As pertinências do livro impresso na atualidade (original) (raw)

O livro: questões presentes e futuras

Este artigo discute, com base em Roger Chartier e outros pensadores, questões ligadas às novas tecnologias do livro. Considera-se o processo presente de “domesticação”, tomando uma expressão de Chartier. A transição entre um modo tradicional e um modo novo de produzir livros é a tônica deste trabalho, que apresenta exemplos de experimentação e tentativas de encontrar um “modo digital” de leitura.

Signo e significação no primeiro livro impresso em língua portuguesa

Comunicacao E Cidadania Actas Do 5o Congresso Da Sopcom, 2008

O primeiro livro impresso em língua portuguesa é o Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial. Foi publicado na cidade de Chaves em 1488, tendo mais três edições, uma pouco depois, mas ainda no século XV (desconhece-se o local e a data), outra em Lisboa em 1500 e uma quarta em Braga em 1539. Antes da primeira impressão, há notícia de que a obra corria manuscrita no ano de 1474. Redigido entre 1420 e 1423 em língua castelhana, o Sacramental, depois dos livros destinados ao ofício religioso, foi o livro mais impresso na Península Ibérica, desde a introdução da imprensa até meados do século XVI. Conhecem-se treze edições em castelhano, uma em catalão e as quatro em português já referidas. A obra, como o próprio título indica, é um tratado sobre os sacramentos. Para explicar o significado dos rituais que a Igreja fixou para a sua administração, o autor utiliza amiúde as expressões a dar a entender que, a significar, significa que, que significa, à significação de, à renembrança de, etc., que remetem para o âmbito da Semiótica. Para o autor do Sacramental, cada acto de Cristo, cada palavra do Evangelho, cada gesto ritual religioso público ou privado, tem uma simbologia própria.

A cura pelos livros: como a era digital reconfigurou o sentido dos impressos no Reino Unido

43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2020

Este artigo procura explorar os sentidos que a leitura de livros impressos assume hoje a partir da predominância e ubiquidade da mídia digital. O livro impresso chega a ser visto como uma panaceia, um objeto com o poder de silenciar celulares, proporcionar mais calma e bem-estar para as mentes agitadas pela tecnologia nos dias atuais. Para tensionar essa visão contemporânea dos impressos, recorreremos a autores da história do livro que analisaram o contexto histórico da prensa de tipos móveis de Gutenberg. Como exemplo, recorremos ao caso de um programa no Reino Unido em que livros de autoajuda e romances chegam a ser receitados por terapeutas, popularizando o termo "biblioterapia" em um contexto em que o suporte passa a ser tão importante quanto o conteúdo. Concluiremos, portanto, que o livro sempre foi um objeto flexível cujo uso diferentes épocas e ideias acabam por moldar.

Considerações sobre a resistência do livro impresso na era digital

O presente artigo tem o intuito de promover uma breve reflexão a sobre o panorama atual da produção dos livros físicos, visando criar uma base teórica para discutir quais são os fatores que influenciam o livro impresso a ser ainda considerado um objeto de desejo, e ser estimado pelo leitor mesmo com a crescente oferta dos livros em formato digital. A pesquisa encontra-se na fase inicial, na qual são confrontados alguns autores que discorrem tanto sobre o livro impresso como o digital, desde aqueles que defendem a “morte” do impresso frente ao virtual até aqueles que defendem a coexistência entre ambos os modelos, visando estabelecer a situação contemporânea do mercado editorial, juntamente com a análise da teoria do design emocional de Donald Norman a ser aplicada na produção editorial de um livro impresso. A pesquisa bibliográfica será base para a pesquisa de campo na qual tentar-se-á entender o que faz do livro impresso ainda um objeto de desejo através de entrevistas qualitativas com leitores. Palavras-chave: comunicação; livro impresso; era digital; objeto de desejo; design editorial.

