Avaliação da incidência de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico e sua relação com a espessura do Complexo Médio-intimal: Estudo Retrospectivo (original) (raw)

O espessamento da íntima-média associa-se independentemente ao Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2012

Resumo Fundamento: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui uma das primeiras causas de morte a nível mundial. A importância do espessamento da íntima-média na estratificação de risco cardiovascular tem sido recorrentemente estudada; contudo, essa relação gera ainda alguma controvérsia. Objetivo: Determinar se o espessamento da íntima-média na Artéria Carótida Comum (ACC) pode ser utilizado como um marcador independente de alto risco para a ocorrência do AVC. Métodos: A amostra compreende um grupo de 948 doentes consecutivamente estudados por Triplex Scan Cervical no período compreendido entre janeiro de 2004 e junho de 2009. Esses doentes foram agrupados em razão da presença ou ausência de AVC recente, do que resultou um grupo de doentes com AVC Isquêmico (AVC I) (n = 452, 48%), outro com AVC Hemorrágico (AVC H) (n = 22, 2%) e um grupo de doentes Sem Eventos (n = 474, 50%). Resultados: Na análise de regressão logística ajustada para fatores de risco cardiovascular clássicos, o espessamento da íntima-média na ACC associou-se significativamente e de forma aproximadamente linear com o AVC I (Odds Ratio = 1.808, Intervalo de Confiança: 1.291-2.534, p = 0,01), mas não com o AVC H (p = ns). Uma interação significativa com a idade foi também encontrada, demonstrando-se uma capacidade discriminativa do risco de AVC I maior em indivíduos com idade inferior a 50 anos. Conclusões: O espessamento da íntima-média na ACC revelou-se um preditor de risco independente para o AVC I, mas não para AVC H reforçando assim a utilidade da sua avaliação na prática clínica. (Arq Bras Cardiol 2012;98(6):497-504) Palavras-chave: Acidente vascular cerebral, espessamento da íntima-média, artéria carótida comum, ultrasonografia, fatores de risco.

Estudo das freqüências dos principais fatores de risco para acidente vascular cerebral isquêmico em idosos

Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 2004

RESUMO -Foram estudados retrospectivamente 262 pacientes com diagnóstico clínico de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) permanente, com idade igual ou superior a 60 anos, selecionados dos 1015 registros da Liga de Aterosclerose da Clínica Neurológica da ISCMSP, de 1990 a 2002. O estudo focalizou as freqüências dos fatores de risco modificáveis para AVCi nesta população idosa, considerando-se sexo e faixa etária dos pacientes. Os resultados evidenciaram que a hipertenção arterial sistêmica é significativamente freqüente (87,8%) entre pacientes idosos com AVCi, independentemente do sexo e da faixa etária. Tabagismo (46,9%) e etilismo (35,1%) revelaram-se fatores de riscos modificáveis freqüentes especialmente entre os homens. As cardiopatias (27,0%), o Diabete Melito (19,9%) e as dislipidemias (15,6%) também se revelaram fatores de risco modificáveis freqüentes em pacientes idosos com AVCi, em ambos os sexos e em ambas as faixas etárias estudadas (60 a 70 anos e mais que 71 anos). Foi relativamente baixa a freqüência de hiperuricemia nesta amostra.

Fatores Associados Ao Tempo De Chegada Precoce Em Pacientes Com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

Ciencia y Enfermería

Objetivo: Conhecer os fatores associados ao tempo de chegada precoce de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico de um hospital público do Brasil. Material e Método: Estudo transversal com 220 pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico que chegaram a unidade de neurologia de um hospital na cidade de Salvador/ Bahia/ Brasil. Os pacientes foram dicotomizados em grupo precoce (tempo desde o início dos sintomas até a chegada ao hospital) e o grupo tardio (tempo desde o início dos sintomas até a chegada ao hospital). Utilizou-se os testes Qui quadrado de Pearson e Exato de Fisher para associação do tempo de chegada hospitalar e os dados sociodemográficos, clínicos e evento neurológico. Resultados: 81 pacientes (36,8%) realizaram a trombólise venosa, apesar de 157 pacientes terem chegado dentro da janela trombolítica. Os fatores associados com a precocidade hospitalar foram: ser residente na cidade de Salvador (0,001), utilização de carro particular/táxi (0,029), reconhe...

