Teoria e Método - algumas distinções fundamentais (original) (raw)
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O ensino das teorias sociológicas em debate – Simpósio da ESPP, 2018
Abstrair das questões teóricas para ensinar e aprender métodos e técnicas é simplesmente impossível. Tentá-lo, separando as fileiras de teorias e métodos, tem consequências pedagógicas. Não há modo de fazer chegar a todos os estudantes, incluindo os mais desatentos, a crítica da objectividade, a crítica dos cultos autorais, a exigência de envolvimento pessoal na organização metodológica do estudo e na produção das suas conclusões. Na prática, acaba por ceder-se na exigência e esperar que, na maioria dos casos, a maturidade dos próprios alunos e a aprendizagem de tarimba os façam chegar a práticas de bom senso. São obstáculos ao ensino e à boa prática da sociologia a) a doutrina institucionalizada (individuo vs sociedade), b) a censura metodológica (a contenção do campo de acção dos sociólogos através de receituários pré fabricados, como as entrevistas e os questionários) e c) o poder simbólico (culto de personalidade) que fecham sobre si própria a sociologia centrípeta. Recomenda-se a organização institucional de uma sociologia centrífuga. Esta será facilmente identificável pela necessidade de colaboração mútua que exige aos docentes responsáveis por leccionar em diferentes cadeiras, para não abandonarmos os estudantes nas tarefas de aprender a coser mútua e criticamente teorias e métodos com as técnicas disponíveis.
Capítulo 2 - Teoria e metodologia
A democracia reduz a desigualdade econômica? Um estudo sobre as possibilidades de construção de uma sociedade mais igual por meio da democracia, 2017
Currículo: entre teorias e métodos
Cadernos de Pesquisa, 2009
Em um momento de intensa globalização, em que se impõem novos padrões e novos conceitos, o currículo ganha uma outra centralidade educacional, sobretudo se for considerado da perspectiva da noção de conhecimento. Procura-se, neste artigo, debater questões ligadas à teorização e ao método do currículo, destacando-se quer as teorias críticas e de instrução, sempre cruzadas com a racionalidade tyleriana e o relativismo, quer o currere como espaço de discussão.
Em um momento de intensa globalização, em que se impõem novos padrões e novos conceitos, o currículo ganha uma outra centralidade educacional, sobretudo se for considerado da perspectiva da noção de conhecimento. Procura-se, neste artigo, debater questões ligadas à teorização e ao método do currículo, destacando-se quer as teorias críticas e de instrução, sempre cruzadas com a racionalidade tyleriana e o relativismo, quer o currere como espaço de discussão. CURRÍCULO -TEORIA -MÉTODO -GLOBALIZAÇÃO ABSTRACT SCHOOL CURRICULUM: BETWEEN THEORIES AND METHODS. At a time of intense globalization, when new patterns and new concepts are being proposed, the school curriculum has gained a new educational centrality particularly when one considers it from the perspective of notion of knowledge. This article aims at discussing issues related to curriculum theorizing and method, emphasizing either the critical and teaching theories, always interconnected with the Tylerian rationale and the relativism, or currere, as a space for discussion. CURRICULUM -THEORY -METHOD -GLOBALIZATION
2021
A caminhada pressupõe um caminho, uma ação e uma meta. Quando nos pomos a caminhar, caminhamos em uma direção. Mesmo a caminhada sem destino tem um propósito imediato: agora vamos para ali, agora para lá. Sem uma direção, ainda que provisória e desprovida de significado, não há passos. Os caminhos podem estar demarcados, como uma rua; podem ser não-marcados, como uma praia; podem estar por abrir, como uma floresta fechada. Mas nem tudo é caminho: não podemos caminhar sob oceano nem sobre as nuvens. A despeito da existência de não-caminhos, o conjunto de caminhos possíveis é indeterminadamente grande. Borges imaginou uma biblioteca com a dimensão dos caminhos possíveis: a despeito de não podermos afirmar a