Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte (original) (raw)

A Reportagem Jornalistica e a Memória - Histórias em Movimento

RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, 2016

O trabalho analisa a partir de diferentes campos do conhecimento: antropologia, etnografia, etnicidade, território, história e memória em suas diversas abordagens, e o gênero jornalístico reportagem, a perspectiva de construção de conhecimento interdisciplinar, identificando os pontos de convergência entre os campos. Utiliza metodologia etnográfica/interdisciplinar, focando o trabalho da jornalista Eliane Brum à luz do referencial teórico construído.

Notas sobre produtos jornalísticos no norte do Rio Grande do Sul

Revista de estudos da comunicação, 2010

Este artigo baseia-se na pesquisa Comunicação e jornalismo no Médio Alto Uruguai: levantamento histórico e perspectivas, que estudou cinco jornais e 13 rádios, em dois períodos (janeiro de 2007 e julho de 2007) e registrou as facetas do jornalismo interiorano: a falta de profissionalização nas empresas, ao lado de uma informatização total do processo de captação de informações. Como jornalismo interiorano entende-se publicações ou programas produzidos fora das capitais e, principalmente, sem ligação com os conglomerados de comunicação. Outro eixo está na importância da formação universitária, visando à qualidade da informação de cunho comunitário, já que se observa a vinculação política aos governos locais, com pouco espaço ao debate cidadão. (P) Palavras-chave: Jornalismo interiorano. História do Jornalismo. Jornalismo e tecnologia.

Jornalismo e Estudos Mediáticos : Memória

2018

Este livro é um testemunho-necessariamente contido-da investigação que tem sido desenvolvida no âmbito da especialidade de Jornalismo e Estudos Mediáticos do doutoramento e do pós-doutoramento em Ciências da Informação da Universidade Fernando Pessoa (UFP). Apropriadamente designado Jornalismo e Estudos Mediáticos-Memória, esta obra representa, portanto, um primeiro esforço para documentar, periodicamente, resultados de pesquisas desenvolvidas na UFP, ou por pesquisadores que num ou noutro momento desenvolveram atividade na UFP, no campo que dá título ao livro. Obra coletiva, o livro vive, pois, da colaboração de alguns dos académicos que passaram pela Universidade Fernando Pessoa, ou que aqui ainda permanecem, para, na nossa Instituição comum, realizarem os seus estudos e investigações de doutoramento ou pós-doutoramento, na totalidade ou em parte. Necessariamente plural e diversificado, à semelhança do campo do qual se reivindica, este livro dá conta de algumas das preocupações e interrogações que norteiam a pesquisa em Comunicação e que, por consequência, se transformaram em objetos de pesquisa. Além de ser uma obra de inventariação, documentação, referência e memória, o livro procura ir ao encontro da missão mais nobre da Universidade e da vida investigadora: produzir e partilhar novo conhecimento. Em português com diversas tonalidades. E em espanhol. Porque também polifónica é a Universidade. São dezassete os capítulos que compõem a obra. Ranielle Leal Moura é a autora do primeiro capítulo, intitulado "Maria Judite de Carvalho e a narrativa do Outro". A pesquisa que deu corpo ao texto visou compreender como os impactos ocasionados pela modernidade na sociedade portuguesa foram representados nas crónicas jornalísticas da referida autora, no já extinto Diário de Lisboa.

