Utilização de leguminosas nativas e exóticas na recuperação de solos degradados da Zona da Mata de Pernambuco (original) (raw)
2012, Vii Connepi Congresso Norte Nordeste De Pesquisa E Inovacao
A crescente multiplicidade de solos degradados nas regiões tropicais, em decorrência de diversas ações antrópicas, exige que as atividades de pesquisa sejam direcionadas para geração de conhecimentos científicos e tecnológicos adequados à realidade sócio-econômica-ambiental destas áreas. Neste contexto, o presente trabalho avaliou o desenvolvimento de leguminosas nativas e exóticas inoculadas com rizóbio e fungos micorrízicos arbusculares e plantadas em solo degradado proveniente do município de Vitória de Santo Antão, localizado na Zona da Mata de Pernambuco. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se o delineamento experimental em blocos inteiramente casualizados com 9 tratamentos (T1: sem inoculação e sem adubação; T2: adubação nitrogenada; T3: adubação fosfatada; T4: inoculação rizóbio + micorriza; T5: inoculação com rizóbio); T6: inoculação rizóbio + adubação fosfatada); T7: inoculação com micorriza; T8: inoculação micorriza + adubação nitrogenada; T9: adubação fosfatada + adubação nitrogenada), 5 espécies de leguminosas (sabiá (Mimosa caesalpinaefolia), Leucena (Leucaena lecocephala), Algaroba (Prosopis juliflora), Sucupira (Bowdichia virgiloides), Sesbania (Sesbania exasperata)) e 4 repetições, totalizando 180 parcelas. Para análise dos resultados foi feita análise de variância e comparação das médias dos tratamentos pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os parâmetros considerados na análise relativos ao desenvolvimento das plantas foram: altura, diâmetro e produção de matéria seca. Os resultados obtidos indicaram que para as leguminosas exóticas algaroba, leucena e sabiá, os parâmetros de desenvolvimento não foram afetados pela dupla inoculação (rizóbio + fungos micorrízicos arbusculares). Já, nas leguminosas nativas sesbania e sucupira, a dupla inoculação beneficiou o desenvolvimento destas plantas. Neste contexto, conclui-se que, as espécies florestais nativas sesbania e sucupira, quando inoculadas com rizóbio e micorrizas, apresentam grande potencial para uso em programas de recuperação de solos degradados em condições similares às da Zona da Mata pernambucana.