O cinema na escola: uma análise interdisciplinar do filme "Eles não usam Black-Tie , de Leon Hirszman (original) (raw)
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Revista Encontros, 2012
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar a relação entre cineastas e o movimento sindical no período final do regime autoritário imposto pela ditadura civil militar em 1964 e como a construção da identidade operária no início dos anos 1980 foi realizada através de uma produção fílmica expressando o avanço gradual do processo de abertura política e a tensão política e social do período. Através do filme "Eles não usam Black Tie", dirigido por Leon Hirszman (1980), podemos analisar a percepção do cineasta sobre a construção da identidade operária brasileira. Palavras-chave: cinema e história; ditadura civil militar; representação cinematográfica do operário.
Novas perspectivas para uma abordagem interdisciplinar do cinema na escola
2022
In 2010, at the Avanca International Film Conference in a panel dedicated to Film Literacy, there was presented the communication "The possible contribution of the subject cinema to a classroom without walls", where a pilot project of film teaching was revealed in a school in Quarteira. After just over a decade, this experience has evolved into a new subject that associates film teaching with science. For this new project started in 2017, a specific program and exclusive educational resources were conceived, enabling students attending the 3rd cycle in the Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres, a pedagogical approach distinct from the other subjects.
Eles não usam black-tie: a peça, o filme
Rocinante, 2017
Link para o texto original: http://cinerocinante.com.br/2017/12/28/eles-nao-usam-black-tie-a-peca-o-filme/ Em setembro de 1983, no âmbito da mostra “O operário no cinema alemão e brasileiro”, Leon Hirszman e Gianfrancesco Guarnieri participaram de um debate sobre o filme Eles Não Usam Black-tie. Dois anos após a circulação comercial do longa-metragem no Brasil, o cineasta e o dramaturgo se encontraram no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) para responder às perguntas de um público interessado em conhecer o processo de criação que ambos desenvolveram entre os anos de 1978 e 1981. Em um contexto histórico atravessado por grandes inquietações, fosse em relação ao futuro do movimento operário ou ao processo de redemocratização da sociedade brasileira, os espectadores dividiram-se entre elogios e críticas à obra cinematográfica, provocando questionamentos acerca da visão política que os dois procuraram incluir na versão fílmica de Black-tie. A conversa no MIS-SP, material nunca antes publicado, existente em duas fitas cassete armazenadas na midiateca do museu, torna-se uma rara oportunidade para entrar em contato com os intensos debates que foram travados, na primeira metade da década de 1980, em torno desse longa-metragem vencedor de vários prêmios internacionais. A partir da leitura do documento, levando-se em consideração que Hirszman nunca escreveu textos sobre seu próprio cinema, é possível obter novas informações acerca da realização do filme e das decisões que foram tomadas para a adaptação fílmica de uma peça escrita originalmente em 1956. Para além das reflexões em torno da arte política, o cineasta e o dramaturgo detalham suas visões de mundo, expondo inquietações relacionadas à condição de um país que ainda se encontrava submetido aos desmandos do regime militar. Devido a problemas técnicos existentes na gravação original, em que parte das questões do público é inaudível, optei durante a edição por acrescentar algumas perguntas, formuladas a partir das respostas oferecidas pelos artistas. Também incluí um pequeno conjunto de notas de rodapé, informações extras para a melhor compreensão do conteúdo presente no debate. Com a recente descoberta de novos documentos, cavoucados em acervos públicos e privados, redefinem-se as possíveis leituras sobre o lugar ocupado por Hirszman na história do cinema.
A produção de presença negra por meio do cinema de Zózimo Bulbul no curso de formação de professores
Educação em Foco
Esta pesquisa tem o objetivo de apresentar o cinema negro de Zózimo Bulbul como produtor de presenças negras em um curso de Pedagogia de uma instituição de ensino superior privada. Para isso, utilizamos a metodologia da Análise criativa em diálogo com teorias decoloniais para produção de novas epistemologias imagéticas. As experiências fílmicas vivenciadas pelos licenciandos contribuíram para repensar os currículos da formação docente na qual os sujeitos negros se posicionam como téoricos de suas corporeidades, estéticas e histórias.
TRAKINAGEM: cinema e educação na escola
Revista Observatório, 2018
O projeto TraKinagem – Mostra de Cinema e Educação tem o objetivo de produzir e exibir filmes realizados em contextos escolares. Em oficinas com alunos e professores experimentamos um processo de filmagem-aprendizagem que explora de forma criativa os componentes da imagem na construção de filmes de curta duração. Nessas experimentações mobilizamos os conceitos de encontro, devir e cartografia de Gilles Deleuze e Félix Guattari, bem como de lugar da geógrafa inglesa Doreen Massey, buscamos cartografar os movimentos que dispararam novos modos de sentir, pensar e habitar um lugar-escola em construção com e através do cinema.
Peste Negra: Uma Análise Filmográfica Para Sala De Aula
Revista Latino-Americana de História- UNISINOS, 2021
A Peste Negra devastou o mundo no período medieval, particularmente entre 1347 e 1351, pela sua rápida propagação e ausência de métodos preventivos e de cura. No medievo essa pandemia gerou um medo coletivo diante da ausência de diagnósticos científicos e da própria mentalidade do período. Esse blecaute pandêmico tem sido objeto de análise dos medievalistas que têm ressaltado inclusive a falta de expectativas para a própria existência humana. Para além dos historiadores, o tema em questão também tem inspirado cineastas de maneira muito ampla. Nesse sentido, o presente artigo se propõe fazer uma análise de três filmes – Morte Negra (2010), Caça às Bruxas (2011) e O Cavaleiro das Trevas (2013) –, nos quais a peste negra é pano de fundo. O objetivo do estudo, interdisciplinar por envolver História e Cinema, é fornecer a professores de História uma base analítica para trabalhar esse aspecto da Idade Média em sala de aula de forma didática.
Cinema negro na educação antirracista: uma possibilidade de reeducação do olhar
Revista Teias
Este artigo parte da atual disputa de conceituação daquilo que tem sido chamado “Cinema Negro”. Analisa o “Cinema Novo”, por onde os corpos negros passaram a surgir nas telas do cinema não mais como exceção, mas ainda com graves problemas de representação da subjetividade de pessoas negras e de estereotipia. Nesse caminho, perpassa por uma análise do “Dogma Feijoada”, manifesto marco das grandes inflexões que se deram na produção de cinema no Brasil, quando os produtores de cinema são negros e negras. Argumenta também que as lutas estéticas e políticas do Cinema Negro operam transformações no imaginário social, rompendo com o embranquecimento da linguagem cinematográfica e fomentando novas formas de narrar as experiências dos afro-brasileiros. Para finalizar, inserimos uma breve discussão da Lei 10.639/03 e argumentamos que espaços de formação para além da escola oficial são importantes e necessários na construção de cidadão conscientes de seu papel antirracista.