Heroicos Marginais (original) (raw)
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Resumo: A hipótese deste artigo parece uma contradição. Baseado numa interpretação de exemplos empíricos de processos heurísticos em nível individual e coletivo, argumento que a margem é um centro de produção material e simbólica. A premissa do texto é que a margem não representa simplesmente os restos de arte, literatura, interação social, urbanização, desenvolvimento ou outras formas de produção humana. Ao contrário, a margem facilita a constituição de objetos cotidianos e noções de senso comum da vida humana.
Edição impressa, em livro de bolso https://www.amazon.com/dp/8592021308
Sentidos Marginais em Narrativas Híbridas
Narrativas que evidenciam a humanidade e aprofundam o relato são facilmente encontradas durante toda a história da imprensa. Textos que enriquecem a informação através de técnicas literárias marcam as convergências entre o jornalismo e a literatura. No contexto de repressão e violência da Ditadura Militar estas convergências resultam no surgimento de um novo gênero, o romance-reportagem. Tomando Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, de José Louzeiro (1976) como objeto de análise, o objetivo deste estudo é compreender como o discurso utilizado na construção dos personagens, enquanto atravessado pelos discursos literários e jornalísticos, produz sentidos polissêmicos sobre a situação vivenciada pelo país nos anos 70.
livro, 2012
Espírito Marginal – estudo de casos O marginal não é apenas o estado de espírito do delinquente. É uma experiência muito frequente no quotidiano. O processo de desenvolvimento de cada pessoa é a sua afirmação social a partir da marginalidade (infanto-juvenil, de género, étnica, pessoa com necessidades especiais), para que se prepara desde que nasce até se estabilizar como adulto. Parte dos adultos também não deixam de ser marginais e todos compreendem bem, pudera, o que é ser marginal, odiando ou amando isso. O livro está organizado numa sequência de cinco estudos de caso. Os primeiros casos são simbólica e culturalmente mais distantes da nossa sociedade do que os últimos. Espera-se que a leitura possa ir adaptando o leitor às maiores profundidades a que o texto nos conduz. O texto foi pensado como uma introspecção. Muitos leitores poderão preferir recusar reconhecer a presença do espírito marginal nas suas vidas. A esses deve ser recordada a tese aqui inscrita: os estados-de-espirito fundamentais, como o proibicionista, o de submissão e o marginal, não são características dos carcereiros e torcionários, pobres e prisioneiros, revolucionários e delinquentes. Todos os seres humanos já os experimentaram ocasionalmente, procurando recalcá-los ou fixá-los para melhor e mais controlado uso, consoante a ocasião. Os bandidos do século XIX, os Estados torcionários, a violência urbana, a violência doméstica e o abandono de crianças à sua sorte, são os temas dos casos estudados. Em todos há algo reconhecível como espírito marginal. Independentemente de nos referirmos a sociedades caracterizadas pela emergência dos estados modernos ou a estados modernos plenamente desenvolvidos, a pessoas em funções institucionais das mais elevadas ou gente na sua azáfama quotidiana, a trânsitos sociais em público ou em privado, são muitas as circunstâncias em que o espírito marginal é mobilizável. Para o mal e para o bem, para antagonizar outros seres humanos mas também para empatizar com eles. Há, portanto, evidência suficiente para colocar a hipótese de o espírito marginal ser, efectivamente, uma experiência humana muito generalizada e suficientemente influente para não poder ser ignorada.
DAT Journal, 2021
Recorrendo a diferentes gêneros literários, o texto estabelece conexões entre modos de vida e instrumentalização dos processos criativos nos ambientes corporativos e educacionais contemporâneos. Com a moda como referência, investiga a desafecção como um sintoma de alienação do indivíduo à sombra de fontes híbridas e informais do ambiente digital, em correspondência teórica com aspectos da crítica à razão instrumental de Adorno e Horkheimer.
Teresa, 2014
No jornal O Beijo (Rio de Janeiro, 1977), Ana Cristina Cesar publicava um texto chamado “Malditos marginais hereges”. Nele, a poetisa reagia a uma coletânea de contos organizada por João Antônio, lançada no mesmo ano, e reunidos sob o título Malditos escritores!. Nossa proposta é examinar os termos desta polêmica levando em conta o contexto (ditadura, poesia marginal...) e repensar as categorias de maldito e/ou marginal aplicadas no âmbito da cultura e da literatura.
O Marginalismo Tardio De Marshall
Revista Brasileira de Administração Política, 2014
Uma leitura em retrospectiva da obra de Alfred Marshall revela a grande complexidade de um pensamento aberto à renovação da teoria, com uma noção implícita de dinamismo do sistema produtivo e com uma visão internacional do processo do capital. Palavras-chave: Marginalismo; Organização industrial; Business men.
Heroísmo na singradura dos mares
Paco, 2018
Agradeço aos meus pais pelo amor incondicional; ao Thiago, que presenteou-me com uma amizade que não se submete aos revezes da fortuna; à Cláudia, companheira que escolhi para singrar comigo o itinerário da vida; ao Heitor, meu pequeno, por compreender que o papai precisava reservar alguns momentos para o estudo; ao Otávio, que está prestes a tripular nossa família e será, na companhia do irmão, inspiração para trabalhos vindouros; ao Guilherme Luz, autor do prefácio e amigo com quem muito aprendi; ao Paulo Miceli, pela orientação no decorrer do doutorado; àqueles que puderam ler versões parciais deste trabalho e enriquecê-lo com suas sugestões:
Ética e Estética Da Poesia Marginal
Literatura e Autoritarismo, 2019
A antologia 26 poetas hoje, organizada e publicada por Heloisa Buarque de Hollanda em 1976, evidencia que ética e estética são duas dimensões absolutamente imbricadas na poesia marginal brasileira dos anos 1970. Este artigo tem como objetivo identificar e examinar as principais características éticas e estéticas da crítica que a poesia marginal fez da ditadura militar no Brasil. Destaca-se que a poesia marginal recusava o status quo, a favor da experimentação e da resistência, de modo que a intersecção entre estética e ética assume grande relevância política, como pode ser verificado na antologia. Conclui, preliminarmente, que a experiência estética passa a se constituir uma via de acesso para a vida ética.
Lazeres Marginais e Contemporaneidade
LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer
O objetivo desse estudo porta sobre um relato de experiência vivenciado no transcorrer de uma disciplina optativa intitulada “Lazeres Marginais e Contemporaneidade” estruturada no âmbito de um Programa de Pós-graduação Stricto-Sensu. Visando ampliar as discussões das práticas de lazeres etiquetadas socialmente como “marginais”, preconizou-se articulações teóricas com autores(as) ainda pouco explorados(as) no campo específico dos Estudos do Lazer de sorte que novas perspectivas analíticas, sobretudo menos dicotômicas, sejam empreendidas empiricamente. Para além dos novos diálogos conceituais, observou-se igualmente avanços didáticos no manejo quanto ao engajamento da turma, bem como críticas e sugestões no que tange à operação de novos métodos de pesquisa. Em suma, trata-se de uma experiência valiosa sob à égide dialógica empregada e à troca amistosa oriunda do processo de ensino-aprendizagem.