Assimetrias regionais no Mercosul: uma análise dos coeficientes de renda e a perspectiva de uma maior integração econômica (original) (raw)

Como instrumentalizar a política regional do Mercosul: uma proposta de integração econômica

Nas últimas décadas foram presenciadas importantes mudanças na esfera mundial do ponto de vista econômico, social e político, que afetaram todos os países latino-americanos, destacando-se o processo de globalização. Concomitantemente a este processo, intensifica-se a formação de blocos regionais como forma dos países se protegerem nesta nova ordem mundial. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é apontar uma alternativa de desenvolvimento e de melhora nas condições de negociações internacionais para o Brasil e Mercosul, além de tentar resolver problemas regionais existentes anteriormente em escala nacional. Para que isto ocorra, propõe-se uma política regional comum que, através de instituições e regras transparentes, absorvam em grande medida as mazelas da abertura comercial e financeira abrupta e sem planejamento que ocorreu nos países sulamericanos. Neste sentido, apresentam-se alguns exemplos de planejamento regional, destacando que a política regional comunitária é capaz de diminuir as desigualdades entre os países e entre regiões, possibilitando uma distribuição eqüitativa dos custos e benefícios do processo de integração regional.

Os Desafios À Integração Regional No Âmbito Do Mercosul

Revista de Direito da Unigranrio, 2009

O processo de integração regional suscita a alteração de princípios estruturais e essenciais dos Estados que acarretam modificações em alguns pontos do direito internacional clássico.A integração regional é promovida por Estados soberanos mediante a celebração de tratados internacionais e tem por finalidade abolir as barreiras para consagrar a livre circulação de bens, pessoas, mercadorias e capitais. No continente americano existem alguns blocos que procuram alcançar as várias etapas do processo integracionista. Neste estudo, ganha relevo o MERCOSUL que atualmente é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai tendo o presente artigo o escopo de empreender um breve estudo sobre os desafios à integração regional no âmbito do MERCOSUL levando-se em consideração os aspectos atinentes aos Direitos Humanos, solução de controvérsias, defesa nacional e justiça.

A propósito de uma integração regional incompleta: uma análise do processo integrativo do Mercosul através dos fluxos de comércio entre 1992 e 2012

O objetivo do presente estudo é analisar a evolução do comércio exterior entre os países membros do MERCOSUL no período de 1992 a 2012. A literatura empírica sugere que a fragmentação dos processos produtivos possibilita a integração produtiva regional, interconectando os diversos países a partir da criação de especializações complementares e baseadas na criação de vantagens comparativas dinâmicas. Em primeiro lugar, procuramos localizar teoricamente a análise, definindo os conceitos e termos que foram utilizados ao longo do estudo. Em seguida, analisamos a evolução do comércio exterior dos países-membros do MERCOSUL segundo os estágios de produção, de modo a mostrarmos a como os países participam no atual contexto da fragmentação internacional da produção. A principal conclusão é que o modelo atual de integração regional do MERCOSUL reproduz as assimetrias encontradas na relação centro-periferia: os países mais frágeis do bloco, Paraguai e Uruguai, possuem déficits comerciais com os países mais dinâmicos, Argentina e Brasil, ao mesmo tempo em que o padrão de inserção externa do bloco ocorre através do comércio de recursos naturais e/ou operações de montagem de bens finais.

Mercosul: muito além da integração econômi- ca

Panorama Internacional: Volume 1, nº 2, 2015 Tag(s): integração econômica, Mercosul, Política externa brasileira | Em 2016, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) celebra 25 anos de existência, em meio a incertezas e críticas no Brasil e, inclusive, especulações sobre sua extinção. Como razões para essa visão pessimista, têm sido apontadas, em primeiro lugar, a ineficácia do bloco em promover a aproximação econômica entre os países; em segundo, a persistência de prejuízos para o Brasil; e, por fim, as dificuldades impostas pela sua estrutura na condução de negociações com outros países ou blocos.