Manana Uanhenga Xitu (edição crítica) (original) (raw)
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AS POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO TEÓRICO: SENTIDOS E SIGNIFICADOS PRODUZIDOS PELOS ADOLESCENTES E JOVENS DO ENSINO MÉDIO , 2020
This thesis seeks an approximation to the debates about the teaching and learning process of / for adolescents and young people, with a view to promoting their conditions for the development of theoretical thinking, which is the expanded capacity to understand reality and oneself, in relation to others and the world. The objective is to analyze, from the senses and meanings expressed by adolescents and young people studying in high school, the study process in which they are inserted, providing the conditions that favor the development of theoretical thinking. The theoretical underpinnings of this research are anchored in authors based methodologically on Historical Materialism and on the dialectical understanding of social practice, such as:
Laudatio de Agostinho André Mendes de Carvalho (Uanhenga Xitu), escritor e nacionalista angolano
Revista Angolana de Sociologia, 2013
, neste ano, 90 anos de vida. Coube ao sociólogo José Carlos Venâncio, um dos académicos que tem trabalhado a obra literária de Uanhenga Xitu, proferir o elogio do doutorando. O texto que se segue é a Laudatio então proferida na cerimónia, que teve lugar nas instalações da Universidade Metodista de Angola, na Funda (arredores de Luanda). Laudatio 2 É já longa a amizade que me une ao escritor, político e nacionalista angolano Agostinho André Mendes de Carvalho, igualmente conhecido (sobretudo no mundo das letras) por Uanhenga Xitu. Remonta ao Outono de 1986, quando o próprio, então embaixador na República Democrática Alemã, se deslocou a Frankfurt, mais propriamente à famosa Feira do Livro desta cidade, para receber, em nome do poeta e amigo António Jacinto, o "Noma Laudatio de Agostinho André Mendes de Carvalho (Uanhenga Xitu), escritor e na...
Universo mítico-religioso kimbundu e trânsitos culturais em Uanhenga Xitu
Introdução Este artigo promove uma discussão sobre o universo mítico-religioso do interior angolano de finais do século XIX até meados do século XX, a partir da análise da obra Vozes na sanzala (Kahitu), publicada em 1976 pelo escritor angolano Wanyen-ga Xitu (Uanhenga Xitu na versão aportuguesada), também conhecido pelo nome português de Agos-tinho André Mendes de Carvalho. Importa-nos analisar de que forma aspectos mítico-religiosos desse universo banto (sobretudo AkwaKimbundu), como os " gênios da natureza " (kiandas e kitutas) e os sacerdotes (kimbandas e kilambas), transitam no cotidiano e imaginário social daquele espaço em transformação, por conta da chegada dos portugue-ses e de novas matrizes socioculturais cristãs. AkwaKimbundu é como se autodenominam os povos que atualmente habitam as regiões de Luanda, Bengo, Cuanza Norte, Cuanza Sul e Malanje. Em kimbundu, Akwa quer dizer " os " , " os de " , " os per-tencentes a " , e que, junto à palavra kimbundu, quer dizer " os falantes do Kimbundu " , " os do Kimbundu " ou ainda " os pertencentes ao Kimbundu ". Assim, neste artigo, usaremos AkwaKimbundu para nos re-ferir a povo e Kimbundu quando nos referirmos ao complexo povo-língua-universo cultural. 1 Vozes na sanzala pode ser entendido como uma memória social dos AkwaKimbundu, trans-mitido por um de seus " mais velhos " , pois, como Xitu salienta, " cada um de nós, 'os mais velhos' que na nossa terra existem, resume em si a memória de centenas de anos. Cada dia mais rica, porque vi-vemos hoje mais tempo do que viviam os nossos avós " (Xitu, 2014 [1998], p. 18). Sua história central é clássica nos estudos an-tropológicos e diz respeito à não observância de
Ao Som do Urucungo - texto final
Este livro é destinado tanto aos professores de História e áreas afins que se interessam pela capoeira como aos mestres, professores, alunos e simpatizantes da capoeira que se interessam por História. Procura despertar a atenção para uma abordagem atual sobre a história dos africanos no Brasil e seus desdobramentos, tão importantes para a formação da cultura brasileira e, mais especificamente, para a “invenção” da capoeira.
