Afterward to Portrait of Mr. W.H. (Co-written with Sandra Leonard) (original) (raw)
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Da atto di significazione ad atto di distruzione. La parola orale nella poesia di Giorgio Caproni.
Voler possedere il verbum come mezzo di conoscenza è stato il peccato di Adamo nella rilettura di Giorgio Caproni, perché – proseguendo con le parole dell’autore – “Dio ha creato l’universo, l’uomo l’ha nominato”. È, dunque, proprio nella nominazione della realtà circostante che si attua la conoscenza dell’uomo, fornendo significazione alle cose. A partire dall’episodio edenico, la parola orale diviene per Caproni ciò su cui insistere per delimitare la significazione del reale. È la pronuncia di un nome, di una cosa, ad avere il duplice potere di creare e distruggere. Si crea la cosa con la propria voce e, al contempo, si distrugge ogni possibilità di salvezza, perpetrando il peccato di Adamo. Che per Caproni ha parola orale sia in grado di far assumere nuovi significati alla parola scritta, ci è testimoniato già dalla dedica ad Achille Millo de Il congedo del viaggiatore cerimonioso, opera centrale nella sua produzione poetica. La dedica all’attore è giustificata dalla “nota” introduttiva all’edizione in cui si afferma che quelle poesie hanno trovato in Millo «la loro giusta voce, e perciò almeno in parte gli appartengono». La voce ha, dunque, il potere di ricreare una realtà e renderla propria; e in questo senso andrebbe letta la volontà di Caproni – simile a quella di Eliot – di incidere le poesie su dischi e non di stamparle. «Una poesia scritta è come una partitura musicale. Non basta conoscere le note per leggerla. Occorre l’interprete, colui che la anima»; occorre, dunque, una voce, la voce, che dia al verso il giusto valore performativo, che animi il verso da dentro. In questo senso, l’analisi si orienterà verso il valore dell’oralità nella poesia di Caproni, partendo dalla rilettura del mito edenico e giungendo all’uso della propria voce – che egli in altre occasioni definisce “occlusa” e “rinserrata” – in Salò o le 120 giornate di Sodoma di Pier Paolo Pasolini.
QUESTÕES DE GÊNERO E IDENTIDADE NA ÉPOCA E OBRA DE SHAKESPEARE
Em Shakespeare: A invenção do humano (2000), Harold Bloom afirma que o Bardo estabeleceu o que significa "ser ou não ser humano", inventando assim o conceito moderno de humanidade: através das centenas de personagens diferentes que habitam sua obra definiu a condição humana como a entendemos hoje. Isso não quer dizer que, anteriormente, grandes autores como Homero (datas de nascimento e morte desconhecidas), Sófocles (496 a.C.-406 a.C.), Dante (1265-1321) e Chaucer (1343-1400), entre outros, não tivessem criado personagens individualizadas. A criação poética de Shakespeare, no entanto, marca um momento extremamente fecundo, e de inestimável importância na evolução e mudança do pensamento ocidental, instaurando idéias e conceitos que atravessaram séculos, e ainda não esgotaram seu prazo de validade. É evidente que esta nova maneira de ver e pensar o mundo que Shakespeare dramatiza em suas peças só foi possível graças a determinadas condições e circunstâncias da época em que ele viveu e escreveu. Segundo Jakob Burckhardt, em sua obra A cultura do Renascimento na Itália (1921), foi com a valorização do homem durante o Renascimento que o mundo, até então voltado para Deus, transfere seu centro de gravitação para o próprio homem, resultando no nascimento do indivíduo, que tende a formular e desenvolver seu próprio pensamento ao invés de deixar-se escravizar por princípios e conceitos pré-estabelecidos. Muitas das personagens de Shakespeare representam esse espírito renascentista: ambas, tanto as masculinas quanto as femininas, se rebelam contra idéias e valores obsoletos, e se firmam na sua determinação de pensar e agir de acordo com sua própria consciência individual. Jan Kott, o crítico polonês que revolucionou os estudos shakespearianos em 1965, observou, em Shakespeare, nosso contemporâneo (2003), que o dramaturgo inglês nos interessa ainda hoje, porque ele continua sendo atual, e o crítico marxista, Terry Eagleton, em Marxismo e a crítica literária (1976), asseverou que é difícil confinar Shakespeare à época em que viveu, uma vez que é possível estabelecer um diálogo entre sua obra e diversos pensadores da contemporaneidade, entre eles Sigmund
Textus 35(2), 2022
This paper focuses on Oscar Wilde’s literary treatment of the history of Willie Hughes as both a model for modern fictionalised biographies and the heir of a specifically British tradition of life writing, which is tackled here from a double perspective. On the one hand, The Incomparable and Ingenious History of Mr. W.H. will be discussed in terms of its diegetic nature, expanding on its ties with Walter Pater’s Imaginary Portraits and experiments in fictional biography. On the other, Wilde’s text will be scrutinised from a non-fictional perspective that aims to throw light on its possible links with eighteenth- and, even more interestingly, seventeenthcentury forms of human-life ‘dissection’ that had Samuel Johnson and Robert Burton among their forerunners.