O silêncio da pintura ingênua nos ateliês psiquiátricos (original) (raw)
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Resumo 1 O silêncio na psicanálise 2 O que é o silêncio? Pode ser o vácuo -a falta total de sons; pode ser quando a boca se cala e o corpo fala; pode ser como dito no filme O enigma de Kaspar Hauser cheio de gritos ensurdecedores... O silêncio está repleto de significados, e muda de "sons" toda vez que o contexto é diferente. Na psicanálise o silêncio também vai ter um significado que difere dos comumente citados. O silêncio na psicanálise é um livro que traz a todos os interessados na área, um novo vislumbre de algo importantíssimo que acontece no setting terapêutico e, que revela nuances que a própria palavra falada às vezes é incapaz de revelar. Este resumo foi construído por partes, apenas alguns textos do livro foram selecionados. É como se estivéssemos oferecendo ao leitor apenas a entrada de um grande jantar. Aquele que quiser saboreá-lo em toda sua completude, como bom gourmet, deverá prová-lo inteiro, do sumário ao índice remissivo. Cada tópico deste trabalho trará o título, autor e página, visando assim, facilitar ao leitor situar-se na obra. O livro é extremamente interessante, contém textos que trouxeram, na época de publicação, formas inéditas de se trabalhar com o silêncio, de entender o silêncio. Para nós da Psicologia, principalmente aqueles que se interessam pela psicanálise, esta é uma obra que deve ser utilizada em nossa prática tanto para reflexão quanto como ferramenta de pesquisa e aprendizado contínuo. Apresentação -J. -D. Nasio (p. 7-13). O silêncio está sempre presente numa sessão de análise, e seus efeitos são tão decisivos quanto os de uma palavra efetivamente pronunciada. (J. -D. Nasio). 1 Resumo apresentado pela acadêmica Milena Carla Campello Jorge do 2º período do Curso de Bacharelado em Psicologia da Faculdade do Pantanal [FAPAN], em cumprimento as exigências da disciplina de Teorias da Personalidade I, ministrada pela Professora Mestre Aline Braga. Cáceres -MT, Dezembro de 2010. 2 NASIO, J. -D.; [sob a direção de]. O silêncio na psicanálise. Tradução Martha Prada e Silva. -Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010.
A experiência da arte, tema que desde sempre ocupou a filosofia, parece ter proposto ao pensamento contemporâneo uma nova tarefa. Qualquer reflexão que busque compreender, em alguma medida, aquilo que hoje se poderia identificar como a "experiência estética", se vê diante do desafio inescapável de lidar, antes, com os antagonismos, e mesmo com a enigmaticidade, que já se tornaram uma constante nas obras de arte mais recentes. A forma propriamente contemporânea dessa experiência ganha singularidade em face de um dos aspectos que vêm marcando um expressivo segmento da arte no último século: seu caráter hermético, seu silêncio e aparente isolamento da vida comum. Entre a simples fruição distraída de uma obra e o completo envolvimento no processo que é por ela desencadeado -a experiência estética em si mesma -, não se poderia dizer que há um abismo: ao contrário, é precisamente neste "meio" que se situa o problema, pois, de uma forma ou de outra, a "experiência" sempre acontece, e está condicionada à nossa capacidade de ouvir o que nos diz a obra. Mas o que poderia se nos oferecer à experiência quando a própria obra se cala, ou se apresenta sob o aspecto de uma auto-
Sala de aula - ateliê - galeria: A experiência com pintura na formação de professores-artistas
REVISTA APOTHEKE
A experiência é um dos fatores determinantes na obtenção de novos conhecimentos. O emprego do processo poético como estratégia de ensino proporciona experiências de aprendizagem significativas e transformadoras, que rompem com a dicotomia entre a teoria e a prática. O presente texto apresenta os resultados de um estudo que utilizou como campo de investigação o componente curricular Pintura, do curso de Licenciatura em Artes Visuais, que foi realizado no ateliê de pintura da Unochapecó, no decorrer do primeiro semestre de 2019. As dinâmicas de ensino utilizadas revelaram um alargamento das funcionalidades do ateliê, percebido como espaço de ensino, produção e exibição, evidenciando sua relevância na formação de professores-artistas. Neste sentido, o ateliê foi vivenciado e analisado como espaço de experiências de ensino, sendo marcado pelo protagonismo do estudante, baseado-se no desenvolvimento de competências e não na transmissão de conteúdos.
A psicanálise na escola do pintor David Malkin
2019
EnglishWhat relationship is there between psychoanalysis and art? What common trace can we perceive between these two modalities of human action? Wouldn't they be two ways of causing to vibrate a real that exceeds all knowledge? Two acts which would be in resonance and in almost intimate contiguity with each other? Anyway, David Malkin, a colorist painter who has gone through the 20th century as an artist and inventor but also as a kabbalist, knew something about the real, about life and death. Malkin has made out of image and appearance a crystal bridge that leads us to the heart of the real, a bridge psychoanalysis can use to cross towards all these impossible. portuguesQue relacao ha entre psicanalise e arte? Que traco comum podemos perceber entre essas duas modalidades do agir humano? Nao se trataria de duas maneiras de fazer vibrar um real que escapa a todo saber? Dois atos que estariam, um com o outro, em ressonância e em contiguidade quase intima? Em todo caso, David Malk...
