Morte, diagnóstico e evento (original) (raw)

COVID-19: a morte como evento estatístico

Actas X Jornadas de Investigación en Antropologia Social. UBA, 2022

Neste trabalho mostramos como a covid-19 foi construido como um problema público em grande escala a partir da produçao social de cifras e estatisicas assim como mostramos a forma em que foi produzida uma pedagogia dessas cifras e controversas publicas sobre as mesmas. Números de diversas esferas chegaram até nós, desde os mais gerais e globais produzidos pela OMS, até os mais locais, compilados nas cidades pequenas do interior do Brasil. A produção e a circulação de estatísticas foi uma dimensão chave para todas as instâncias envolvidas na gestão da pandemia como também para as pessoas que aguardavam conhecer as estatísticas da pandemia para saber se elas podiam ou não voltar ao trabalho ou visitar seus entes queridos. A análise apresentado aqui se centra na forma como essas estatísticas podem ser entendidas não apenas como um meio de observarmos o percurso da doença, mas como elas foram capazes de performar a pandemia servindo para gerar diagnósticos, legitimar políticas publicas, levar a frente um trabalho pedagógico perante a população e, no contexto do descaso do governo do Brasil, funcionar como ferramenta de denúncia pública quando veiculados através das grandes mídias nacionais. Neste sentido entendemos que a pandemia foi construída como um problema público de maior escala, através da produção de números e cifras.

Dificuldades diagnósticas da causa mortis em cadáveres decompostos

2019

Os autores clássicos da Medicina Legal brasileira fornecem uma base sólida para o estudo da decomposição cadavérica. Por meio da leitura de seus livros, notou-se que a marcha da decomposição é composta de fases ocorridas em períodos específicos, que podem se sobrepor ou ter seus rumos alterados por fatores que vão, desde o ambiente em que o cadáver se encontra, até sua compleição física e comorbidades em vida. Com o objetivo específico de aprender como contornar tais dificuldades durante as investigações e necropsias destes casos, foi realizado levantamento bibliográfico de artigos científicos nas bases PubMed, Scielo e Scopus, pelos unitermos Putrefied, Cadaveric Putrefaction, Diagnosis e Causa Mortis, que resultou em dez artigos em língua inglesa, publicados de 2000 a 2019, a respeito de cadáveres de seres humanos. Foi possível depreender que métodos já conhecidos pelos pesquisadores (a saber: equipamentos de imagem, histopatologia, e análises químicas de fluidos corporais), são c...

Morte, Vida e Clínica

Anais Seminário Setembro Amarelho - UFF - 2021, 2021

A educação infantil no contexto pandêmico: desvelando o sentido da vida em meio dos desafios. Educação física escolar em imagem: um chamado à promoção da saúde na pandemia de Covid-19

Morte e narrativa

Galáxia (São Paulo)

Resumo Há um pequeno relato de morte escrito por Fiódor Dostoievski em 1876, inspirado em notícias de jornal, em que o esforço narrativo se volta para cobrir de sentido a falta de sentido original do morrer. Intitulado A dócil, esse texto é aqui retomado para pensar sobre alguns dos caminhos que tomam o jornalismo e seus relatos ao ingressarem na teia de referências associadas à morte em nossa cultura.

