Segundo Excurso: ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS TEÓRICAS DA LÓGICA ANTEPREDICATIVA DE L’ÊTRE ET LE NÉANT OU DO “SER SUA CONDIÇÃO EM REPRESENTAÇÃO” (original) (raw)
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PREDICAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGUNDOS ANALÍTICOS I, 22
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma resposta para certas dificuldades envolvendo as doutrinas da predicação e demonstração aristotélicas. Para tanto será oferecida uma alternativa de leitura para algumas passagens de Segundos Analíticos I, 22 em que Aristóteles, supostamente, estaria postulando as teses de que apenas itens substanciais são autênticos sujeitos de predicação, e que as demonstrações tratariam apenas de tais predicações. Teses que, se forem verdadeiras, acarretam sérias restrições quanto ao alcance e escopo da doutrina aristotélica da ciência.
Segundo excurso: “a transcendência do ego” e o estádio de espelho
2015
O artigo em questao, parte de um estudo maior sobre o ensaio sartreano acerca da Transcendencia do Ego, pretende uma aproximacao em relacao a alguns desenvolvimentos de Lacan, sobretudo a partir de seu ensaio chave sobre o “Estadio do Espelho”. Essa aproximacao, que se da por meio de um eixo comum que se estabelece entre as duas visadas, de Sartre e de Lacan, pode ser indicada por meio do recorte a que cada autor submete o “eu”: elemento chave da teoria do sujeito mas permeado pela exterioridade e pelo carater fantasmatico de sua constituicao, esse “eu” funda, de modo excentrico, o modo pelo qual o psiquico opera, ainda que cada autor em questao assuma um pressuposto diferente.
INTERAÇÕES, 2018
RESUMO Este trabalho delimita como objeto de estudo algumas réplicas de Jesus Cristo presentes no relato do evangelista João, capítulo 5 (edição revista e ampliada (2002) – Bíblia de Jerusalém), especificamente no primeiro século da era cristã. Com base nos estudos bakhtinianos, realizamos a análise discursiva a partir de duas categorias: axiologia e heterodiscursividade. Elencamos o Discurso de Jesus sobre o ceticismo judaico como o escopo arquitetônico da narrativa joanina por haver marcadamente múltiplas vozes atravessando os dizeres do enunciador. É uma análise de cunho bibliográfico, em que os resultados demonstram que o sujeito dialógico-enunciativo ocupa lugar em determinado espaço social, incidindo sobre a constituição através do posicionamento responsivo ativo no processo de enunciação. Palavras-chave: Axiologia. Heterodiscursividade. Jesus Cristo. ABSTRACT This paper delimits as object of study some replicas of Jesus Christ present in the account of the evangelist John, chapter 5 (revised and expanded edition (2002) - Jerusalem Bible), specifically in the first century christian age. Based on the Bakhtinian studies, we conducted the discursive analysis from two categories: axiology and heterodiscursivity. We have listed Jesus' Discourse on Jewish Skepticism as the architectural scope of the Johannine narrative because there are markedly multiple voices going through the utterances of the enunciator. It is a bibliographical analysis, in which the results demonstrate that the dialogic-enunciative subject occupies place in a certain social space, focusing on the constitution through the active responsive positioning in the process of enunciation. Keywords: Axiology. Heterodiscursivity. Jesus Christ.
ouvirOUver
Este texto discute a possibilidade de uma ética da representação considerando que toda representação é um dispositivo. Assim abordaremos teatralidades que privilegiam o intercâmbio, o compromisso e a implicação de todos os participantes do acontecimento cênico: atores/performers e espectadores. Pretendemos discutir os sentidos das representações, colocando em questão a sua utilidade, sem opor representações como contraditórias aos critérios de verdade. Pensamos a ética como prática, portanto, o trabalho de criação como ação ética. Nossa abordagem da Ética como ação se relaciona com os processos de criação dos atores, e nos conduz ao questionamento de práticas criativas e à expansão da noção da representação teatral como ação política. ABSTRACT This paper discusses a possibility of an representation's ethics considering that all representation is an artificial device. Our focus is the theatrical experience that explores exchanges, commitment and involvement of all participants of...
