CERCO MIDIÁTICO: O lugar da esquerda na esfera “pública” (original) (raw)

Esferas publicas no entorno da midia

Mutações da esfera pública, 2009

Esta pesquisa buscou, por meio da utilização extensa e rigorosa do método qualitativo, delinear as condições de formação da esfera pública, em suas expressões de visibilidade e de debate público, como modos de construção da opinião política no entorno do sistema de mídia televisiva, utilizando para isso o contexto eleitoral da disputa pela Prefeitura de Catalão, Goiás, no ano de 2008. Palavras-chaves: esfera pública; visibilidade pública; debate público; recepção de TV; comunicação e eleições. Introdução A problemática da esfera pública brasileira tem sido desenvolvida, de forma bastante produtiva, no campo de estudos de comunicação e política, nas últimas duas décadas. A partir das contribuições de outros, têm trabalhado este conceito como um núcleo fundamental para estudos das relações entre mídia e sociedade, no contexto da recente consolidação da democracia no Brasil. É neste âmbito de contribuições que este trabalho busca se inserir. Trata, portanto, este artigo de um esforço direcionado para a elaboração teórica do conceito de esfera pública, a partir de observações feitas da relação entre mídia e esfera pública, num caso específico de processo eleitoral.

UMA ANÁLISE COMUNICACIONAL MEDIADA PELO DISCURSO MIDIÁTICO DA EXPOSIÇÃO: DIMENSÃO VERBAL E NÃO VERBAL

Simpósio de Educação em Ciência na Amazônia (Secam) , 2018

Resumo: A pesquisa em espaço de educação não formal em ciências normalmente é feita por abordagem educativa e comunicacional, ou ambas. O estudo do espaço pode ser visto como discurso midiático (meio) para alcançar metas de alfabetização/ letramento científico. Nesse artigo, nosso objetivo é fazer uma tessitura inicial de análise do espaço de educação não formal e dos artefatos para investigação científica em educação em ciências considerando uma abordagem de comunicação verbal e não verbal. Para isso, utilizamos a proposta dos três "I" de planejamento de artefatos, baseada na prática do usuário respalda nas teorias de H. Dooyeweerd das estrutu-ras de individualidade e aspectos modais da realidade para análise do ambiente de exposição científica. Para os artefatos de comunicação museal utilizamos a teoria de análise não verbal persuasiva de Brait. Percebemos pela proposta, que há elementos explícitos e implícitos nos aspectos modais que influenciam a comunicação nas suas dimensões (discursos) verbal e não verbal. Além disso, a comunicação ideológica da exposição, enquanto designer das estações de visitas, pode dialogar ou impor o seu discurso ideológico, bem como a necessidade de conhecer o perfil ideológico do pú-blico da visita para promoção da alfabetização/letramento científico. Palavras-chave: Divulgação científica, educação não formal, análise de discurso. Abstract: Research in non-formal education space in sciences is usually done through an educational, communicational approach, or both. The study of space can be seen as mediatic discourse (means) to reach goals of scientific literacy. Our aim is to make an initial analysis of the space of non-formal education in sciences and of the artifacts for scientific investigation in science education in the approach of verbal and non-verbal communication. In order to do this, we use the proposal of the three of artifact planning based on the I's practice, based on H. Dooyeweerd's theories of individuality structures, modal aspects of reality and scientific exhibition; for museum communication artifacts we use Brait's non-verbal persuasive analysis theory. We can see that there are explicit and implicit elements in the modal aspects in which they influence communication in their verbal and nonverbal dimensions. Likewise, the ideological communication of the exhibition, as designer of the visiting stations, can dialogue or impose their discourse ideological, as well as the need to know the ideological profile of the visiting public to promote literacy.

“Música en Onda”: a esquerda chilena na disputa pelo público jovem (1971-1973)

Até 1971, inexistiam no Chile revistas de esquerda direcionadas à juventude, mas a necessidade de disputar o mercado com a oposição no contexto do governo da Unidade Popular (1970-1973) estimulou a criação de Onda. A revista foi publicada semanalmente entre setembro de 1971 e setembro de 1973, totalizando 53 números. Produzida pela División de Publicaciones Infantiles y Educativas da recém-estatizada Editora Nacional Quimantú , Onda abordava temas variados, sendo os mais recorrentes: música, moda feminina, vidas das celebridades, drogas, sexualidade e política. A temática musical foi abordada em Onda em espaços diversos. As fotografias de solistas e conjuntos ocuparam a maior parte de suas capas e pôsteres, ao passo que cada edição trazia uma grande quantidade de artigos, entrevistas e notícias sobre os gêneros musicais cultivados dentro e fora do país, os discos de maior êxito comercial e as opiniões dos artistas sobre diferentes assuntos. Também havia seções especificamente dedicadas ao cenário musical – caso de “Algo sobre discos” (depois renomeada “Discos”); “Ranquin”; “Onda en guitarra” (posteriormente “Música en onda en guitarra” e por fim “Onda en guitarra”); e “En onda comenta: Ricardo García”. Por meio da análise do conteúdo publicado dentro e fora dessas seções, buscaremos compreender como a música foi utilizada na “batalha ideológica” levada a cabo pela revista. Interessa-nos, em especial, observar como o movimento da Nova Canção Chilena aparece ali representado, em relação aos demais gêneros musicais abarcados nas matérias. Temos por hipótese que houve uma tendência a mesclar cada vez mais, em suas páginas, os diferentes estilos em voga dentro e fora do país, distanciando-se da visão maniqueísta predominante nos discursos da esquerda. Por um lado, a ênfase crescente nos hits expressava a intenção de disputar espaço com revistas como Ritmo de la Juventud; por outro, a presença frequente da canção engajada colaborava para difundir o gênero a um público juvenil mais amplo. Conforme destaca o portal Memoria Chilena, o jingle utilizado para promover a revista, “curiosa peça que no gênero rock interpretada pelos Amerindios, um conjunto de raiz folclórica latino-americana vinculado ao movimento da Nova Canção Chilena e um dos mais comprometidos com o projeto da Unidade Popular”, exemplifica esta tática de aproximação do discurso social e político em relação à juventude, constituindo-se no “melhor reflexo da mescla de estímulos que viveram os jovens sob o governo de Salvador Allende”.