Acidente vascular cerebral isquêmico como consequência de infecção por COVID-19: um relato de caso

JBNC - JORNAL BRASILEIRO DE NEUROCIRURGIA, 2020

Pacientes com diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC) aparentam ser particularmente suscetíveis a desenvolverem complicações e evoluírem a óbito ao sofrerem infecção por COVID-19. O objetivo principal deste trabalho foi relatar o caso clínico de um paciente do sexo masculino com diagnóstico de AVC isquêmico em vigência de infecção por COVID-19. As informações foram obtidas por meio de revisão de prontuário e revisão da literatura. O caso relatado e as publicações levantadas trazem à luz a discussão sobre a ocorrência de emergências neurológicas, principalmente o AVC, em vigência de infecção por Covid-19. Enfatiza-se, portanto, a importância da busca por evidências que possam explicitar a real relação entre a ocorrência concomitante dessas duas patologias.

Avaliação da espessura do complexo médio-intimal da artéria carótida como marcador de aterogênese acelerada secundária a dano vascular na esclerose sistêmica progressiva

Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2012

RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Avaliar a espessura da camada médio-intimal da artéria carótida comum em pacientes com e sem esclerodermia e verificar possível associação com sua gravidade. Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Em estudo caso-controle, foram selecionados 30 pacientes com esclerodermia e 30 sem a doença e pareados de acordo com a idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica, diabete melito e hipercolesterolemia. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação das artérias carótidas pela ultrassonografia vascular de alta resolução e realizada a medida do espessamento da camada médio-intimal das carótidas comuns a 2cm da bifurcação carotídea. Em toda a análise foi considerado o maior valor da camada médio-intimal nas artérias carótidas direita e esquerda. Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: A amostra foi composta de 30 pacientes estudados, sendo 29 (96,67%) mulheres e um homem (3,3%) com idade de 17 a 79 anos (média de 48 anos). Nesta amostra existiam 11/30 (36,67%) com hipertensão arterial, 5/30 (16,67%) com diabete melito, 6/30 (20%) com dislipidemia e 2/30 (6,67%) fumantes. Ao comparar a medida do maior risco (espessura máxima entre o lado esquerdo e o lado direito), obteve-se média de 0,77mm para o grupo esclerodermia e valor de 0,70mm para o grupo controle (p=0,212). Ao avaliar a associação entre gravidade da doença e a camada médio-intimal da carótida, não se encontrou associação significativa (p=0,925). Conclusão Conclusão Conclusão Conclusão Conclusão: Encontra-se discreto aumento do espessamento da camada médio-intimal da artéria carótida comum em pacientes com esclerodermia, mas sem significância estatística. Com relação à gravidade da doença e o espessamento da camada médiointimal da carótida comum, não foi verificada diferença.

Fatores de risco associados a hipertensão arterial sistêmica em vitimas de Acidente Vascular Cerebral - doi:10.5020/18061230.2006.p148

Revista Brasileira Em Promocao Da Saude, 2012

Ceará, with fourteen patients taken ill with AVC. Among those, 85.7% (n=12) were above 65 years old and the same quantitative were retired; 71,4% (n=10) were female; 64.3% (n=9) were undertaking treatment for HAS for approximately 1 to 3 years; 57.2% (n=8) consumed low-sodium diet and this same amount manifested the occurrence of another episode of AVC; 78.6% (n=11) did not practice any physical activity; the same amount were or had been smokers; and the same quantitative had been taken ill by ischemic cerebral vascular accident; 42.6% (n=6) did not follow the medicine therapy. We conclude that, the main risk factors for AVC in the referred hypertensive patients were: the age, the not adherence to the treatment, the lack of precocious hypertension detection, the sedentary lifestyle, the precariousness of diet habits changes and the existence of other associated diseases. This remits to the importance of implementing health education actions, in order to get the users to be aware about the need of a greater adherence to the treatment and to abolish risk factors, diminishing the acute and chronic complications of HAS.

