentre os quais podemos encontrar os booktubers. Possuidores de canais voltados a literatura, produzem vídeos de resenhas comentando leituras realizadas, mas também de temas mais amplos, como preconceitos literários. Devido ao espaço que conquistam, adquirem parcerias com editoras e grandes empresas de comércio online, como é o caso da Amazon, gerando consequentemente uma troca mútua de divulgação. De certo modo, modificam o valor dado à literatura e a leitura nos tempos atuais, podendo assim, passível de inferir aproximações com o campo de estudos conhecido como história da leitura. Assim, neste trabalho objetivou-se explorar algumas conexões entre os temas, tendo como fontes analisadas vídeos dos canais All About That Book, Geek Freak e Vitor Martins. Para a discussão teórica, partiu-se de duas problemáticas que se mostraram pertinentes para se refletir sobre o campo em tempos de internet: primeiro, sobre até que ponto canais nesse formato podem ser considerados diários por meio da perspectiva de Philippe Lejeune (2008); segundo, aproximações entre a produção dos vídeos e aquilo que Antonio Castillo Gomez (2018) compreende como trajetória do escrito. Tal percurso perpassa a aquisição, produção, sentido e conservação, permitindo que se reflita acerca do papel da literatura e do livro no meio digital.
REVISÃO INTEGRATIVA: MAPEAMENTO HEURÍSTICO SOBRE A FORMAÇÃO DO LEITOR NA CULTURA DIGITAL
Revista Educação em Debate, 2022
Este estudo apresenta resultado da Revisão Integrativa da Literatura (RIL), uma das etapas de pesquisa já concluída sobre letramento digital crítico, realizada em um mestrado profissional na área de Educação. Tem como objetivo apresentar mapeamento de produções acadêmicas primárias, de forma abrangente, sobre a formação do leitor na cultura digital, a partir de pesquisas realizadas nos repositórios da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), inicialmente no período de 2014 a 2018. Para tanto, foi realizado um levantamento de dissertações e teses a partir da seguinte questão: quais perspectivas e posicionamentos são apresentados, na área da Educação, em relação à formação do leitor na cultura digital? Essa pesquisa foi ampliada em 2021, a partir da busca de artigos publicados na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO). O propósito é identificar como o gênero discursivo memes, categoria revisitada, contribui para a formação do ciberleitor crítico e amplia os multiletramentos na esfera digital. A partir dos critérios de inclusão e de exclusão, foram selecionadas sete pesquisas no âmbito da pós-graduação para compor o corpus analisado, no recorte temporal de 2014 a 2018, e, outrossim, quatro publicações de artigos, em 2021. Os resultados apontam a relação entre letramento digital dos estudantes da Educação Básica e o trabalho com gêneros discursivos digitais como forma para ampliar os letramentos críticos e os multiletramentos. Por fim, os memes são apresentados como objeto cultural nas práticas de comunicação, considerando a nova linguagem narrativa que emerge da cibercultura, que, também, refletem tensões e relações de poder.
A Análise De Livro Digital: Uma Visão De Suas Affordances
Anais do 11º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2014
A tecnologia muda à medida que amadurece e juntamente a essa mudança, proporciona ao usuário diferentes tipos de interação, procurando aprimorar os aspectos dessa experiência, por meio de melhoramentos na ergonomia do dispositivo e na usabilidade das interfaces. Tornar a experiência do usuário mais agradável faz esse se sentir mais confortável frente à tecnologia. Além disso, onde há uma interface, impreterivelmente ocorrerá uma interação entre o homem e a máquina. Sendo assim, por serem interativos e se apresentarem no meio virtual, os livros digitais também são interfaces, fazendo-se imprescindível a aplicação dos princípios que envolvem o design de interação para que o projeto seja o mais bem adaptado àquele usuário e àquela tarefa. Desse modo, este estudo teve por objetivo avaliar as affordances presentes no uso de um protótipo de livro digital interativo e, para tal, o método empregado foi a utilização de uma lista de verificação de affordance. Concluiu-se então que affordances percebidas são necessárias para a concepção de livros digitais que sejam claros, coesos e de fácil utilização e que as falsas affordances podem ser geradas pela falta de coerência visual dos elementos que compõem a interface.
A Literatura Na e Da Internet: Sobre Ser Leitor e Se Manter Leitor Na Contemporaneidade
Ágor@ - Revista Acadêmica de Formação de Professores, 2016
O presente artigo propõe-se a estudar, num primeiro momento, os aspectos da literatura na internetcomo o crescente carregamento de e-books e audiolivrosque tem feito com que novos leitores sejam formados a cada dia. A partir de tal questão, passa-se para a literatura concebida na internet, seguindo um percurso entre podcasts, ciberpoemas e jogos virtuais. O terceiro momento dedica-se à análise das narrativas dos jogos eletrônicos e seus elementos característicos: interatividade, imersão e agência, tal qual definidos por Janet Murray. Dessa forma, será possível analisar como a presença de tais elementos modifica a narrativa literária, principalmente em exemplos paradigmáticos, como os livros-jogos.
Estado atual das bibliotecas digitais no Brasil
2006
O Brasil possui uma tradição de serviços bibliotecários, funcionando na maioria das cidades de médio e grande porte, que, geralmente, contam com sistemas de automação de bibliotecas (McCARTHY, 1990; McCARTHY; SCHMIDT, 1994; CORTE e outros, 2003). As bibliotecas suportam os programas educacionais, especialmente os de segundo e terceiro graus.
Leituras de um tempo perdido: o leitor fragmentado do mundo virtual
As novas tecnologias trazem novas formas de ler e escrever o mundo. O presente ensaio navega por alguns sites e percorre páginas antigas, impressas, em busca de um diálogo entre dois tempos de leitura: o do leitor que mansamente percorre o papel, e o do leitor que abre e fecha janelas. Um em busca de prazer, o outro, de informação. Seguem, assim, algumas considerações sobre a literatura de holofotes, de textos coletivos e a busca de formas para cativar leitores cada vez mais velozes e fragmentados.