Normalização De Procedimentos Nas Colecções Museológicas (original) (raw)
Related papers
PROCESSO DE NORMALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS: ESTUDO EM TRÊS MUSEUS DE SÃO PAULO
Resumo: O artigo é resultado do projeto de investigação desenvolvido no âmbito do doutoramento em Museologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que tem como tema geral Gestão de Coleções, mais especiicamente Avaliação. Neste texto são apresentados os resultados parciais de uma parte da primeira etapa desta inves-tigação, que consistiu no trabalho de campo realizado em três museus localizados em São Paulo, Brasil, nomeadamente Museu da Casa Brasileira, Museu de Imigração e Pinacoteca do Estado de São Paulo. A metodologia desta etapa compreendeu entrevista, visita técnica e recolha documental a partir da qual serão e delineadas algumas contribuições para o tema investigado. Abstract: This article is the result of a research project developed under PhD studies in Museums Studies at the Faculty of Arts, University of Porto. Its general theme is Management of Collections, more speciically the Evaluation of this collections. is essay presents part of the results from the rst stage of this research, which consisted of eldwork carried out in three museums located in Sao Paulo, Brazil, including the Museu da Casa Brasileira, Museu da Imigração and Pinacoteca do Estado de São Paulo. e methodology used during this step consisted of interviews, technical visits and collection of evidence (documents) from which outlines will be developed and add some contributions to the topic in focus.
Amazônica - Revista de Antropologia, 2011
O Museu Nacional de Etnologia em Lisboa tem no seu acervo várias peças marajoara provenientes de uma recolha encomendada pelo próprio Museu nos anos 60 do século XX, as quais se encontram atualmente expostas nas “Galerias da Amazônia”. A expedição à ilha do Marajó foi realizada pelo colecionador e arqueólogo amador português Victor Bandeira, acompanhado por sua esposa Françoise Carel-Bandeira, tendo sido escavada uma necrópole da fase Marajoara situada no sítio d’ “Os Camutins”, na região do rio Anajás. Como objetivo principal deste trabalho, procurei entender as motivaçõesque conduziram à escolha dos objetos trazidos para Portugal e que poderiam, segundo o protagonista da expedição, representar a cultura marajoara no museu português. Esta questão é investigada através do testemunho de Victor Bandeira. Segundo as informações reunidas, entende-se que na recolha abordada, a perspectiva colecionista ultrapassa a arqueológica. Isto permite-me refletir sobre o próprio ato de colecionar, ...
Coleções Etnográficas, museus indígenas e processos museológicos
O ebook “Coleções etnográficas, Museus Indígenas e Processos Museológicos”, organizado pelos antropólogos Alexandre Gomes (Departamento de Antropologia e Museologia-UFPE) e Renato Athias (Programa de Pós-Graduação em Antropologia-UFPE), é composto por 5 capítulos que abordam uma diversidade de temas referentes à discussão sobre os processos museológicos envolvendo coleções etnográficas e museus indígenas no Brasil, abordando estudos de casos situados nos estados de Pernambuco, Maranhão e Ceará. A organização desta publicação partiu da preocupação em refletir de forma conjugada sobre os desafios da formação teórica aliada à formação aplicada, na interface entre Antropologia e Museologia. Resultado de pesquisas e ações colaborativas com populações indígenas, os textos resultam dos muitos anos de atuação dos organizadores na área da antropologia de museus, a partir do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade, grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE. Segundo a museóloga e antropóloga Lúcia Van Velthen (Museu Paraense Emílio Goeldi-PA), que apresenta a publicação, “Recentemente, alguns museus no Brasil orientaram-se para um novo destino e, assim, buscaram apresentar respostas para as relações que as sociedades ameríndias podem e devem estabelecer com o seu passado. Essas instituições voltaram-se também para novas maneiras de se relacionarem com os povos indígenas e, portanto, ativaram outros mecanismos, tais como o desenvolvimento de contextos de valorização e de acessibilidade. Buscaram, desta forma, assegurar-lhes o direito à memória, à cultura, ao tempo, como um dever de gestão compartilhada que procura diminuir a incomensurável distância existente entre as comunidades indígenas contemporâneas e as coleções de cultura material, produzidas pelos seus antepassados. Estas constatações constituem a principal vertente que estrutura a coletânea “Coleções Etnográficas, Museus Indígenas e Processos Museológicos”, organizada por Renato Athias e Alexandre Gomes. O intento dos autores é dar a conhecer e assim promover o reconhecimento de que os acervos museais indígenas representam expressões materiais específicas, passíveis de serem recriadas através da rememoração e do discurso. São revelados aspectos de uma apropriação conceitual e, sobretudo política, que tem sido efetivada cada vez mais pelas sociedades ameríndias e, mais especificamente, entre os povos indígenas da região Nordeste”. Link para leitura on line: http://www3.ufpe.br/editora/ufpebooks/serie\_extensao/cole\_etn\_ind/html5forpc.html?page=0