A Revolução Cubana, a deriva do regime castrista e os destinos de Cuba pós-Fidel Castro (original) (raw)

O campo e a guerrilha: o movimento trotskista e a Revolução Cubana

Revista Outubro, 2016

O processo revolucionário cubano, que culminou na tomada do poder em 1959, promoveu questionamentos teóricos e práticos para aqueles que se posicionavam no espectro político das esquerdas. Para o movimento trotskista, alguns desses questionamentos poderiam contribuir para a confirmação de parte de suas teses, enquanto outros deveriam ser reinterpretados para as especificidades latino-americanas. Dentre todas as considerações advindas da Revolução Cubana, esse artigo priorizará o papel do campo e da guerrilha como elementos que, embora não fossem novos para análises revolucionárias, passaram a ter prioridade em detrimento de outros.

A sociedade escravista cubana e a Revolução Haitiana

Almanack, 2012

Resumo O texto estuda a repercussão da Revolução Haitiana em Cuba, entre fins do século XVIII e ao longo do século XIX. Analisa as diferentes formas de impacto do evento entre os senhores, os escravos e o Estado colonial.

O imperialismo, o stalinismo e a Revolução Permanente: a Revolução Cubana interpretada pelo movimento trotskista

Marx e o Marxismo: Insurreições passado e presente, 2015

Em janeiro de 1959, os guerrilheiros cubanos chegaram ao poder, trazendo muitas esperanças e dúvidas para a esquerda em todo o mundo. Nesse artigo pretendemos compreender como uma parcela dessa esquerda, o movimento trotskista, constatou e interpretou, logo no início do processo revolucionário, algumas das lições que consideraram terem sido reafirmadas pela Revolução Cubana. Dentre essas principais lições estariam: a luta contra o imperialismo como uma batalha possível, tendo em vista que a queda de uma ditadura apoiada pelo imperialismo tinha colocado sua força à prova; a luta contra o stalinismo também como outra possibilidade, pois a direção do movimento revolucionário não tinha sido feita por um partido comunista; por fim, a revolução não havia seguido um caminho etapista, corroborando para a teoria da revolução permanente. O principal objetivo desse artigo será entender como o movimento trotskista analisou cada uma dessas lições, e como seus significados foram modificados ao longo do tempo.

