INDÚSTRIA, DESINDUSTRIALIZAÇÃO E TERRITÓRIO (original) (raw)

TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO

2020

Trata-se de um trabalho académico do seminário de especialidade em Território e Desenvolvimento, do Doutoramento em Geografia e Planeamento Territorial, e é composto por três recensões críticas de artigos científicos. Com a leitura destes textos e, sobretudo, através da reflexão crítica sobre o seu conteúdo, pretendeu-se colher os ensinamentos de três grandes pensadores (de origens e nacionalidades diferenciadas e com formas de olhar o território complementares) como contributo para uma visão integrada das questões do território numa perspetiva de ordenamento e desenvolvimento.

TERRITORIALIZAO

No Brasil, a estruturação da política de Saúde vem sofrendo um processo de sucessivas mudanças, com a atuação de importantes segmentos sociais e políticos no sentido de reivindicar o avanço do movimento pela Reforma Sanitária 1 e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse sistema, "como toda forma de realidade, se produz no embate entre as diferentes políticas de sua(s) construção(ões)" 2 . Por conseguinte, diversos setores envolvidos com o SUS têm por papel fundamental induzir a produção das mudanças que atravessam o campo das práticas de Saúde como o campo da formação profissional.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO+RELATIVA+E+DESADENSAMENTO+NO+BRASIL

Resumo: Este artigo apresenta sinteticamente as teorias estruturalista latino-americana e neoschumpeteriana de sistemas de inovação, demonstrando seus principais pontos de convergência. Não obstante, buscou-se investigar por meio de indicadores, como o coeficiente de insumos industriais importados, o coeficiente de penetração de importações e a relação VTI/VBPI, se o Brasil mostra sinais de desindustrialização relativa e desadensamento no segmento de média-alta intensidade tecnológica. Ao elaborar uma análise dos resultados à luz dessa corrente teórica, constatou-se que o Brasil apresenta sinais de desindustrialização relativa e, consequentemente, um aumento da necessidade da importação de peças, insumos e acessórios, ou mesmo do produto industrial finalizado, situação esta que representa um obstáculo para a nação superar sua condição de subdesenvolvimento. Palavras-chave: estruturalismo; sistemas de inovação; desindustrialização relativa; desadensamento produtivo.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO E SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL

O fenómeno da desindustrialização com que actualmente várias sociedades se defrontam oferece boas possibilidades para fazer face aos problemas causados por essa situação, principalmente com base na salvaguarda e valorização do património industrial. Embora não seja fácil, sobretudo quando se trata de antigas zonas industriais urbanas ou regiões industriais em declínio, é possível inverter essa situação por meio de estratégias adequadas, que contemplem a reutilização do património industrial, o qual pode vir a ser usado para múltiplos fins, sejam de natureza cultural, serviços ou habitação. Com base em vários exemplos de reutilização desse tipo de património - na Espanha, Reino Unido e Alemanha -, são analisados os problemas e questões colocados por cada um deles, tendo em atenção a adopção da estratégia mais adequada para alcançar os objectivos propostos.

Corporificar e territorializar

Revista Visuais

Este artigo se baseia nos pontos em comum das práticas artísticas em conexão com as relações entre território, corpo e o Antropoceno. Ao investigar o território como um "co-autor" de nossas narrações individuais e coletivas, lançamos luz sobre as intervenções artísticas e/ou ações performativas que realizamos durante as residências artísticas do projeto socialmente engajado Territórios Sensíveis, especificamente em dois lugares insulares da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, Brasil: "Colônia Z-10" e "Ilha de Paquetá". Ao observar como as questões ambientais que afetam esses lugares podem ser abordadas por meio de práticas artísticas, buscamos as maneiras pelas quais as dimensões micropolíticas e imaginárias podem ser reforçadas ou restauradas à luz da atual crise climática global.

