Os bastidores da comunicação de risco: a UMinho em tempos de pandemia (original) (raw)
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A pandemia na sociedade de riscos - perspectivas da comunicação
2021
Com a participação de 33 autores e autoras brasileiras e estrangeiras, com grande atuação no campo da comunicação e em outras áreas do conhecimento, este livro, composto por 20 capítulos, propõe uma análise crítica e apurada do cenário e dos desdobramentos sociais, políticos, científicos, ambientais, territoriais, culturais e humanitários da pandemia da Covid-19, no Brasil e em outros países, na perspectiva da comunicação, em seus diversos campos: comunicação de riscos; comunicação ambiental, comunicação científica; comunicação e saúde, comunicação política, comunicação comunitária, jornalismo humanitário e de paz, comunicação e linguagem; semiótica, comunicação e relações internacionais.
Comunicacao de risco a midia no papel de ator social
Revista Communicare, 2016
A comunicação de risco tem tradição de se concentrar na apresenta- ção de informações, na persuasão e na escolha de mensagens estra- tégicas. Além disso, auxilia no desenvolvimento da mensagem antes, durante e depois de eventos. A confiança pública pode e deve ser reforçada com a participação de organizações dignas de credibilidade, como as empresas de radiodifusão. Depois da tragédia na região serrana do estado do Rio, em janeiro de 2011, quando as inundações mataram mais de 900 pessoas, o governo federal anunciou um plano nacional prevendo que, até 2014, criaria o mapeamento de áreas de risco em todo o país. O projeto até hoje, dois anos depois, não foi concluído. Agora, apresentamos a questão jornalística: como não esquecer as promessas, feitas em momentos de crise como a citada, e ga- rantir cobertura efetiva do que está sendo feito em matéria de defesa civil, mes- mo durante a estação seca, quando os riscos são mínimos?
A pandemia na sociedade de risco: perspectivas da comunicação
2021
Ficha catalográfica elaborada por Heliane Maria Idalino Silva-CRB-15ª/368 P189 A pandemia na sociedade de risco: perspectivas da comunicação [Recurso Eletrônico]/ Organizadores: Cilene Victor; Cidoval Morais Sousa.-Campina Grande/PB: EDUEPB, 2021. Sumário Agradecimentos 11 Apresentação 13 Capítulo 1 Três faces da educação na pandemia brasileira Lucia Santaella 23 Capítulo 2 Uma mudança inesperada nas aulas presenciais para o virtual-Dilemas e lições das aulas pós-Covid-19 no Irã Mahdy Yusofi 43 Capítulo 3 Covid-19 nas mídias: sentidos e afetos em novas formas de sociabilidade Kátia Lerner, Janine Miranda Cardoso e Tatiana Clébicar 57 Capítulo 4 Sobre narrativas e instituições no estado de Polycrisia Georgios Kostakos 93 Capítulo 5 Inferencias en Pandemia-"una fragmentación anunciada" Pedro Russi 107 Capítulo 6 Ansiedade em relação à morte, estratégias de regulação emocional e qualidade de vida entre adultos iranianos durante a pandemia de Covid-19: um estudo transversal de acordo com características demográficas Masoud Asadi, Mohsen Nazarifar e Mohammad Niroumand Sarvandani 131 Capítulo 7 Fixação de crenças em torno de desinformação no contexto da infodemia Geane Carvalho Alzamora 165 Capítulo 8 Para além de fake news: os complexos processos desinformativos em tempos de pandemia Ana Lúcia Medeiros 181 Capítulo 9 O status social da pandemia de coronavírus na perspectiva dos meios de comunicação na sociedade iraniana Azam Jafari Malvajerdi e Masoud Khordechi 205 Capítulo 10 Semiótica humanitária: Jair Bolsonaro e a Covid-19 Roberto Chiachiri 215 Capítulo 11 A invisibilidade midiática da África na pandemia da Covid-19-Uma análise em perspectivas etnomidialógica, decolonial e necropolítica Ricardo Alexino Ferreira 241 Capítulo 12 A Cobertura da Covid 19 e a solução do Jornalismo de Paz Steven Youngblood 257 Capítulo 13 Jornalistas e a lesão moral na pandemia-comunicação de riscos antes do jornalismo humanitário e de paz Cilene Victor 293 Capítulo 14 Jornalismo, fontes científicas e controvérsias na fabricação das incertezas Márcia Franz Amaral e Elise Azambuja Souza 333 Capítulo 15 Complexidade versus pós-verdade na pandemia-Um chamado à razoabilidade Kalynka Cruz-Stefani 367 Capítulo 16 A pandemia e a sociedade de risco na mira da Intercom: análise dos artigos do congresso nacional 2020 Arquimedes Pessoni e Thiago Passaro 389 Capítulo 17 Quando as saídas estão no próprio labirinto: a comunicação dos riscos em saúde Cidoval Morais de Sousa 417 Capítulo 18 O final dos outros: Covid-19, meios de comunicação e risco societal
Silêncio na redação – a saúde mental de jornalistas na abordagem da comunicação de riscos
Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde
Desde a década de 1990, o psiquiatra sul-africano Anthony Feinstein tem abordado o tema da saúde mental de jornalistas na cobertura de tragédias humanitárias, com foco no Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT) e em moral injury (lesão moral), definido como uma ferida na alma. Em 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, o artigo “The covid reporters are not okay. Extremely not okay”, da jovem jornalista Olivia Messer, trabalhando on-line, chamou a atenção não apenas para o tema da saúde mental dos repórteres, como também para a invisibilidade do assunto. Este artigo objetiva investigar como a comunicação de riscos pode contribuir para descortinar e enfrentar os riscos à saúde mental de jornalistas no Brasil, especialmente no contexto das redações híbridas e da plataformização do jornalismo, um dos campos que compõem o referencial teórico em seu cruzamento com a comunicação de riscos e a psiquiatra. A metodologia contempla a pesquisa bibliográfica nessas três áreas, a platafo...