Reflexões acerca da escrita na atualidade

Opiniães, 2016

Definir, de imediato, o ato da escrita como "a tarefa de escrever..." e juntar aí um número x de sugestões, mais ou menos do senso comum, como "catar feijão" (João Cabral de Melo Neto) ou "cortar palavras" (Carlos Drummond de Andrade), talvez seja um dos equívocos que leva, atualmente, a maior parte dos escritores/artistas a não atingir um padrão de escrita que pudesse ser reconhecido em termos de estilo, inventividade, de desenho estético, intervenção crítica no mundo do qual se participa, entre outros critérios importantes que orientam essa atividade. Diga-se de passagem que, em grande medida, crê-se intervir no mundo baseandose num procedimento estritamente jornalístico, o que

O bibliógrafo digital: questões sobre a materialidade do livro no século XXI

Este artigo discute as materialidades do livro e a bibliofilia em tempos de devices digitais. Oferecendo mais questionamentos do que respostas, tratamos aqui, com base em ocorrências do presente quanto ao livro literário, das implicações de (não) definirmos o que seja um livro, assim como do valor no cenário de livros digitais e impressos. A coleção de livros, espaço e tempo, as estantes virtuais do bibliófilo evanescente fazem parte deste cenário no século XXI. Colocamos em pauta a figura do bibliógrafo digital, um leitor ainda por se conhecer. Palavras-chaves: Livro impresso. Livro digital. Bibliofilia. Bibliografia. The digital bibliographer: issues about book technologies in the 21 st century This paper discusses the bibliophily and the materialities of the book in digital devices age. Giving more questions than answers and based in real ocurrencies about literary books, here we discuss the implications of (in)definitions about what is a book, as well as the symbolic value of digital and pressed books. Book colections, space and time, the virtual bookcases of evanescent bibliophile are part of this scenario in the 21th century. We design and focuse the digital bibliographer, yet an unknown type of reader.

O livro e suas tendências: da mídia impressa à digital

Páginas a&b : Arquivos & Bibliotecas, 2019

Resumo: O objetivo desse artigo é discorrer sobre o suposto desaparecimento do livro com o surgimento do e-book, percorrendo sua história do impresso ao digital. A tecnologia da informação provocou muitas inovações nesse percurso, transformou radicalmente as modalidades de produção, de transmissão e de recepção do escrito, atingindo o acesso e a preservação. Sendo assim, passou-se a adotar recursos cada vez mais modernos com o uso da tecnologia. Antes, o livro era disponibilizado em papel; hoje, na mídia digital, temos o e-book. Para elaboração deste texto, fez-se uso de bibliografia publicada por autores consagrados no assunto e buscou-se identificar consenso entre eles. Dessa forma, obtém-se um breve conhecimento do pensamento dos autores sobre o futuro do livro, as ameaças e riscos ao livro impresso e possíveis danos aos quais estão expostos ao serem digitalizados caso não sejam preservadas as versões originais, uma vez que os recursos tecnológicos afetados constantemente pela obsolescência tecnológica e fragilidade dos suportes não garantem a preservação desses em longo prazo, nem asseguram a memória dessas obras às gerações futuras devido às ameaças às quais esse material está sujeito.

A Revalorização do Livro em Tempos Contemporâneos

From the statement of experts in languages, reading is seen as a meaning making, which has been updating throughout our history from the limits of interpretation, the performance of reading, with the act of reading a story jumps forward to our time. Compare the reading to a single drive and more complex or difficult to understand what the book is, understanding it also comprises a living. And to understand the reading of the languages we need to learn to read, master reading and also writing. The school has its key role in building the writer / reader. The student will be a good reader / writer if you know situate the act of reading between the playful and the serious and the construction of meaning by reading achieves good results if the student feel pleasure in reading. Reading suffered a rupture of the old paradigms of knowledge construction and the reader / book printed relationship with the advent of computer technology. Since then, they have developed other genres of reading and production of texts and an excess of information in addition to refer the reader to the problem of loneliness. However, we can’t overlook the new reading and writing virtual format, therefore the teacher's role is key in teaching the reader to filter out what is relevant to him. A good read The practice is only possible with qualitative readings and the construction of meaning comes from a reader in the world of knowledge. KEYWORDS: Book. Reading. Writing. Formation. Linguisticcompetences.