Cuba no século XXI, dilemas da revolução

Elefante, 2017

PDF GRATUITO E COMPLETO LIBERADO PELA EDITORA EM DEZEMBRO DE 2020. Organizadores: Fabio Luis Barbosa dos Santos, Joana Salém Vasconcelos & Fabiana Rita Dessotti. Frei Betto - “Este é o melhor texto sobre Cuba ao alcance do leitor brasileiro na virada dos anos 2017-2018. Leitura obrigatória para quem, frente a Cuba, reage com equilíbrio, sem o reacionarismo anticomunista dos que veneram o capitalismo e o esquerdismo infantil e dogmático de quem considera a Revolução Cubana o paraíso na Terra.” Introdução - Cuba no século XXI: dilemas da revolução é o resultado de uma pesquisa realizada por um grupo de trinta e três investigadores de várias universidades brasileiras (Unifesp, USP, Unicamp, Unirio, UFRR e Unila) e de diferentes áreas do conhecimento (Relações Internacionais, História, Economia), nos marcos da terceira edição do Programa de Extensão “Realidade Latino-Americana” da Unifesp. Em fevereiro de 2016, demos início a um calendário de estudos coletivos, leituras e palestras, ocorridas no auditório da biblioteca do Memorial da América Latina, em São Paulo, instituição que apoia o programa desde a sua primeira edição. Após dez meses de trabalho, finalizamos esse ciclo de formação com uma “oficina de formulação de perguntas”, buscando indagar sobre a realidade cubana do século XXI em perspectiva histórica. Munidos de uma agenda de investigação coletiva, viajamos a Cuba na primeira quinzena de dezembro de 2016, onde realizamos mais de trinta entrevistas com pesquisadores, movimentos, dirigentes políticos e instituições especializadas. Não foi menos importante o que o grupo chamou de “agenda invisível”, isto é, as conversas com os cubanos que participaram de nosso cotidiano, nas ruas, feiras, praças, restaurantes e demais espaços públicos. O acaso nos proporcionou que a viagem ocorresse poucos dias depois do falecimento de Fidel Castro, em um momento delicado da história cubana, o que também contribuiu para captarmos a sensibilidade e o sentido das mudanças em curso. Em outras palavras, esse livro é resultado de um processo que combinou formação teórica, elaboração coletiva e investigação de campo. Com ele, pretendemos trazer informações e análises atualizadas sobre a ilha no século XXI e os dilemas da sua revolução, em um mundo cada vez mais distante daquele que a gestou. Nosso propósito é dialogar com as dúvidas e inquietações que os brasileiros carregam a respeito da história cubana e do socialismo latino-americano. Todos os capítulos são guiados por perguntas, para as quais apresentamos aproximações e hipóteses, sem nenhuma pretensão de esgotamento. Segundo nossa percepção sobre o debate público brasileiro a respeito de Cuba, algumas dessas perguntas costumam ser evitadas pelo senso comum de esquerda e vulgarizadas pelo senso comum de direita, sendo este um dos fatores que nos motivou a escrever o livro. Nesse sentido, nosso objetivo é alargar e aprofundar o debate sobre Cuba no Brasil, oferecendo mais elementos informativos e analíticos ao público, buscando fugir de polarizações fáceis. Por isso também, os capítulos nunca ultrapassam dez páginas, podendo assim ser lidos coletivamente em salas de aula, universitárias ou escolares. Alguns exemplos das questões levantadas podem ser vistos no sumário: Cuba é uma democracia? É um país pobre? É um país desenvolvido? Há censura na ilha? Como a juventude se relaciona com a revolução? Quem se beneficia da reaproximação entre Cuba e Estados Unidos? Qual a participação do capital estrangeiro na ilha? Qual a força das empresas privadas? Com essas e outras perguntas buscamos criar um panorama dos dilemas da revolução cubana no século XXI. Os autores desse livro formam um grupo politicamente diverso, mas que encontram pontos em comum na defesa do pensamento crítico, no compromisso com a transformação social e na rejeição aos dogmatismos. A partir desta perspectiva, entregamos ao leitor um material de formação política e histórica, visando estimular o debate e a reflexão fraterna, em sintonia com quem encontra na experiência cubana um ponto inescapável para o estudo da América Latina. Não pretendemos apresentar a revolução cubana como “modelo” ou “contra-modelo”, mas sim analisar as lições que sua história pode nos oferecer para o presente e o futuro. *** Organização: Fabio Luis Barbosa dos Santos, Joana Salém Vasconcelos & Fabiana Dessotti *** Mais informações em: https://www.editoraelefante.com.br/produto/cuba-no-seculo-xxi/

Cuba, protestos e caminhos da revolução

Journal of Latin American Geography, 2021

EM PORTUGUÊS: https://muse.jhu.edu/article/839951/pdf EM INGLÊS: https://muse.jhu.edu/article/839953 Resumo: Os protestos ocorridos no dia 11 de julho em Cuba geraram um sinal de alerta e uma onda de debates acalorados na esquerda internacional sobre os desafios da única revolução viva do continente latino-americano. Algumas leituras solidárias a Cuba, porém apressadas, se precipitaram ao rotular os cubanos que estiveram nas ruas no dia 11 como “mercenários de Miami”, “contrarrevolucionários” ou meros “agentes do imperialismo”. Segundo essa tese, os protestos foram parte de uma estratégia de desestabilização dos EUA contra o governo cubano que mobilizou segmentos anticomunistas da sociedade com aparatos da indústria cultural, slogans e hashtags nas redes sociais, configurando o cenário típico de uma revolução. colorida. Desde logo, porém, essa leitura se mostrou insuficiente para explicar a realidade cubana, ainda que contivesse elementos verdadeiros. Os acontecimentos foram mais contraditórios, heterogêneos e difíceis de analisar, sobretudo dentro de uma perspectiva de solidariedade à revolução.

A abertura de Cuba e transformações da ordem internacional

A abertura de Cuba é motivada por questões pragmáticas. Após o fim da União Soviética, restaram ao país poucas opções diante da oposição dos EUA, inicialmente intensificada e em seguida, atenuada. A passagem do poder para Raúl Castro e a eleição de Barack Obama criaram uma janela de oportunidade para a normalização das relações diplomáticas numa região estratégica.

Revolução Cubana

2020

Verbete "Revolução Cubana" publicado no "Dicionário das Eleições". MONDELO TAMAYO, Jorge. Revolução Cubana. Tradução de Renan Guedes Sobreira. In: SOUZA, Cláudio André de; ALVIM, Frederico Franco; BARREIROS NETO, Jaime; DANTAS, Humberto (org.). Dicionário das Eleições. Curitiba: Juruá, p. 642-643.