Associação entre níveis plasmáticos de homocisteína e acidente vascular cerebral isquêmico: estudo transversal analítico

Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 2005

OBJETIVO: Verificar associação entre valores de homocisteína plasmática e ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), considerando idade, sexo, tabagismo, hipertensão, diabetes, etiologia do AVCI e tempo decorrido do episódio. MÉTODO: Estudo transversal analítico de 104 pacientes diagnosticados com AVCI e 98 controles. Dosagem de homocisteína por cromatografia líquida de alta eficiência. Análise estatística feita com testes t de Student e Kruskal-Wallis, análise de variância, análise de regressão linear, regressão logística e coeficiente de correlação linear de Pearson. RESULTADOS: O grupo-pacientes apresentou valores maiores de homocisteína (15,4 ± 11,7 µ mol L-1) comparados aos controles (10,5 ± 4,2µ mol L-1). Dividindo os dois grupos em faixas etárias foram encontradas diferenças nas faixas de 40-49 anos e 50-59 anos. Nos pacientes encontraram-se valores maiores de homocisteína nos casos de hipertensão e etiologia aterotrombótica. Estudo de regressão logística dos ...

Terapias de recanalização no Acidente Vascular Cerebral isquêmico agudo: a experiência de um Hospital Universitário brasileiro no interior de São Paulo

2021

Introduction: Stroke is the second leading cause of death and functional disability worldwide. Also, ischemic stroke (IS) corresponds to 85% of cases and has treatment with a high probability of reducing disability and mortality, if carried out at the appropriate time and with rehabilitation support. However, recanalization therapies for stroke are available only to a small parcel of the population and data in the brazilian literature on this topic are scarce. Objective: To evaluate the clinical characteristics of patients undergoing recanalization therapy (intravenous and endovascular) treated at a public University Hospital in the interior of Sao Paulo and to identify the predictors of in-hospital mortality and symptomatic hemorrhagic transformation (sHT), in addition to predictors of good functional outcome assessed by Modified Rankin Scale (mRs) 0-2 in 90 days after the therapy. Methods: Was made a review of medical records of patients with acute IS who underwent intravenous thrombolysis and/ or endovascular treatment between 2001 and 2017. Results: 869 patients were treated in this period, most of them male (57%), age mean of 66.5±13.1 years, median of NIHSS 15 and 65.7% with proximal occlusion. The rate of intravenous thrombolysis was 87.5% and rate of endovascular treatment was 28.7%. The mean time of admission-needle was 57 minutes [35-70] and ictus-needle, 204 minutes [150-248]. As for the outcomes: sHT occurred in 5.9% of patients, in-hospital death in 16.8% and median mRs after 90 days was 3. Predictors of good functional outcome (0-2) were age and NIHSS; for hospital mortality, in addition to these, diabetes mellitus, proximal occlusion and THs; for THs, NIHSS, proximal occlusion and blood glucose at admission. Conclusion: The profile of patients with acute IS, admitted to a public University Hospital, in the interior of Sao Paulo, showed predominance of males, mean age of 60 years, with high rate of comorbidities, with a long time for hospital admission, with high blood pressure and blood glucose levels, in addition to severe stroke symptoms and high rate of proximal arterial occlusion. In this context, recanalization therapies were safe, with a 5.9% rate of hemorrhagic transformation, similar to previous studies, and 40% of patients had a good functional outcome assessed using the mRs.