Notas para (re)ver as relações entre o feminino e o masculino nos longa-metragens de Jorge Furtado (original) (raw)

Notas sobre gênero em O Capital de Marx

Cadernos Cemarx, 2018

Silvia Federici propõe-se a resgatar as análises de Marx a respeito de gênero e trabalho em O Capital, fazendo uma avaliação da ambiguidade da contribuição de Marx. Segundo a autora, por um lado, Marx avaliou criticamente as relações entre o desenvolvimento do capitalismo e a exploração do trabalho operário feminino no período de surgimento da industrialização. Além disso, a autora identifica na crítica do trabalho no capitalismo uma referência importante para a formação da crítica feminista. Por outro lado, Federici mostra os diversos limites da abordagem de O Capital a respeito do problema do gênero. Dentre os tópicos apontados, destacam-se: (1) a ausência de uma abordagem analítica, e não apenas meramente descritiva, dacondição da mulher nas fábricas; (2) a omissão do papel do trabalho reprodutivo como um pilar do modo de produção capitalista; (3) a crítica à leitura de Marx que via no capitalismo um caminho necessário para criação das condições de emancipação da mulher; (4) e, p...

ÀS MARGENS: NOTAS ESCRITAS ENTRE A FILOSOFIA E A SEXUALIDADE

Revista Ártemis, 2012

Resumo e mostrar alguns encontros com a temática da sexualidade pensada desde a perspectiva das experiências homoeróticas, problematizando uma determinada imagem das experiências gays como regidas ainda por um modo heterossexual de pensar a sexualidade e delineando as sexualidades marginais como uma resistência a esta tendência de heterossexualizar Palavras-­chave: Abstract (which is still prevailed upon by a heterosexual way of thinking that delineates it as a marginal sexuality), as a way to resist the tendency to heterosexualize all sexual relationships.

Reflexões sobre as narrativas sobre papéis de gênero

Obra coletiva Revista Desassossegos, 2022

a porTa qUe Nos leva às descobertas | 76 por Lohany de Oliveira Ferreira as ocuPações estUdaNTis Na lUta por politização | 80 por Mateus Henrique Alves de Oliveira Poesia, fruição e resisTêNcia | 85 por Marcelly Maria Souza da Cruz o pecado das mUlheres | 90 por Isabella Martins "Direitos hUmaNos são a bússoLa, o NorTe e o camiNho. Também são a resPosta para esta crise e para todas as oUtras crises, passaDas oU fUtUras." | 96 Entrevista com Danielle Annoni OLHOS SOBRE A TELA QualQuer semelhaNça é mera coiNcidêNcia | 107 por José Aparicio da Silva Neoliberalismo e o caPiTaL: as coNseQuêNcias da (Des)hUmaNização | 112 por Mayco A. Martins Delavy Toca raUl! | 118 por José Aparicio da Silva a vida eTerNa de Zé do caixão | 122 por José Aparicio da Silva a astúcia do Jeca | 129 por José Aparicio da Silva coriNga: um retraTo da socieDaDe No espelho | 134 por Joel Júnior Cavalcante O menino invisível | 138 Luiz Ruffato ÓCIOS DESAS SOSSE GOS MIL FACES SECRETAS exPeriêNcia e iNgeNUiDaDe, uma coNTradição qUe forma boNs leiTores | 149 por Cezar Tridapalli Poesia para iNiciaNTes | 154 por Daniel José Gonçalves Utopia/Distopia em huxley e a preVisão do caPiTaLismo seLvagem | 158 por Paulo Venturelli Lima barreto e Dias gomes diaLogam sobre um brasil de excessos e de fake News | 166

Mulheres viris, mulheres monstruosas: Apontamentos sobre o romance Luzia-Homem

Em Tempo de Histórias

A figura da mulher viril assola a imaginação da humanidade desde o mundo grego, quando das primeiras narrativas sobre as amazonas, que se referem ao culto arcaico relacionado com a Deusa Mãe, atestada em sociedades matriarcais e marginalizados no patriarcado. Em Luzia-Homem, romance de Domingos Olímpio, a personagem central do livro apresenta características familiares para este grupo de mulheres, sendo representada como uma configuração do monstruoso, culminando em sua morte. Este artigo irá examinar as ligações entre o processo de construção da idéia de virilidade e monstruosidade intrínseco, quando a figura masculina é uma mulher e não um homem.

FEMINISMO E CONTO DE FADAS: UMA ANÁLISE DO FILME FROZEN

2016

A pesquisa utiliza o recorte da crítica feminista para analisar o filme Frozen (2013) da Disney. A animação rompe com a ideia do amor romântico e da necessidade de um homem para salvar uma princesa em perigo ao contar a história de duas princesas, as irmãs Anna e Elsa, que encontram o final feliz graças ao amor verdadeiro e forte vínculo entre elas, não através da busca de um príncipe encantado. A análise da obra, que é uma releitura moderna do conto de fadas A Rainha das Neves de Hans Christian Andersen, aponta a construção simbólica e novos protagonismos na representação das relações de gênero e do papel da mulher na sociedade.

A MEDIANERA COMO A-BJETO OLHAR: NOTAS SOBRE O FILME “EL HOMBRE DE AL LADO”

Revista Fórum Identidades, 2018

It makes an analysis of the Argentine film El hombre del al lado, which refers to partnerships between singular modalities of jouissance - through the theory of the partner, as proposed by Jacques-Alain Miller. It starts from the partnerships drawn from the formula of the Lacanian fantasy ($ <> a), that connects the subject of the signifier to the object of jouissance, it relating the movie’s protagonist to the vicissitudes of the gaze object.

FAZEDORAS DE CINEMA: SOBRE PROTAGONISMOS FEMININOS E NARRATIVAS QUE INSISTEM EM ESQUECÊ-LAS

Revista Filme Cultura, 2018

Durante a pesquisa de doutorado, constatei que, num mapeamento com mais de 1.000 filmes de ficção científica realizados entre 1902 e 2001, não mais que 14 deles eram dirigidos por mulheres. Ou seja, não alcançavam 1,4% do levantamento em questão. Em alguns casos, uma mesma mulher dirigiu mais que um, ou seja, o número de diretoras era menor que 14. Embora esses filmes assinados por mulheres fossem todos falados em língua inglesa, e quase todos produzidos nos Estados Unidos, tratavam-se de trabalhos menores, desimportantes, com orçamentos modestos, pouca repercussão e sem espaço nas redes internacionais de distribuição. Esse dado tornou imperativa a reflexão sobre como as mulheres integravam o contexto das relações entre a ficção científica e o cinema. Pesquisar as fazedoras de cinema passou, então, a ser prioridade.

Midialidades e adaptabilidades nos trabalhos de amor shakespearianos de Jorge Furtado

Ilha do Desterro A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies

Neste artigo, objetivamos analisar a representação de midialidades (em termos de possibilidades e de restrições midiáticas) no romance Trabalhos de amor perdidos, do escritor Jorge Furtado. Na narrativa literária, destacam-se especialmente as referências às mídias teatro, novela ilustrada, programa de rádio e website, a partir das escolhas das personagens do romance sobre como trabalhar suas potencialidades e entraves comunicativos ao desenvolverem projetos de adaptação que envolvem Shakespeare e sua obra. Discutimos ainda a relação entre intertextualidade e intermidialidade, de modo a posteriormente ilustrarmos o caráter devorador da paródia de Furtado.