MAQUIAVEL NA POLÍTICA MIDIÁTICA BRASILEIRA - PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COMUNICAÇÃO ELEITORAL E MARKETING POLÍTICO

MAQUIAVEL NA POLÍTICA MIDIÁTICA BRASILEIRA, 2014

O artigo científico compara os ensinamentos do pai da Ciência Política, Nicolau Maquiavel, que foi escrito há 500 anos, com as táticas atuais de Campanhas Eleitorais, que começaram a ser desenvolvidas no Brasil a partir da redemocratização do país, em 1985. Planejamentos e o uso midiático que vêm sendo usados desde o nascimento de cada veículo de Comunicação. Esta é uma compilação de experiência empírica, bem como as registradas em obras impressas, audiovisuais etc. O artigo pretende demonstrar que há a necessidade de mudanças na abordagem do eleitor. Para isso, seria necessário, primeiro, tirar este eleitor da ignorância política, como já dizia Berthold Brecht no século passado. Tratamos aqui de uma forma provinciana de se ‘fazer política’ no Brasil. O velho ‘clientelismo’ ainda tem um espaço ‘gigante’ em nossa sociedade, que aos poucos troca a velha fórmula de ‘currais (ainda) eleitorais’ por ‘Bolsa Família’, um instrumento válido, mas que ainda tem que ser amadurecido, melhorado e quem sabe chegar à ajuda de custo de países desenvolvidos, sem constrangimentos ou preconceitos.

A preponderância da “sociedade política” no período populista brasileiro

2010

Este texto é fruto de um traba-lho conjunto de alunos e professor na disciplina monográfica sobre GRAMSCI, realizada por este curso de pós-graduação. Seu objeto imediato se resumiria na constatação da existên-cia ou não de um processo de constru-ção de um poder hegemônico a partir da sociedade civil brasileira, no pe-ríodo populista de 1945-64.

JOVEM, CONSUMO MIDIÁTICO E CONVERGÊNCIA: PANORÂMICA SOBRE O CENÁRIO SOTEROPOLITANO

Este estudo é parte de uma pesquisa dedicada ao mapeamento e análise da produção audiovisual do estado da Bahia produzida para a internet, que investiga os usos e apropriações de recursos multi-midiáticos e tecnológicos por jovens da cidade de Salvador, além dos modos de circulação e consumo dos conteúdos por eles produzidos. Partimos dos estudos sobre recepção e consumo de Canclini (2010); Jenkins (2009; 2013), Silverstone (2002) e Certeau (1998). Palavras-chave: consumo, audiovisual, internet, juventude. COMO CITAR: GOMES, Regina; SANTOS, André Bomfim dos. Jovem, consumo midiático e convergência: panorâmica sobre o cenário soteropolitano. In: Encontro SOCINE, 18., 2014, Fortaleza. Anais eletrônicos... São Paulo: SOCINE - Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2015. Disponível em: http://www.socine.org.br/anais/2014/AnaisDeTextosCompletos(XVIII).pdf. Acesso em: 22 nov. 2015. ISBN: 978-85-63552-16-7 Abstract: This study is part of a research dedicated to mapping and analysis of the audiovisual production made in Bahia and produced for the internet. It explores the uses and appropriations of multi-media and technological resources by the youth in Salvador, as well as modes of circulation and consumption of the content produced by themselves. Considering as starting point, studies on reception and consumption of Canclini (2010); Jenkins (2009; 2013), Silverstone (2002) and Certeau (1998). Keywords: consume, audiovisual, internet, youth.

A Jurisprudência sobre os “Rolezinhos” e a Crise da Dicotomia Público-Privado

RFD- Revista da Faculdade de Direito da UERJ

O presente artigo, a partir da análise da fundamentação de decisões liminares em primeira instância e de agravos de instrumento julgados pelos Tribunais de Justiça dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro sobre os casos dos “rolezinhos”, procura verificar se seria possível notar uma abertura da jurisprudência para categorias jurídicas mais complexas, ou se utilizam como suporte a dicotomia público – privado, cujo potencial explicativo e adequação para operação do direito são objetos de fortes questionamentos em um contexto caracterizado por crescente complexidade social e profundas transformações no Estado e na normatividade jurídica.

Entre o público e o privado: por uma rediscussão de "Mudança Estrutural da Esfera Pública

Resumo: O presente artigo pretende discutir, no ensejo do aniversário da obra Mudança Estrutural da Esfera Pública, de Jürgen Habermas, a atualidade da categoria de esfera pública, seja à luz da investigação inicial promovida pelo filósofo alemão, seja a partir de seus interlocutores, como John Rawls e de outros referenciais teóricos, com especial ênfase em Axel Honneth. Objetiva-se, com isso, render justa homenagem ao pensador, voz permanente nos debates de seu tempo, além de aprofundar as reflexões por ele iniciadas acerca desse tema.