infinitude da "Biblioteca de Babel", a sua grandeza é tal que poderíamos nela caminhar durante toda a duração do Universoe não encontraríamos o seu fim. Os livros possíveis são em número maior do que o das estrelas do Cosmosno mínimo porque seria possível enumerá-las todas em livros. A meta, o caminho, a ação: os elementos da caminhada, uma caminhada que nunca é idêntica a outra. Cada caminhada, ainda que pelo mesmo trajeto, é diferente. A disposição do caminhante, a variação dos elementos da paisagem, os acidentes do percursotudo contribui para que a experiência seja sempre inédita e irrepetível. Há sempre um caminho novo sobre os caminhos que já conhecemos; cada detalhe do caminho pode ser observado com crescente aproximação. O caminho é novo e nós somos outros. Por essa razão facilmente nos perdemos: afinal, existe uma quantidade indeterminada de possibilidades a cada passo, e se não estabelecermos os limites da jornada chegaremos a outro lugar, em outro tempo. Os limites da jornada: aonde pretendemos chegar, por onde queremos passar, quais paisagens são dignas de atenção, diante de que detalhes devemos parar. Estaremos atentos às cores, aos aromas, aos sons, às pessoas? Preparamo-nos adequadamente, com
Teoria e método no campo da restauração
Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 2012
Teorias do restauro. Metodologia da restauração. Restauração. Conservação. Patrimônio arquitetônico. Preservação de bens culturais. eoria e método no campo da restauração t Claudia dos Reis e Cunha
Regras e Princípios: uma distinção básica
Cadernos CEDES
As normas constitucionais que asseguram os direitos fundamentais, ontológica e estruturalmente consideradas, podem ser distinguidas entre regras e princípios. Tanto as regras como os princípios devem ser compreendidos como normas porque ambos dizem o que deve ser. Isto é, ambos podem ser formulados com a ajuda das expressões deônticas básicas da ordem (mandado), da permissão e da proibição. A distinção entre regras e princípios é então, e na verdade, uma distinção entre dois tipos de normas.
Notas em torno das origens da tradição do método
Estudos De Sociologia, 2008
Que isto de método, sendo, como é, uma coisa indispensável, todavia é melhor tê-lo sem gravata nem suspensórios, mas um pouco à fresca e à solta, como quem não se lhe dá da vizinha fronteira, nem do inspetor de quarteirão. Brás Cubas, Machado de Assis Avaliada de forma preliminar, a seção que remeteria ao método sociológico é surpreendentemente pobre em não poucos projetos de pesquisa. Na verdade, o que nos é mostrado com ênfase privilegiada nos clássicos, nos capítulos sobre o Método, é que o grande investimento realizado por eles nessa rubrica de importância estratégica para a instituição das ciências do social, tem sido reduzido com freqüência alarmante à idéia de "procedimentos metodológicos". Em concreto, sob esse tópico, são listados 1) o "levantamento bibliográfico pertinente ao tema"; 2) o anúncio de que, "em seguida, será realizada a "leitura" e/ou "revisão" e/ou "fichamentos" da bibliografia selecionada; 3) o estabelecimento de "discussões com o orientador"; e 4) a informação que esclarece a necessidade de "uma análise avaliativa" do caso escolhido, algo * Trata-se de um artigo resultante de uma investigação em andamento. A rigor, os primeiros resultados da pesquisa A imaginação sociológica clássica e o método tornaram-se conteúdo dos cursos que, entre os anos de 1993 e 1996, em nome do Departamento de Sociologia da FCL/Unesp/CAr., este autor ofereceu aos alunos da disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa I do Curso de Ciências Sociais.
2000
SUMMARY BACKgROUND AND OBJECTIVES: The multidisciplinary team involved in the care of critically ill patients has to constantly observe the vital signs of these patients to detect any indication of organ dysfunction. Equipments and laboratory tests are also often used in the intensive care setting to assess vital organs perfusion and to early detect tissue hypoxia preventing mul- tiple organ