“Ilha das Lágrimas” (original) (raw)

Grau Zero – Revista de Crítica Cultural

O presente texto analisa o caráter social da construção das identidades de gênero e sexuais, e como o pensamento hegemônico cria padrões para a sociedade e limita as vivências das pessoas. Dentro dessas limitações analisamos a masculinidade hegemônica que determina que para ser um “homem de verdade” é preciso ser e agir dentro de um modelo, e assim, com ajuda de Connell (2013), Finco (2010;2012), Louro (2000), Miskolci (2012), Santos (2020) e Saffioti (2012), buscamos compreender as consequências deste pensamento conservador, pautado no binarismo de gênero masculino/feminino, dentro das instituições de ensino, tendo em vista as crianças e, mais especificamente, os meninos e suas subjetividades. Por fim, trazemos como possibilidade de prática pedagógica o livro infantil Ilha das Lágrimas, que busca por masculinidades positivas e revela que é possível meninos e homens sentirem e expressarem suas emoções e seus sentimentos. [Recebido: 30 set. 2021 – Aceito: 28 out. 2021]