INSTITUCIONALIZAÇÃO E DISSEMINAÇÃO

Resumo: A questão da autonomização reivindica, na tradição moderna, leis específicas para o estético, normas capazes de independizá-lo de imperativos cívicos e morais. Já ler o objeto estético contemporâneo implica, por sua vez, uma estratégia dúplice que contemporiza dois valores antagônicos: a entrega e a resistência à interpretação; e ambos exigem romper com a acumulação de valores instrumentais, mas também quebrar a memória, o que, certamente, conota certo irracionalismo. Paralelamente, e à diferença das vanguardas históricas, a situação contemporânea reinscreve essa ruptura em um contexto específico, o espaço imanente de uma experiência que arranca o sujeito de toda certeza pré-moldada. Mais do que traçar inequívocos limites sob um ponto de vista institucional, o desafio da crítica atual consiste, portanto, em reconhecer as forças que agitam ou agitaram a cena cultural do Brasil, e que são seus limiares de sentido situados muito além da costumeira análise institucional. Palavras-chave: Institucionalização. Disseminação. Arte contemporânea. Há um conjunto de fatores – dentre eles o nominalismo estético, a própria condição de uma poética contemporânea da desmaterialização ou mesmo o relativismo cultural, que hoje dilacera o objeto estético face à historicidade e diversidade de suas múltiplas formações – que têm contribuído a criar situações aporéticas ou paradoxais no tocante a uma teoria do objeto estético contemporâneo. Como sabemos, a questão da autonomização reivindica, na tradição moderna, leis específicas para o estético, normas enfim capazes de independizá-lo de imperativos cívicos e morais 1. Por outro lado, porém, a referência cultural absolutiza a significação, em detrimento do sentido, visando reafirmar, em compensação, a cidadania e a democracia. Não percebe ou minimiza o fato de que, assim fazendo, reafirma o ideológico por cima e para além do político, o que equivale a fortalecer uma concepção cerradamente racionalista (anterior ao discurso, alheia à pulsão e indiferente ao gênero) daquele sujeito que produz um objeto artístico.

ABORDAGENS E CONCEPÇÕES DE TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE

Revista Geográfica de América Central, 2011

Nosso objetivo principal é compreender as diferentesabordagens e concepções dos conceitos de território e territorialidade, a partir dos anos 1970-80 até o momento atual, subsidiando a elaboração de uma abordagem territorial que considere as articulações existentes entre as dimensões sociais do território,entre estas e a natureza exterior ao homem, o processo histórico e relações multiescalares de processos territoriais. Os procedimentos utilizados na pesquisa são: a) selecionar e utilizar as obras produzidas com bastante tempo e dedicação; b) narrar com reflexão (a história da Geografia), mais como uma problemática do que como uma solução; c) apreender a complexidade de relações sociais existentes entre pesquisadores, grupos de estudos e universidades; d) identificar as categorias utilizadas, reconstruindo caminhospercorridos e, e) entrevistar autores sobre sua história de vida e produção intelectual. Estes procedimentos estão fundamentados numa abordagem espaço-temporal da construção do pensamento geográfico, considerando-se obras e autores de diferentesperíodos e países (Brasil, Itália, Suíça, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos) e de distintas ciências: Geografia, Sociologia, Urbanismo e Economia.

DESLOCAMENTO PARA UMA TERRITORIALIZAÇÃO ÓSSEA

DESLOCAMENTO PARA UMA TERRITORIALIZAÇÃO ÓSSEA, Trabalho de Projeto Mestrado em Realização em Cinema, 2018

O espaço está em constante mudança e a sua multiplicidade de formas assume a imensidão dos organismos vivos que o habitam. Como se constrói o nosso espaço interior e como interage a singularidade de um coletivo de seres? O espaço que nos envolve, dependente do tempo e da matéria que o habita, é, tal como o nosso corpo, uma forma orgânica que altera a sua forma e se modifica em função das condições ambientais, políticas, sociais e económicas. O poder atravessa o espaço no qual respiramos, nos deslocamos e amamos. Até onde estamos dispostos a ceder ao desejo pelo espetáculo e ao desejo pela natureza?

Da desterritorialização à multiterritorialidade

Boletim Gaucho De Geografia, 2003

Um dos problemas d os d Is cursos sobre a desl errltorli'llizaçtlo. ampla mente difwldid os n as Cienclas Sociais n a ul tima d6:ada, é que com freqOo!;ncia eles não fazem referencia ao conceito de t erritório ao qual se refere m. No luga r d e desle rritor!aU:cação. lia vcrdad e o que temos hOJ e e um novo ti po de apropriação e d om in ação do t"sl>aço através de t.erritórlos-rede onde podemos ter acesso a uma multl p l1cidade de territórios, configurando outro(sL A des tclTitona Uzaçi'i.ü deve s ef enfa l lzada em 5-(:U senLldo social. Iigad& ~ crescente d ln amlca de exclusão sócioespac ia l a que d enominamos-aglomer ad os hu manos d e exclusão", Palavras-chave : Dc-;sterritorla l1 zaçào, Mu ltiterrltori aJidade , Te r rit6rio. I\glornerados de ElI:d u são .