Anatomia e morfometria cranianas de Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) (Passeriformes: Thraupidae) (original) (raw)

Morfologia rostral de Mourasuchus nativus (Crocodylia, Caimaninae): inferências embasadas na caixa craniana

Paleontologia em Destaque - Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Paleontologia, 2012

As espécies do gênero Mourasuchus exibem várias características morfológicas peculiares para os crocodilianos, entre as quais a existência de um rostro marcadamente largo e achatado, característica que pode ser constatada em crânios preservados de três das quatro espécies do gênero (M. amazonensis, M. atopus e M. arendsi). A espécie Mourasuchus nativus é a única, portanto, em que crânios com rostros preservados ainda não foram encontrados ou descritos. No entanto, é possível, a partir de análises realizadas com os materiais disponíveis da espécie (tetos e caixas cranianos), inferir se M. nativus efetivamente possuía um rostro com essas características, pois o ângulo de inclinação dos ossos pós-orbital e quadrado em relação ao plano médio-sagital da tábua craniana correlaciona-se à largura rostral [Holliday & Gardner. 2012. Plos One 7(1): e30471]. Estas medidas foram tomadas em um espécime juvenil (UFAC 2515) e um adulto (UFAC 1431) de M. nativus provenientes da Formação Solimões (Mioceno Superior, estado do Acre). No espécime juvenil UFAC 2515, os ossos pós-orbitais possuem 65º de inclinação anterior em vista dorsal e 160º de inclinação posterior em vista lateral, enquanto o osso quadrado apresenta 65º de inclinação posterior em vista dorsal e 135º de inclinação anterior em vista lateral. No espécime adulto UFAC 1431, os ossos pós-orbitais possuem 60º de inclinação anterior em vista dorsal e 200º de inclinação posterior em vista lateral, enquanto o osso quadrado apresenta 65º de inclinação posterior em vista dorsal e 120º de inclinação anterior em vista lateral. Assim constata-se que as medições do pós-orbital de M. nativus se assemelham mais, por exemplo, às do brevirostrino Leidyosuchus (51º em vista dorsal, 125º em vista lateral) que possui um rostro largo e deprimido, do que, por exemplo, às do dirosaurídeo Rhabdognathus (90º em vista dorsal, 66º em vista lateral), espécie de rostro tubular estreito. O mesmo ocorre com as medições dos quadrados em vista dorsal, se assemelhando mais às de Leidyosuchus (50º), do que às de Rhabdognathus (17º), o que aponta para uma forma achatada e larga de rostro. Já as medições dos quadrados de M. nativus em vista lateral se assemelham um pouco mais às de Rhabdognathus (110º), do que às de Leidyosuchus (159º), indicando por sua vez a presença de um rostro longo. Estes dados levados em conjunto, portanto, constatam que M. nativus possuía um crânio tal quais as demais espécies do gênero, um rostro com feições tanto de formas longirrostras quanto de formas platirrostras, condição que denominamos aqui de largo-longirrostro.

Anatomia óssea do cíngulo pélvico, da coxa e da perna do tamanduá bandeira Myrmecophaga tridactyla (Myrmecophagidae: Pilosa)

Biotemas, 2013

Submetido em 25/11/2012 Aceito para publicação em 02/09/2013 Resumo O tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é a maior espécie de tamanduá do mundo. É um animal de hábitos terrestres, entretanto, apresenta alguma habilidade para escalar árvores e cupinzeiros altos. As estruturas esqueléticas duras são de importância vital, pois unem e protegem os órgãos moles, ajudam a sustentar o corpo, conferem forma e envolvem-se no movimento. O esqueleto apendicular é parte importante do aparelho locomotor, cujas informações anatômicas em espécies selvagens são escassas, tornando difícil a interpretação de dados relativos a esses ossos. Este artigo teve por objetivo descrever o esqueleto do cíngulo pélvico, coxa e perna do tamanduá bandeira. Foram utilizados dois espécimes de Myrmecophaga tridactyla Linnaeus (1758), fixados em solução aquosa de formaldeído a 3,7%. Inicialmente, os membros foram desarticulados e foi realizada a retirada da pele, vísceras e musculatura associada aos ossos do cíngulo pélvico, coxa e perna dos espécimes. Em seguida, eles foram macerados em água fervente e, posteriormente, colocados em solução de peróxido de hidrogênio. Depois de limpos e secos, os ossos foram identificados e descritos. O esqueleto do cíngulo pélvico do tamanduá bandeira é constituído pelo osso do quadril, formado pelos ossos ílio, púbis e ísquio; a coxa é constituída pelo osso fêmur; e a perna pelos ossos tíbia e fíbula. Na região da articulação do joelho encontra-se a patela, um osso sesamóide relativamente pequeno, considerando-se o grande porte desse animal. O tamanduá bandeira possui características osteológicas do cíngulo pélvico, da coxa e da perna semelhantes àquelas dos carnívoros domésticos, entretanto, algumas diferenças morfológicas são evidenciadas, o que pode refletir as diferenças dos padrões locomotores.