Morte Assistida Em Doenças Não Terminais

Brazilian Journals Editora eBooks, 2022

O conteúdo dos livros e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a

Contribuição do monitor de eventos no diagnóstico de sintomas

Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 1998

Grupi e col Monitor de eventos no diagnóstico de sintomas 3 0 9 Instituto do Coração do Hospital das Clínicas -FMUSP Correspondência: César Grupi -Incor -Av. Dr. Enéas C. Aguiar, 44 -05403-000 -São Paulo, SP Recebido para publicação em 13/11/97 Aceito em 4/3/98 The Contribution of the Loop Memory ECG Recorder to the Diagnosis of Symptoms Purpose -To evaluate the contribution of the loop memory recorder in improving the diagnosis of symptoms related to cardiac arrhythmias. Methods -The study population was 64 patients whose Holter monitorization was inconclusive as to the diagnosis of symptoms related to cardiac arrhythmias. Each wore a patient-activated ambulatory electrocardiogram device for 15 days. The ECG recordings during the occurrence of symptoms were sent to the ECG receiving center by phone. Results -Two patients did not conclude the study. The majority of the patients (85.5%) experienced symptoms in the fifteen days of monitorization, and in 62.2% of these patients electrocardiographic events were observed. The main symptoms experienced by these patients were: palpitation (67.7%), dizziness (32.3%), and syncope (29%). Other symptoms like breast pain, fatigue, indisposition and dyspnea were also noted in 30.6% of the patients. The main electrocardiographic disturbances observed were: sinus tachycardia (45.5%), isolated premature beats (30.3%), supraventricular tachycardia (21.2%), ventricular tachycardia (3%) and third degree AV block (3%). We also observed that the first symptomatic recording occurred mainly in the initial days of monitorization (69.4% in the first 5 days). The percentage of diagnoses was 35.5% in patients whose Holter monitoring had been inconclusive. Conclusion -The cardiac loop ECG recorder therefore achieved an important incremental diagnostic yield. Objetivo -Avaliar o poder de contribuição do monitor de eventos sintomáticos no esclarecimento de sintomas. Métodos -Foram estudados 64 pacientes encaminhados para esclarecimento de sintomas e que já haviam sido submetidos à gravação com Holter. Foram monitorizados, durante 15 dias, com gravador com memória circular com capacidade de registrar uma derivação do ECG (CM5), antes e após ativado pelo paciente. Na vigência de sintomas, o paciente acionava um comando do gravador que provocava a retenção do sinal do ECG, que era, posteriormente, transmitido a uma central via telefone. Resultados -Em dois pacientes não foi possível a realização completa da monitorização, nos restantes, sintomas que motivaram a indicação do exame foram: palpitações (67,7%), tonturas (32,3%), síncopes (29%) e outros (30,6%). Em 85,5% dos pacientes houve relato de sintomas, sendo que em 62,2% houve registro de alterações eletrocardiográficas, relacionadas aos sintomas: taquicardia sinusal, 45,5%; extra-sístoles, 30,3%; taquiarritmia supraventricular, 21,2%; taquicardia ventricular, 3% e bloqueio atrioventricular, 3%. A 1ª transmissão motivada por sintoma ocorreu: 35,5% no 1º dia, 33,9% do 2° ao 5º, 12,9% do 6º ao 10º e 3,2% do 11º ao 15º. Nos pacientes onde a gravação com Holter não permitiu esclarecimento, o gravador de eventos registrou sintomas em 35,5%. Conclusão -Trata-se de método bem aceito pelos pacientes e capaz de produzir aumento significativo no esclarecimento de sintomas em relação ao Holter. Palavras-chave: gravador de eventos sintomáticos, arritmias cardíacas, monitorização cardíaca

Qual o Diagnóstico?

Journal of Cardiac Arrhythmias, 2019

Paciente OG, 62 anos, com cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito e taquicardia ventricular sustentada mal tolerada, portador de cardioversor desfi brilador implantável (CDI) de câmara única ventricular, retornou assintomático para avaliação de rotina. Não havia registro de arritmias sustentadas, e os limiares de estimulação e sensibilidade foram checados e estavam adequados (Fig. 1). No entanto, diante da telemetria do dispositivo, foi identifi cada uma falha de sensibilidade de uma extra-sístole ventricular (Fig. 2).Desse modo, diante da possibilidade de que essa falha pudesse gerar falha de detecção de uma taquicardia ventricular lenta (Fig. 3), o autoganho de sensibilidade do CDI foi modifi cado, com correção da falha de sensibilidade intermitente da extra-sístole.Figura 1. Medidas eletrofi siológicas do cardioversor-desfi brilador na avaliação inicial e ausência de arrtmias ventriculares documentadas.

Medicina e morte

2010

GIORGIO COSMACINI è medico, storico e filosofo della medicina. Insegna Storia del pensiero medico nell'Università Vita-Salute San Raffaele di Milano. La sua è una delle voci più autorevoli del panorama storico-medico contemporaneo. Ha scritto numerosi libri, tra cui i più recenti sono La religiosità della medicina (Laterza, 2007), Prima lezione di medicina (Laterza, 2009), Il Medico e il cardinale (Editrice San Raffaele, 2009). Fa parte del comitato scientifico della rivista "Studi tanatologici", che affronta il tema della morte e del morire da un punto di vista interdisciplinare. Insieme a George Vigarello ha scritto Il medico di fronte alla morte (Fondazione Ariodante Fabietti, 2009). Qual è la relazione tra medicina e morte oggi? Come è cambiata questa relazione nel corso dei secoli? Come affronta il medico, quotidianamente impegnato nella cura del malato morente, il morire? E quali interrogativi etici pone il progressivo invecchiamento della popolazione di oggi? Ri...