Matheus Trevizam, Varrão, Das coisas do campo. Introdução, tradução e notas. Edição bilíngue. Universal Estadual de Campinas, Editora da Unicamp, 2012, 283 p., ISBN 978‑85‑268‑0998‑7 (original) (raw)
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Anais do XVI Seminário de Iniciação Científica da Universidade Federal do Tocantins, 2021
O presente trabalho é resultado de estudos e pesquisas desenvolvidas no Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), desta forma foi realizado com o apoio da Universidade Federal do Tocantins PIBIC/UFT. O objetivo do trabalho é registrar as memórias dos camponeses/as do acampamento Padre Josimo na luta pela terra. Registrar momentos de lutas e resistências, e compreender como estes interpretam e organizam suas vivências. Para a coleta dos dados foi realizado uma oficina com a finalidade de cartografar os saberes dos camponeses/as acampados/as por meio do mapa situacional. A construção do mapa mostrou a visão dos acampados/as sobre seu território, demostrando o conhecimento geográfico e histórico do lugar onde vivem e o sentido relacional que estabelecem com os elementos materiais e imateriais do território. A realização do mapa apontou argumentos e ferramentas que possibilita contribuir nos processos políticos na luta pela terra e como reconhecimento crítico de sua realidade, especialmente com desenhos de ações para transformações, percebeu-se ainda que as/os acampadas/os registraram o processo de ocupação.
Terra e vida: A Geografia dos camponeses no norte do Paraná, Autor: Eliane Tomiasi Paulino
PAULINO, Eliane Tomiasi. Terra e vida: a geografia dos camponeses no norte do Paraná. 2003. 430 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2003. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/102969., 2003
As profundas transformações atreladas à expansão das relações capitalistas para o campo têm provocado, desde o século XIX, diversas interpretações acerca do papel e do destino da classe camponesa. Nesse contexto, alguns pressupostos ganharam força, sobretudo aquele que vislumbrava o seu desaparecimento, enquanto classe. Entretanto, em se admitindo que o modo capitalista de produção é essencialmente contraditório, constata-se que seu desenvolvimento não tem provocado o desaparecimento do campesinato, mas sua recriação. É sobre essa questão que trata este trabalho, cujo recorte geográfico é o Norte Novo do Paraná, uma das áreas de maior índice de tecnificação e produtividade agrícola do país. Dessa maneira, as evidências do processo de recriação camponesa estão apresentadas a partir da análise que obedece ao seguinte encadeamento. A reflexão teórico-conceitual sobre o campesinato dentro das ciências humanas, no geral, e na geografia agrária brasileira, em particular, é apresentada no primeiro capítulo. No segundo capítulo, nosso esforço analítico recai sobre as possibilidades históricas de recriação da classe camponesa ao longo do processo de construção do território, sendo consideradas três dimensões: a nacional, a estadual e, por fim, o norte-paranaense. No terceiro capítulo, buscamos compreender tais possibilidades com base nos registros estatísticos disponíveis para a área de pesquisa a partir de 1950; para tanto, recorremos aos dados dos Censos Agrícolas e Agropecuários publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto capítulo, nos debruçamos nas evidências de que o processo de territorialização camponesa é uma expressão do desenvolvimento contraditório do capitalismo, o qual se manifesta na monopolização do território pelo capital. Essa monopolização é verificada nas práticas de integração entre unidades camponesas e indústrias, com destaque para a avicultura e sericicultura. Outra forma de integração analisada é a experimentada pelo sistema cooperativista na fruticultura, especificamente na citricultura e viticultura. As demais formas de apropriação da renda através da produção camponesa são apontadas em seguida; entre elas a pecuária leiteira, a cafeicultura, a policultura, as culturas mecanizadas, para então destacarmos como a renda é drenada através do consumo produtivo que as sustenta. Por fim, no quinto capítulo demonstramos como as políticas públicas interferem no processo de territorialização camponesa, para, na seqüência, resgatarmos as trajetórias e estratégias inscritas nos marcos geográficos singulares à fração camponesa do território, especificamente no bairro rural e nos sítios. ABSTRACT: Several Changes leashed to the expansion of the capitalism in the field have nettled, since the XIX century, lost of interpretations about the peasant destiny. In this context some presupposed got strength, over all of that discerned indistinctly its disappearance as long as working class. However, in if admitting the way of capitalism production is essentially contradictory, it’s proved its development have not been nettled the disappearance of the peasant, but your recreation. This piece of work is about a place in the New North of Paraná one of the great index of technicist and productive of Brasil. In this way, the evidences of the peasant recreation process in this part of land are presented from the analysis that obeys to the next linkage. On the second chapter, our analytical effort fall again above the historical possibilities of recreation of the peasant class along the land construction, being considered three dimensions: national, state and at last the North Paranaense. On the third chapter, we look for comprehend the possibilities from the statistical registers ready for use on the search since 1950; in this manner we go through again on the basis of the agricultural census published by Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). On the fourth chapter we bendon the evidences that the process of peasant territorialization it’s the expression of contradictory development of the capitalism, which manifest on the monopolization of the territory for the capital. This monopolization is verified in practice of integration among peasant units and industries, in eminence to aviculture and silkworm culture. The other form of eminence integration is the experimented by the cooperative system with fruit growing, specify the citriculture and the viticulture. The other forms of income of land appropriation is through the peasant’s production are pointed following: between them the milkmaid cattle breeding, the coffee growing, the policulture and the mechanics cultures, to point out the same is drained through the productive consumption that sustain them. At last on the fifth chapter we pawn in demonstrate how the public politics can interfere on the peasant’s process territorialization, for the sequence we ransom the ways and the strategic on the geographical marks singulars to land peasant’s fraction being the rural ward and the sieges.