Crinóides da borda leste da bacia do Parnaíba (Formação Cabeças, Devoniano Médio)

2010

Palavras-chave: Bacia do Parnaiba. Formacao Cabecas. Devoniano. Crinoidea. Abstract: This manuscript presents a description of crinoids found in the Cabecas Formation (Middle Devonian, Parnaiba basin) collected in km 305 outcrop, in Picos municipality, Piaui state. The material consists in isolated and sparsely arranged columnals in samples of fine-grained sandstone. The specimens are not well preserved, but it was possible to describe three morphotypes (PB/Cb-01, PB/Cb-02 and PB/Cb-03). Two of them (PB/Cb-01 and PB/Cb-02) are represented by a single specimen, and the third morphotype (PB/Cb-03), in great quantity, probably represents the most common crinoid in the ancient sedimentation environment of km 305 outcrop. The form of occurrence of the crinoids (probably parautochthonous) suggests that after their death, they has remained in the sediment-water interface for a long time before their burial. This fact is a further indication that corroborates with the suggested deposition m...

Anatomia da siringe dos Dendrocolaptidae (Aves, Passeriformes)

RESUMO: A siringe é o órgão vocal das aves e corresponde a uma região modificada do tubo respiratório, que na maioria dos grupos situa-se na região caudal da traquéia e cranial dos brônquios. O objetivo principal deste trabalho é a descrição anatômica da siringe dos Dendrocolaptidae e, para tal, foram examinados representantes de 11 dos 13 gêneros aceitos nesta família. Além das duas séries de elementos ("A" e "B") previamente reconhecidas, modificou-se a nomenclatura criando uma terceira série de elementos esqueléticos designados como elementos "T", que correspondem àqueles craniais à membrana traqueossiringeal. A variação estrutural da siringe dos Dendrocolaptidae foi considerada pequena, quando comparada à variação observada em outros grupos de Suboscines, como os Pipridae. Há caracteres diagnósticos de alguns dos táxons estudados, assim como caracteres informativos do ponto de vista filogenético. Ao contrário do que pressupunha a literatura, a siringe dos arapaçus é assimétrica dorsoventralmente, característica que deverá, daqui para frente, ser levada em conta no estudo de outros táxons Suboscines, principalmente no caso de aplicação sistemática de caracteres siringeais.

Osteologia craniana de Micrastur semitorquatus Vieillot, 1817 (Falconiformes: Falconidae)

Comunicata Scientiae, 2012

Osteologia craniana de Micrastur semitorquatus Vieillot, 1817 (Falconiformes: Falconidae) Resumo Micrastur semitorquatus é popularmente conhecido como falcão-relógio, habitante das florestas da região Neotropical. Estudos sobre sua osteologia craniana são escassos na literatura. Procurou-se, neste trabalho, descrever sua osteologia craniana e, com base nesta descrição, comparar com outras espécies de aves de rapina, buscando ampliar o conhecimento sobre a anatomia dessa espécie. Foram utilizados três espécimes de M. semitorquatus, que fazem parte da coleção osteológica da Bird Division at the Smithsonian National Museum of Natural History (USNM), Washington, DC, EUA (USNM: 245788, USNM 013493 e USNM 289773). Apesar da relação entre a forma de uma estrutura e sua função não seja completamente estabelecida, muitas das adaptações do crânio de M. semitorquatus podem estar relacionadas aos seus hábitos de vida e comportamento, como o estreitamento da largura interorbital,; a robustez da pila supranasal aliado ao procinetismo do cranio; um desenvolvido processo pós-orbital, e a expansão do palatino. Além disso, a osteologia craniana de M. semitorquatus pode fornecer caracteres úteis à análise cladística, podendo sustentar hipóteses de relacionamento filogenético dessa espécie com outras do mesmo gênero ou da mesma família. Palavras-chave: Aves, Micrastur semitorquatus, Falconidae, crânio, osteologia Cranial osteology of Micrastur semitorquatus Vieillot, 1817 (Falconiformes: Falconidae)

Ficha de Coryphospingus cucullatus

Datasets - Sistema SALVE - ICMBio

Coryphospingus cucullatus possui ampla distribuição, ocorrendo na Guiana, Peru, Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e em grande parte do Brasil (exceto região Nordeste e Amazônia). Ainda que seja capturada para tráfico ilegal, a espécie é frequente e abundante em certos locais, ocorrendo até mesmo próximo a cidades, de modo que essa essa atividade atualmente não parece ser suficiente para aproximar a espécie aos limiares de risco de extinção em um futuro próximo. Dessa forma, C. cucullatus foi avaliada como Menos Preocupante (LC).

Filogenia de Ramphastidae (Aves: Piciformes), com base em caracteres morfológicos siringeais

Eu gostaria antes de tudo de frisar que este tópico é uma grande oportunidade para dizer o quanto estas pessoas são importantes na minha vida e na realização desta dissertação. Enrolei bastante pra escrevê-lo e, caso tenha esquecido alguém neste momento, saibam que foi por mero lapso de memória e sintam-se agradecidos! Agradeço à minha orientadora, Elizabeth Höfling, não apenas pela orientação na dissertação como também pelo apoio, incentivo e exemplo. Há sete anos quando entrei no laboratório de ornitologia pude contar, não apenas com a Beth orientadora, mas com uma amiga. Meu carinho por você é muito especial! Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo financiamento desta pesquisa, por meio da bolsa de Mestrado concedida e ao Proap pelos auxílios financeiros. Aos coordenadores do curso de Pós-graduação em Zoologia do Instituto de Biociências da USP: Profs. Drs. Antonio Carlos Marques, Pedro Gnaspini Neto e Fábio Lang da Silveira. Aos curadores e responsáveis pelas coleções que me receberam com especial carinho e presteza, disponibilizando-me o material necessário para a realização dessa dissertação e pela dedicação à manutenção de um patrimônio mundial: Dr.