JORNALISMO DESENHADO: A NARRATIVA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS A SERVIÇO DAS REPORTAGENS

JORNALISMO DESENHADO: A NARRATIVA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS A SERVIÇO DAS REPORTAGENS, 2013

O objetivo deste trabalho é analisar o Jornalismo em Quadrinhos, estilo de produção jornalística recente que une as técnicas de montagem de reportagens com o grafismo das histórias em quadrinhos. Com atenção a detalhes e uso de práticas como as entrevistas, o registro fotográfico e a análise de documentação, os quadrinhos – tradicionalmente associados com fábulas, super-heróis e outros devaneios infanto-juvenis – são tão válidos para a produção jornalística quanto o vídeo, o áudio ou a escrita. Atente para o fato de que não se objetiva provar uma dita superioridade dos quadrinhos ou ignorar suas limitações – é difícil pensar, por exemplo, num jornal diário com todas as notícias no formato de quadrinhos, devido em grande parte à demora com que sua parte artística, o trabalho do desenho em si, é montada. O que se pretende nessa monografia é simplesmente mostrar que os quadrinhos devem ser vistos sem preconceitos como mais uma mídia que serve ao propósito de enriquecer e aumentar a abrangência da produção jornalística. Para tanto, depois de realizada revisão bibliográfica – com destaque para os pensamentos de Muniz Sodré e Luiz Gonzaga Motta sobre narrativa -, serão analisadas as obras Notas Sobre Gaza, reportagem em quadrinhos de Joe Sacco, maior referência no gênero; e a brasileira Juventude: Tempo de Crescer, de Augusto Paim (texto) e Ana Luiza Goulart Koehler (arte), além da série de reportagens publicadas na seção Jornalismo em Quadrinhos da Revista Fórum, de autoria de CarlosCarlos(texto) e Alexandre de Maio(arte). Argumentamos que a linguagem dos quadrinhos usa de recursos narrativos que, ainda que não imediatamente reconhecidos como passíveis de serem usados no Jornalismo, são mais uma ferramenta para a construção do real que é a base mesmo das notícias e reportagens mais tradicionais.

Os Relatos jornalísticos

O texto traz a íntegra da primeira tese sobre jornalismo apresentada em uma universidade: De relationibus novellis, de Tobias Peucer, defendida em 1690 na Universidade de Leipzig, na Alemanha. A tese é composta por 29 parágrafos que traçam uma comparação entre o Jornalismo e a História. Analisa os tipos de relatos utilizados pela cultura ocidental desde a antiguidade, identificando o jornalismo com a perspectiva do singular. Discute a questão da autoria, da noticiabilidade , da verdade e da credibilidade; propõe critérios de seleção e restrições ao que deve ser publicado; discute a forma e o estilo dos periódicos. Na presente versão, a tese é acompanhada por um preâmbulo do tradutor brasileiro Paulo da Rocha Dias. Abstract This manuscript is a broad version of the first doctoral dissertation presented at college level: De relationibus novellis by Tobias Peucer defended in 1690 at Leipzig University, in Germany. It consists of 29 paragraphs that outline a comparison between Journalism and History. It analyzes types of accounts employed by Western culture since ancient times, identifying journalism from a singular perspective. Peucer discusses authorship, news values, truth and credibility. He offers criteria for news selection and restrictions, format and style. This version includes a foreword by the Brazilian translator Paulo da Rocha Dias. Tobias Peucer faz parte de um grupo que, na primeira metade do século XVII, começara a pesquisar e a publicar os resultados de suas investigações nas universidades alemãs. Este fato coloca a Alemanha no ponto inicial de uma rica tradição de pesquisa em jornalismo, continuada no presente século por pesquisadores insignes como Otto Groth e Max Weber. Confirma também a "Periodistika" como o primeiro e mais antigo ramo das Ciências da Comunicação e da Informação. É na Alemanha, e justamente em Leipzig, que surgiu o primeiro diário da história da imprensa, a Leipziger Zeitung. A versão em língua portuguesa da tese de Peucer que ora apresentamos* tem como base a tradução para o Catalão feita por Josep Maria Casasús, presidente da Societat Catalana de Comunicació. Casasús, por sua vez, fez uso do texto original em Latim e da versão do mesmo em alemão 1 . Cabe dizer aqui que esta tradução é o resultado de um desafio lançado por José Marques de Melo. Há muito que, ao se estudar a Zeitungswiessenschaft nos cursos de pós-graduação em Comu-nicação, faziase apenas referências à pesquisa de Tobias Peucer ou se passava a conhecê-la por meio de fontes indiretas. É, portanto, útil e opor-tuno publicar esta versão em Português, não Estudos em Jornalismo e Mídia, Vol. I Nº 2 -2º Semestre de 2004 § IV. Esta última classe ou tipo de relationes são relatos periodísticos (Relationes novellae) que contêm a no-tificação de coisas diversas acontecidas recentemente em qualquer lugar que seja. Estes relatos, com efeito, têm mais em conta a sucessão exata dos fatos que estão interrelacionados e suas causas, limitando-se somente a uma simples exposição, unicamente a bem do re-conhecimento dos fatos históricos mais importantes, ou até mesmo misturam coisas de temas diferentes, como acon-tece na vida diária ou como são propa-gadas pela voz pública, para que o leitor curioso se sinta atraído pela variedade de caráter ameno e preste atenção. § V. Agora cabe expor mais exten-samente suas origens e as causas de sua composição, para que sejam mais ple-namente conhecidas sua estrutura e sua utilidade na vida literária e cívica.