RESENHA do livro Jinga de Angola
Revista da Associação Brasileira de Estudos Africanos - AbeÁfrica, 2019
RESENHA do livro Jinga de Angola: A Rainha Guerreira da África, de autoria de Linda M. Heywood
APRÍNGIO, Comentário ao APocalipse. Edição crítica
2007
Edição crítica do Tractatus in Apokalipsin, bispo de Beja (Pax Julia, 531-560). Em coautoria: Isidro P. Lamelas - Júlio da Cunha Antunes. A presente edição e estudo, oferece ao leitor a primeira edição bilingue, com tradução portuguesa.
Resenha Banquete de Xenofonte - Crítica na Rede
pp. Puxar É notória a falta de boas traduções das obras clássicas em língua portuguesa. Editoras universitárias muitas vezes oferecem boas traduções de clássicos, comentadas e anotadas, mas, infelizmente, por via de regra essas editoras têm uma distribuição deficiente e, por essa razão, trabalhos de pesquisadores competentes e dedicados se perdem no esquecimento. Então, como meio de superar essa situação e efetivamente difundir pesquisas, trabalhos acadêmicos e traduções de clássicos, algumas editoras universitárias e grupos de pesquisa começaram a oferecer tais obras gratuitamente pela internet aos interessados, em formato PDF. Exemplo disso é a biblioteca virtual Classica Digitalia da Universidade de Coimbra, que publicou uma série de traduções clássicas e trabalhos acadêmicos relativos aos estudos clássicos, simultaneamente comercializando-os no formato tradicional e oferecendo-os para descarga gratuita em PDF. Entre esses trabalhos temos a satisfação de ver obras de Xenofonte traduzidas por Ana Elias Pinheiro, que se incumbiu da tarefa de verter para o português não só as Memoráveis e a Apologia de Sócrates, mas também o célebre Banquete de Xenofonte, tradução acerca da qual faremos aqui uma breve recensão. A tradução do Banquete de Xenofonte é apresentada numa edição conjunta com a Apologia de Sócrates, do mesmo Xenofonte. No prefácio, José Ribeiro Ferreira observa que era uma das metas da comissão organizadora do VIII congresso da International Plutarch Society (2008) a publicação de traduções fidedignas de obras gregas e latinas relacionadas com o tema e ainda sem tradução, contando-se entre essas as referidas obras de Xenofonte. Na introdução da obra (p. 13), Ana Elias Pinheiro começa por tratar da instituição do banquete (symposion) na Grécia clássica, observando que nele havia um momento consagrado às discussões de ordem cultural. Tal era a importância do symposion como instituição social que dele se originou um gênero literário específico, do qual fazem parte obras como a homônima de Platão, o Banquete dos Sete Sábios e No Banquete, de Plutarco, além de No Banquete, do imperador Juliano. Ana Elias Pinheiro apresenta então o contexto, o cenário, a data dramática e as figuras do diálogo. O banquete tem como cenário a casa do milionário Cálias (que, como personagem, aparece como anfitrião também em Platão, no Protágoras) e como pretexto a vitória no pancrácio de Autólico, filho de certo Lícon, talvez um dos acusadores de Sócrates. De seguida, Ana Elias Pinheiro trata da relação entre Xenofonte e Sócrates, observando que Panécio de Rhodes (segundo Diógenes Laércio, 2.64) incluía os diálogos de Xenofonte entre os diálogos socráticos dignos de crédito. Mais adiante (p. 20), Ana Elias Pinheiro observa que "pese embora Diógenes Láercio, em 2.58, o ter incluído no rol dos filósofos, a verdade é que Xenofonte não escreveu tratados filosóficos". Aceitar isso ao pé de letra seria retirar também Platão do rol dos filósofos, por não ter também escrito tratado algum que nos tenha chegado. Porém creio que a tradutora quer referir-se a uma opinião muito difundida ao longo dos séculos XIX e XX em relação a Xenofonte, qual seja, que não era propriamente um filósofo e que não compreendeu como Platão o pensamento socrático. Entretanto, os pesquisadores divergem quanto a essa questão, e penso que Ana Elias Pinheiro deveria ter-se referido a isso tendo em vista a necessidade de apresentar ao leitor o estado atual dos questionamentos relativos ao tema.