A mídia em meio às ‘emergências’ do vírus Zika: questões para o campo da comunicação e saúde
Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 2016
Típico caso de um vírus emergente, o Zika havia circulado de forma restrita quando chegou ao Brasil, onde acabaria por se tornar parte de uma emergência em saúde pública e um tema com fortíssima presença nos meios de comunicação em 2015. Este artigo baseia-se em um trabalho realizado no contexto do Observatório Saúde na Mídia, no qual traçamos uma linha do tempo com os principais pontos da escalada de atenção sobre o vírus Zika na mídia brasileira em 2015, incluindo a cobertura midiática e os anúncios oficiais. Confrontamos essa linha do tempo com uma análise de capas de nove jornais impressos publicados nos meses de novembro e dezembro de 2015, período em que o Ministério da Saúde admitiu a possível correlação do vírus com o aumento de casos de microcefalia no país. Enfocamos referências a medo e risco e propusemos algumas reflexões sobre a relação entre a comunicação e a saúde.
A Umbanda na encruzilhada da Comunicação
O principal objetivo da minha fala é apresentar a Umbanda como campo de pesquisa da Comunicação, mas, principalmente, como um lugar do incomum. Um espaço localizado entre o físico – e toda rede semântica que orbita o sentido do termo tais como o tangível, o corporal, o racional, o científico, o real – e o metafísico – e, da mesma forma, palavra que abriga toda a semanticidade de termos como o abstrato, o espiritual, o irracional, o mágico, o intuitivo. Adentro os caminhos já traçados por Dravet (2016) que aponta para o fenômeno brasileiro da incorporação situado “[...] no limiar entre sensação e sentido, ou seja, entre algo corporal e algo intelectual que implica tanto o imaginário quanto a linguagem enquanto sistema de representação e apresentação de uma só vez” (p. 02). Assim, proponho um olhar interdisciplinar para a Umbanda em seu potencial, criativo, diegético e comunicativo apreendido a partir do seu ritual e das diferentes mediações entre corpo e linguagem – representada por discursos, falas, movimentos corporais, gestos, expressões faciais, vocalizações, sons, músicas, odores, tactilidades. Em outras palavras, o terreiro é espaço do estético, em seu significado amplo, quando todos os sentidos do corpo e suas sensações se abrem para um tipo de conhecimento que se dá por textos imaginativos. Textos que se encontram no fluxo da corrente, entre duas margens, o corpo (natural, sensorial, instintivo) e a razão (cultural, linguageira, intelectual), enfim, o que Dravet (2016, p. 02) chamou de “abismo” não como um vazio, mas como “[...] uma possibilidade para o Aberto, a mística e a metafísica”.
Desafios da comunicação em tempo de pandemia: um mundo e muitas vozes
Intercom, 2020
Esta coletânea, no formato de e-book, Desafios da comunicação em tempo de pandemia: um mundo e muitas vozes, organizada por Nair Prata, Sônia Jaconi e Genio Nascimento, é resultante de vinte encontros promovidos pela Cátedra Intercom, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), por meio de lives realizadas entre os meses de maio e junho de 2020.
Uma união de factos contemporânea: Jornalismo e situações de risco
Territorium, 2007
A escrita jornalística é por natureza conflitual. Gosta do confronto e, nesse sentido, dramatiza os acontecimentos, criando um clima de tensão com o objectivo de tocar o leitor e o prender ao texto. O risco, por seu lado, tornou-se num conceito central do debate público. Como é que as sociedades democráticas contemporâneas devem lidar com tais situações? Um dos caminhos é o exercício da verdade, da abertura e da confiança entre todos os actores envolvidos no processo.
SUS na mídia em contexto de pandemia
Saúde em Debate
RESUMO A pandemia da Covid-19 produziu novas demandas por serviços nos sistemas de saúde no mundo inteiro. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ser objeto do interesse dos meios de comunicação, que realizaram esforços de cobertura das ações governamentais e da capacidade do sistema no controle da pandemia. Este estudo objetiva analisar matérias do jornal ‘Folha de São Paulo’ (FSP), quanto aos sentidos produzidos sobre o SUS na pandemia de Covid-19. Foram analisadas 231 matérias, dentre as 524 publicadas no período de janeiro a maio de 2020, obedecendo aos critérios de inclusão estabelecidos. O corpus foi categorizado em quatro sentidos: SUS constitucional, SUS problema, SUS em disputa e SUS atuante. A diversidade de sentidos atribuídos ao SUS aponta a necessidade da ampliação de captura das dimensões do SUS.