Notas para uma História do Jornalismo de Agências

Rede AlCar, 2009

O jornalismo de agências de notícias guarda particularidades e idiossincrasias até hoje pouco reconhecidas e, no contexto brasileiro, virtualmente ignoradas. Frente a este cenário, o trabalho contribui com proposições para uma pesquisa histórica sobre o jornalismo de agências, ambos nacional e internacional, particularmente contrastando os diferentes modelos adotados nas distintas realidades: EUA e Europa Ocidental, de um lado; o Leste Europeu e os países em desenvolvimento, de outro. Acredita-se, aqui, que conhecer a história do jornalismo de agências revela-se como capítulo importante para a história do jornalismo em todas as suas dimensões.

Do Jornalismo e da História à História do Jornalismo

Resumo: O texto reflete as aproximações entre História e Jornalismo estudando o percurso teórico de cada uma dessas áreas e as conexões possíveis a partir da constituição do conceito de História do Jornalismo. Tem por base os resumos das teses e dissertações de pós-graduação em Comunicação do Brasil que discutem o tema, estabelecendo primeiramente quais tratam o Jornalismo e, dentre estes, os que tematizam a História do Jornalismo. O estudo trata da formação de um campo de saber jornalístico a partir da busca por sua autonomia conjugada com o desenvolvimento conceitual e teórico da História para uma compreensão das dificuldades e potencialidades pertinentes à História do Jornalismo. Por fim, estabelece que tanto a abertura da História para os outros campos de saber quanto a falta de um objeto justificado e delimitado por parte do Jornalismo permitem a entrada de outras áreas para a composição das pesquisas em História do Jornalismo, tais como a Sociologia, a Economia, a Política, os Estudos da Linguagem etc.

Rascunhos para a história da imprensa de Rondônia: resgate do passado pelas memórias e períodos de formação dos jornais impressos

Revista Brasileira de História da Mídia, 2020

A historiografia de Rondônia tem sido periodizada em Ciclos Econômicos, especialmente, embora não haja consenso, com os Ciclos da Borracha (1870-1945), da Mineração (1950-1971) e da Colonização (1970-2010). A segmentação da história da imprensa rondoniense a partir desses três ciclos principais parece ser adequada, especialmente se considerarmos que os jornais funcionam como uma memória coletiva de uma cidade ou um estado, nos casos aqui trabalhados. Desta maneira, este texto tem como objetivo apresentar os principais jornais impressos de Rondônia, como agentes e fontes em cada período histórico, evidenciando quais deles são essenciais para se contar a história do Estado, considerando a capital e as cidades do interior. Entre os veículos, cabe destacar a permanência do Alto Madeira neste cenário ao atravessar, de modo ininterrupto, todos os momentos históricos de Rondônia, circulando por exatamente um século.Palavras-chaveHistória; Memória; Imprensa; Rondônia.

Reportagem, memória e história no jornalismo brasileiro

Mana, 2011

O presente artigo procura demonstrar de que modo mudanças recentes no exercício da profissão de jornalista estão sendo capazes de redefinir a forma como esses profissionais olham para si mesmos no presente e, consequentemente, para seu passado, para sua própria "história". Para tanto, me apoio em minha própria e em outras etnografias do jornalismo - em particular do espaço da redação - na especificidade da "notícia" e, principalmente, da "reportagem" enquanto "documento" histórico, discussão necessária para a compreensão da vinculação que se estabelece entre a "memória jornalística" e a "memória nacional"; e nos efeitos que a imposição de um "estilo jornalístico", a exigência do diploma e a reorganização do mercado de trabalho tiveram - e têm - sobre a organização e a escrita, cada vez mais sistematizada, das trajetórias consideradas exemplares para a área.