A tradução de um texto qualquer deve levar em conta não somente os aspectos gramaticais e semânticos, mas também um conhecimento acerca da cultura da língua original e do contexto da obra trabalhada. Esta comunicação visa questionar a tradução da conjunção ἀλλά (allá), em grego, pela adversativa 'mas' em português, considerando o todo da mensagem expressa pelo Pai Nosso, o contexto, bem como outras possibilidades de usos do ἀλλά (allá) que não apenas o do caráter adversativo. Palavras-chave - grego bíblico: traduções, cristianismo primitivo, análise comparativa.
OS TEMBÉ/TENETEHARA DE SANTA MARIA DO PARÁ: ENTRE REPRESENTAÇÕES E DIÁLOGOS ANTROPOLÓGICOS
Desde o início do século XX, Antropologia tem se dedicado a estudar a trajetória dos Tembé/Tenetehara. Em consonância com os contextos acadêmicos e políticos, historicamente localizados, essa disciplina tem contribuído com diferentes imagens sobre o povo, muitas das quais se ligam imediatamente às demandas políticas da própria etnia. De maneira geral, os antropólogos estão entre os intermediadores de processos de legitimação e/ou inserção desse grupo no quadro das etnias indígenas brasileira. Assim, este trabalho propõe apresentar um percurso nesses variados discursos antropológicos, considerando a minha inserção no diversificado grupo desses pesquisadores e em diálogo com a Arqueologia. Trata-se de evidenciar como imagens acerca dos Tembé/Tenetehara são erigidas e derrubadas, cristalizadas e abrandadas, considerando as premissas dos antropólogos. A literatura especializada e o exercício do trabalho de campo são as fontes privilegiadas no artigo. Assim, o que pretendo é fomentar o debate sobre a produção do conhecimento antropológico, no qual a voz do interlocutor soa com diferentes tons.
Algumas observações sobre a prosódia da representaçao do discurso outro (RDA)
Resumo: A proposta deste artigo é apresentar evidências de que o estatuto prosódico deve ser tomado para análise da Representação do Discurso Outro (RDA). No campo das heterogeneidades enunciativas, Authier-Revuz (2004) propôs que o discurso relatado seja tratado em termos de zonas de RDA, as quais dependem do estatuto semântico, do estatuto semiótico e da ancoragem sintático-enunciativa. Este estudo, cujo corpus foi constituído com enunciados do discurso jurídico, focalizou o modo como a RDA de um texto escrito-a-ser-lido (X) foi lido em voz alta no texto lido-a-ser-transcrito (Y). Foram identificadas diferenças entre o que estava preparado em (X) e o que foi lido em (Y), o que sugere a necessidade de se considerar o estatuto prosódico para o estudo da RDA quando a materialidade tomada para análise é a voz.
RESUMO Este trabalho aborda o problema da "categorização", ou seja, a forma com a qual organizamos nossa experiência, através da Teoria dos Protótipos. Para tanto, tem dois obje-tivos: primeiro, apresentar uma revisão crítica da evolução dos estudos acerca da categori-zação, desde a abordagem clássica até a da Teoria dos Protótipos e, segundo, estabelecer as diferenças entre dois momentos desta teoria: a versão padrão, que vê o protótipo como o exemplar mais idôneo de uma categoria e a versão ampliada que, na verdade, não é uma evolução, mas sim uma ruptura, pois abandona a noção de protótipo e adota a de graus de prototipicidade.
EXUNÊUTICA: CONSTRUINDO PARADIGMAS PARA UMA INTERPRETAÇÃO AFRO-RELIGIOSA
Hermenêutica é a ciência filosófica da interpretação. Ao longo dos séculos vários autores nos brindam com suas teorias sobre ela. Várias vertentes interpretativas surgiram e a proposta desse artigo é de exprimir mais uma. A exunêutica é a forma afro-religiosa de interpretar o mundo e pretendemos, sem por fim ao assunto, demostrar seus fundamentos. Para tanto se fez necessário passarmos pelo estudo de religiões comparadas entre as divindades mensageiras grega e iorubá; os princípios da afrocentricidade; e os fundamentos da teologia das religiões de matriz africana. Com, enfim, pensarmos numa hermenêutica que privilegie a visão de mundo afro-religiosa.