A Facada e a Lei De Cotas No Brasil: Quem Faz Parte Da Nação e Quem Não Faz Ou a Política Pública Como Pau-De-Sebo? (original) (raw)
Em 2022 um movimento de assassinos da Lei de Cotas quer matar o Brasil. É a tara de Pôncio Pilatos, de Judas. É a tara do dedo e do bolso como o que apontava para o escravizado negro, indígena no porto dos escravizados, no Valongo. São as forças medonhas da história do Brasil: querem julgar, condenar a morte, matar, beber o gozo do sangue da morte da Lei de Cotas. Isso não é novidade. O artigo analisa o atentado contra o Presidente do Brasil, ocorrido no Rio de Janeiro em 1897. O século XIX é momento de construção dos Estados Nacionais na América Latina, como no Peru e no Brasil. Quem faz parte da nação e quem fica de fora da cidadania plena? Como isso se relaciona com as noções de civilização e barbárie? Há heranças disso no debate da Lei de Cotas para o acesso à universidade no Brasil no século XXI? A hipótese do artigo é que sim, pois ele revolve antigas crenças sobre quem faz parte da nação e quem não faz parte. A continuidade da Lei de Cotas em 2022 (Lei 12.711/12), centenário da independência do Brasil, uma lei do parlamento, depende da nação acolher negros, povos indígenas, estudantes da escola pública na universidade como partes iguais do Brasil, mirando o presente do XXI e o futuro, não os retrovisores do passado. Contudo, surge no ar do Brasil nos anos 2020 um clima de atentado em que a civilização como fantasma tenta nomear de novo a barbárie. O artigo traz a argumentação do risco real de uma facada na Lei de Cotas no Brasil, o risco de um crime político de neobranqueamento, um crime contra a democracia, contra a integração da nação, contra a cidadania plena, que turva o futuro de crianças, adolescentes, famílias inteiras e alimenta o ódio e o epistemicídio.