Uso de reatores em batelada operados em série inoculados com fungo basidiomiceto para remoção de corante (original) (raw)
2012, Vii Connepi Congresso Norte Nordeste De Pesquisa E Inovacao
Resumo: O importante cenário que a indústria têxtil representa no Brasil insere um quadro de grande produção com consequente aumento de insumos e geração de resíduos, principalmente, os líquidos. Estes resíduos apresentam alta toxicidade e podem interferir em toda a ecologia do ambiente caso seja lançado inadvertidamente. A busca de novas tecnologias eficientes e com relação custo benefício boa é o foco da atualidade. Frente a isso, o uso de fungos na biorremediação de efluentes coloridos têm mostrado resultados promissores que norteiam a sua aplicação para o tratamento destes resíduos. O objetivo deste trabalho foi usar dois reatores em bateladas sequenciais, operados em série e inoculados com o fungo Phanerochaete chrysosporium para remoção de corante Vermelho do Congo, sob a influência da presença de glicose como cossubstrato, na concentração de 1g/L, no reator R1 e de 0,5g/L, no reator R2. Os reatores foram monitorados através da medição analítica do valor de pH, e das concentrações de corante, demanda química de oxigênio, amônia, nitrato e fósforo total. Foi realizada a atividade da enzima manganês peroxidase. Ao final de 10 ciclos estudados, registrou-se 95% de remoção global de corante, 80% de matéria orgânica, 76% para amônia, 88% para nitrato e 8% para fósforo total. A enzima manganês peroxidase se manteve em níveis basais no meio mineral apresentando valor médio de 2,6 µmol/min no reator R1 e 2,3 µmol/min no reator R2. A aplicação de reatores em série propiciou uma maior mineralização do corante e aumento da remoção percentual de amônia, nitrato e matéria orgânica, indicando assim a viabilidade do uso de reatores biológicos com fungos para o tratamento de efluentes têxteis.