No Brasil, a demarcação de Terras Indígenas segue sendo uma das principais lutas dos povos originários. Povos que já passaram por essa etapa buscam agora gerir e proteger suas terras para manter sua qualidade de vida. Desde 2012 a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas – PNGATI está vigente no país, com a meta de orientar o diálogo do Estado e de agentes da sociedade civil com os povos indígenas, para que seu protagonismo nessas ações seja garantido. O presente capítulo visa apresentar como os Zo’é – povo falante de uma língua tupi-guarani que vive na Amazônia paraense – vem participando na promoção de seus direitos territoriais. No momento em que acaba de ser elaborado e publicado o Plano de Gestão Territorial e Ambiental – PGTA de sua Terra Indígena, um importante instrumento de efetivação desses direitos, eles seguem participando de atividades de proteção do seu território, ao mesmo tempo em que produzem sua ocupação. Trazemos reflexões de líderes e jovens zo’é diretamente engajados nessas atividades, apontando para alguns modos como ressaltam a importância da sua mobilidade territorial
Tudo leva a crer que os manuscritos do Conto do Camponês Eloquente são do Império Médio: B1, B2 e Bt da XII dinastia e R, o único descoberto em contexto datado, da XIII dinastia 1 . Não tendo sido possível determinar a antiguidade dos três primeiros papiros a partir de dados arqueológicos, foram os estudos epigráficos e, sobretudo, filológicos, que permitiram datá-los. Para este fim, contribuiu também o facto do cólofon de B2 ser semelhante ao de outros contos da XII dinastia, nomeadamente d'A Aventura de Sinuhe e do Conto do Náufrago 2 . Por seu lado, com R foram encontrados no Ramesseum alguns objectos cuja origem aponta para finais da XII dinastia, além de 23 outros papiros cuja datação só foi possível através do contexto, que os posicionou na XIII dinastia e ao túmulo onde se encontravam nos finais da XIII dinastia.
Revista Portuguesa de Musicologia, 2021
acrescenta mais um livro de temática musical à sua colecção «O essencial sobre» que já contava com os títulos: Fernando Lopes-Graça, da autoria de Mário Vieira de Carvalho (1989), Francisco Lacerda (1997), A música portuguesa para canto e piano (1999), A música tradicional portuguesa (2001), estes três da responsabilidade de José Bettencourt da Câmara, e A ópera em Portugal (2008), escrito por Manuel Ivo Cruz. Embora não se entenda o critério que presidiu à escolha destes títulos, cuja selecção nos parece arbitrária, pressupõe-se que a intenção seja dar a conhecer, ao grande público, figuras e temas relevantes da cultura em geral, e da cultura nacional em particular. Essa iniciativa foi reforçada com a recente disponibilização em acesso livre de várias destas publicações, revelando a vontade de democratização de alguns dos seus títulos. Nesse sentido, muitos temas da vida musical portuguesa se perfilariam, dado o grande desconhecimento do público em geral que existe sobre vários deles, devido à exígua publicação de obras deste tipo. A escolha de Viana da Mota justifica-se plenamente, até porque a figura do músico português, com excepção de alguns trabalhos académicos pouco conhecidos pelo público, foi objecto de escassas publicações até ao momento. A obra de fundo a ele dedicada foi escrita por João de Freitas Branco em 1972 (edição da Fundação Calouste Gulbenkian, reeditada em 1987, ambas esgotadas).