Narrativas e agência (original) (raw)

Acerca Das Aporias Da Narrativa Jornalística

ÂNCORA - Revista Latino-americana de Jornalismo, 2018

Demarcando-se das abordagens críticas, muito frequentes nos estudos de comunicação, este artigo pretende mostrar que as narrativas jornalísticas pertencem ao conjunto das atividades intersubjetivas que as pessoas realizam para constituírem a sua experiência do tempo e, deste modo, resolverem em cada situação concreta, as suas aporias. Para isso, dedica a primeira parte à descrição dos dispositivos indexicais e sintáticos que as pessoas mobilizam para formarem os enredos das histórias que contam umas às outras.

Narrativa e comunicação organizacional

Organicom, 2017

O presente ensaio visa apresentar as contribuições da abordagem narrativa/narratológica à comunicação das organizações. Para tanto, analisa-se a evolução da perspectiva narrativa, dos estudos literários até sua introdução no domínio das ciências humanas e sociais, destacando, especialmente, a abordagem narratológica da comunicação organizacional (D’ALMEIDA, 2001). Finalmente, apresentam-se exemplos e aplicações de tal abordagem no contexto organizacional, almejando, com isso, demonstrar a pertinência dos estudos narrativos ao campo profissional e científico da comunicação organizacional.

Teorias sociais sobre agência

2021

Nos estudos sobre as vivências das mulheres, por vezes enxergamos puramente subordinação; outras vezes vislumbramos demasiado voluntarismo. É possível uma agenda de pesquisa feminista que realize investigações com mulheres escapando de concepções ontológicas que as tomam universalmente como vítimas, sem capacidade de agir e escolher, ou, outras vezes, atomizadas e com elevada capacidade de transformação? A presente proposta trata da problematização sociológica a respeito das teorias da agência em busca de formulações capazes de orientar estudos que abordam a autonomia de mulheres em situação de pobreza. Partimos das perspectivas críticas feministas, embasando-nos em discussões travadas por intelectuais de diferentes nacionalidades e matizes teóricos que buscaram apresentar um novo ponto de vista acerca dos olhares que emergiram sobre o indivíduo e a individualidade na modernidade. Temos como objetivo informar investigações sobre a autonomia das mulheres em situação de pobreza, em g...

Narrativas no divã

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Narrativasdeviagem

"Aqueles que viajam à procura de conhecimento estarão no caminho de Deus até o seu retorno."

Narrativa e historia de si contadas em análise

Revista Reverso , 2020

Este artigo surge através de questões sobre as fronteiras instáveis entre psicanálise e história. Todos têm alguma questão sobre o valor da vida, a sexualidade e a morte, este é um ponto relevante, pois o que é possível obter como resposta é a narrativa de uma história. A história surge no atendimento clínico: todos têm algum tipo de história cotidiana a narrar. É inevitável contar, mas isso também conduz ao que é inenarrável. A concepção de história que se pesquisa neste artigo é capaz de suportar o equívoco; a história passa a ser algo que comporta o sem sentido, o sem nome, o impossível e a possibilidade de morte. A história também abarca o indizível. É emergência do novo e interrompe o tempo. O que seria uma concepção de história capaz de incluir a psicanálise? Até que ponto se faz necessário aproximar verdade, inconsciente Real e história, e por essas fronteiras se verificar possível reflexão? Por fim, um impasse: a história – apartada e íntima da psicanálise

Narrativa e experiência: relações familiares e amorosas no filme Cão sem dono

Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2022

Trataremos de aspectos do longa-metragem Cão sem dono, dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca, procurando analisar sua estruturação narrativa e relação com a série social, com especial atenção à representação das relações familiares. Buscaremos abordar a obra com base na narratologia, a partir, sobretudo, das categorias personagem, narrador e focalização. Pretendemos ainda dialogar, de maneira pontual, com aspectos da fortuna crítica jornalística da obra.

Jornalismo Narrativas e Escândalos

Narrativa e Media: Géneros, Figuras e Contexos

O trabalho sobre Jornalismo, Narrativas e Escândalos é uma tentativa de compreender os escândalos mediáticos à luz dos pressupostos da teoria da narrativa. Com efeito, num primeiro momento procuraremos definir o conceito “escândalo” e identificar as suas características tendo em conta o contributo dos principais autores que trabalharam o fenómeno. Posteriormente, iremos tecer algumas considerações sobre as relações entre o escândalo mediático e a narratologia, estabelecendo um quadro teórico que nos possibilitará, no terceiro ponto deste ensaio, realizar uma análise pragmática do escândalo Face Oculta, colocando em evidência o valor expressivo do escândalo enquanto narrativa mediática. Na nossa perspetiva, os escândalos podem ser interpretados como narrativas que têm um enredo, episódios principais e secundários, personagens que realizam papéis ou funções na trama e efeitos poéticos ou estéticos inerentes às estratégias enunciativas do jornalista no momento de reconfigurar o acontecimento numa experiência mediática.

Narrativa

Educação & Realidade, 2012

As histórias, como vias de compreensão da condição humana, têm preocupado a Filosofia desde Aristóteles. O artigo, baseado em uma visão afirmativa da narratividade (Ricoeur, Rorty e MacIntyre), elabora a ideia de que a resistência à narratividade em nome de modelos redutores de cientificismo deverá ceder à compreensão de que a verdade histórica tanto é propriedade do chamado conhecimento objetivo, como do conhecimento narrativo. Num diálogo crítico entre a poética aristotélica e leituras hermenêuticas contemporâneas, discute as relações entre verdade narrativa e memória; ficção e história; catarse e testemunho; identidade narrativa e responsabilidade moral. Considerando as possibilidades de narrativa interativa e não-linear da era digital, a narrativa é considerada um convite à responsividade ética e poética.