O silêncio na psicoterapia a luz da abordagem centrada na pessoa
2016
A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) refere-se a uma forma específica, desenvolvida por Carl Rogers, de entrar em relação com outro, estando implícito um modo positivo de conceitualizar a pessoa humana. Nessa abordagem, o indivíduo possui dentro de si mesmo vastos recursos para a autocompreensão e para alterar o seu autoconceito, suas atitudes básicas e seu comportamento autodirigido, e estes recursos podem ser liberados se um clima definido de atitudes psicológicas facilitadoras puder ser oferecido. A comunicação em psicoterapia na ACP não diz respeito apenas a conteúdos de cunho cognitivo e intelectual, mas se referea algo mais 'vivencial', algo que abrange a pessoa inteira, tanto as reações viscerais e os sentimentos como os pensamentos e as palavras. O silêncio configura-se como uma forma de comunicação e não como ausência dela, sendo fundamental para o processo psicoterapêutico.
MEDIUNIDADE E PSICOPICTOGRAFIA: reflexões preliminares acerca da pintura mediúnica
O artigo tem como objetivo apresentar reflexões preliminares sobre o uso religioso da arte a partir da descrição de uma sessão de pintura mediúnica ocorrida na cidade de Campinas, em 2008. Ao longo do artigo são apresentadas algumas referências relevantes para a compreensão das implicações do conceito de arte espírita sobre a prática psicopictográfica. A exposição está dividida em três partes: (a) etnografia de uma sessão de pintura mediúnica, (b) apresentação de casos de psicopictografia em precursores do espiritismo, assim como de exemplos contemporâneos e locais, (c) conceitualização de arte espírita.
2016
Este relato de experiencia traz uma reflexao a respeito da pratica do(a) Arteterapeuta, que frequentemente atua como Educador(a) e catalisador da Espiritualidade, a partir de algumas sessoes, de duas horas semanais, com AL, uma mulher de 54 anos. A Arteterapia, assim como ensino, requer a mobilizacao de diferentes saberes, atendendo ao ritmo e as necessidades de cada realidade, a fim de que a expressao criativa promova o processo de autoconhecimento. Nesse sentido, Andrade (2000) afirma que a Arteterapia estimula a expressao de experiencias interiores, e tambem que, e o (a) proprio (a) artista quem interpreta o simbolismo do trabalho, que o arteterapeuta pode ser incentivador (a) de descobertas de significados em suas producoes, colocando o foco de atencao no processo terapeutico. Baseados em Pain (1996) abordaremos que o fazer arte, como facilitador da expressao e comunicacao da pessoa com seu contexto, podem gerar a descoberta de faltas nas cadeias de conhecimento e provocar desej...
Fotografia e Pintura: Relação Mútua No Distanciamento Da Mimese
Palíndromo, 2016
Through a brief critical historical study, this article aims to show the transformation of occidental thought about the mimetic character of representation in painting and how photography performed an important role in this change, when it transferred for her the compromise with the copy of reality. The investigation considers the concept of mimesis pondered by Plato and Aristotle about the art, which had as one of its consequences the appreciation for similarity to reality in an artistic work, reflection which permeated the occidental esthetics for a long time. By showing initial attempts to unlink pictorial and photographic production from the imposition of seeking the verisimilitude, modernist movements reveal trends and attempts to replace the problem of representation.
O ilu não bate mais: a imagem do silêncio, a memória do horror
Anais do 41º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Arte em Tempos Sombrios (evento online), 23-27 nov. 2021
Este artigo se constrói nas memórias do silêncio e do horror. Nas imagens de religiosos que foram arrancados de suas casas, expostos como bandidos e violentados nas ruas do estado de Alagoas. É partindo desta contextualização que discorremos como o fatídico Quebra do Xangô, de 1912, reverberou até meados de 1950, mostrando objetos que foram apreendidos e fotografias de pais, mães e filhos de santos presos e, posteriormente, fotografados nas delegacias, suprindo o desejo de uma elite conservadora e preconceituosa. A memória do horror concretizava-se nas páginas dos noticiários e a imagem do silêncio dos terreiros tornara-se a aparente paz dos que pregavam Deus acima de todos e de tudo. Com este recorte, queremos desvelar o silêncio posto, apontar fios históricos que nos permitirão compreender os cenários e as intempéries de um período aterrorizante para as religiões de matrizes africanas. Palavras-chave: Quebra do Xangô. Memória afrorreligiosa. Objetos de terreiro. Iconoclastia. Arte e memória.
O poder terapêutico da escrita: quando o silêncio fala alto
2016
Ao longo da historia da humanidade, a catarse foi usada, por seu potencial de cura, ou de controle de sintomas, na medicina, nas intervencoes religiosas e em rituais etnicos de cura. Algumas modalidades terapeuticas modernas enfatizam o valor da expressao de emocoes reprimidas e o uso da catarse como ferramenta essencial para uma mudanca terapeutica positiva Na verdade, existem muitas opcoes terapeuticas; uma delas e a palavra escrita. Este artigo tem como finalidade discutir a escrita expressiva como um processo que pode acalmar angustias, trazendo alivio e bem estar fisico e mental, atuando como tantas outras formas de terapia. A palavra escrita sera, aqui, colocada como meio de comunicacao interpessoal e intrapessoal, que pode ser entendida e utilizada como um elemento criativo, um recurso terapeutico ou uma ferramenta de autoajuda.